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Sessão de 15 de fevereiro de 1924

Do Ministério da Guerra, enviando documentos respeitantes ao tenente-coronel reformado, José António da Cunha Vale.

Para a 2.* Secção.

Telegrama

Dos lavradores do concelho de Ovar, reclamando contra cobrança fundo, de viação e turismo criado pelo decreto n.° 213, de 2 de Setembro de 1923.

Para a Secretaria,

&

O Sr. Presidente: — Eealizou-se hoje a primeira sessão do Congresso da Imprensa Latina que foi brilhantemente celebrado, o que é uma afirmação da vitalidade da raça latina.

Atendendo a que se trata, portanto, dum alto acontecimento, eu proponho que se lance na acta um voto de saudação ao Congresso da Imprensa Latina e que se transmita ao Sr. Presidente do Congresso.

Vozes: — Muito bem, muito bem.

O Sr. Pereira Osório : — Sr. Presidente: este lado da Câmara associa-se com entusiasmo à saudação proposta por V. Ex.a

Realmente o Congresso que hoje se iniciou sob a presidência do ilustre cidadão português tem. um alcance enorme para a união dos povos latinos, constituindo assim uma grande força, tanto mais quanto é certo que este Congresso «se realizou com fins pacíficos sem. de modo algum trazer qualquer cousa que possa importar cousa diferente.

Está em Lisboa a maior parte dos representantes dessa imprensa, alguns ilustres e de reputação mundial; eles ficarão conhecendo o nosso País, que tem muito que ver e que pode ser apreciado lá fora como deve ser.

Associando-me, portanto, em nome do partido que represento à saudação de V. Ex.a, eu mais proponho para que seja transmitida ao Congresso essa mesma saudação.

O Sr. Afonso de Lemos: — Sr. Presidente : pedi a palavra para declarar que, em nome deste lado da Câmara, me associo com a rn'aior satisfação ao voto proposto por V. Ex.a.

O Sr. Júlio Ribeiro: — Sr. Presidente: o Congresso da Imprensa Latina, ora funcionando em Lisboa, tem por fim completar os trabalhos iniciados em Lyon, devido à patriótica iniciativa do nosso antigo colega nesta Câmara, Sr. Augusto de Castro, que, ultimamente, não só no seu jornal como no estrangeiro, se tem revelado um internacionalista e diplomata habilíssimo.

Esse Congresso tem por objectivo engrandecer o espírito do latinismo e unir, pelos liames do mais nobre idealismo e dum grande pensamento de fraternidade, a imprensa dos poyos que falam as línguas da raça.

Tal objectivo, profundamente eiviliza-dor, deve merecer a nossa maior simpatia.

A imprensa, alavanca do progresso ...

O Sr. Ribeiro de Melo: — Se não tiver ponto de apoio em farinha.

O Orador:—V. Ex.a não quere deixar de ser jovial nesta Câmara . . .

O Sr. Ribeiro de Melo: — Que diz V. Ex.a?

O Orador:—A imprensa que se apoia na farinha é a da moagem.

Mas, dizia eu, Sr. Presidente, a imprensa, potente motor da engrenagem das sociedades cultas, suprema e maravilhosa invenção, preconizadora de todas às invenções, divulgando, .com uma alacridade estupenda e um poder indefinido, todas as grandes obras e descobertas que interessam à humanidade, revelou-se sempre apostolizadora do bem, da verdade e do direito justo e moral.

Tem na vida moral e intelectual de todo o mundo a mais decidida e discricionária influência.

Sim, a acção da imprensa é profundamente nobre, profundamente humana, profundamente morigeradora.