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Diário das Sessões do Senado

E como se tudo isso fosse pouco, o Estado ainda agrava as contribuições rústicas àquela pobre gente, não tendo tido até hoje um imposto para os novos ricos, para os harpagões do comércio, para os exploradores da humanidade.

Para o facto chamo a atenção do Go-vârno, a quem vou enviar a representação da junta de freguesia, esperando que providenciará mandando, pelo menos, anular as contribuições, que não podem nem devem pagar.

Atender às reclamações justas do povo ó um dever indeclinável dos que querem fazer obra honesta e bem republicana.

Disse.

O Sr,. Ministro das Colónias (Paiva Gomes) : — Sr. Presidente: transmitirei ao Sr. Presidente do Ministério as considerações que acaba de fazer o ilustre Senador Sr. Júlio Kibeiro.

O Sr,. Rodrigo de Castro: — Sr. Presidente: o incêndio da minha fábrica e a sua reconstrução tem-me trazido estranho aos trabalhos desta Câmara.

Certamente ainda por algum tempo eu não serei muito assíduo a ela.

E esta a causa por que eu não estive aqui na ocasião em que se discutiu e votou O' projecto da amnistia.

Tenho eu a absoluta convicção de que esta Câmara por todos os títulos se honrou votando esse projecto. Se tivesse sido necessária a minha presença, eu não teria hesitado, através de tudo, em vir a esta Câmara dar o meu mais decedido apoio, o meu mais caloroso auxílio a essa proposta, não só pelo muito que daí resulta para aEepública, como também p ara prestar, coin esse meu voto, o preito da minha consideração, o preito da minha maior estima pelo autor do projecto, o Sr. Jacinto Nunes.

Esta declaração que eu faço desejo que fique bem consignada e que fique bem expresso que, se estivesse presente, teria votado com o maior prazer e o meu mais decidido apoio a essa proposta.

O Sr. Sousa Varela: — Pedi a palavra para mandar para a Mesa um proj ecto de lei.

Antes, porém, permita-me V. Ex.a que faça a respeito desse projecto umas 11-geirissimas considerações.

O Parlamento, atendendo aos desejos das classes trabalhadoras e do Partido Socialista, votou uma lei que estabelece as oito horas de trabalho.

Está muito bem. Mas não será difícil demonstrar que a economia do país tem sofrido muito com isso.

Muitos operários há e muitos industriais trabalhadores e patrões que desejariam que o trabalho se prolongasse por mais algum tempo.

Sem pensar em tocar, ainda que levemente, nessa lei, o meu projecto tende a íacultar, àqueles que o desejarem, o trabalho por mais de oito horas.

Peço para este projecto a -urgência.

E lido.

É considerado urgente em virtude de declarações nesse sentido feitas pelos vários grupos políticos.

O Sr. Silva Barreto:—Mando para a Mesa um telegrama. Vai no expediente.

ORDEM DO DIA

O Sr. Presidente:—Vai passar-se à ordem do d:"a.

Entra em discussão o projecto de lei n.° 316.

Ê o seguinte:

Projecto de lei m.a 816

Senhores Senadores. — O projecto de lei que tenho a honra de submeter à vos sã aprovação tem por fim promover a construção da rede complementar de caminhes de ferro ou rede dos caminhos de ferro económicos ou secundários.