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Diário das Sessões do Senado

da ordem do dia, e sem prejuízo dos oradores inscritos, a proposta" do loi n.° 420, quo manda entregar um prémio à Direcção do Aeronáutica Naval.

O Sr. Procópio de Freitas (para um requerimento]: — Eu sou o relator d f. proposta do lei n.° 588, o tencionava requerer a V. Ex.a para consultar o Senado sínre só permitia qne essa proposta fosso discutida hoje antes da ordem do dia.

Visto que o Sr. Ribeiro de Melo já se referiu ao assunto, eu peço a V. Ex.a quo consulte a Câmara sobre se concorda que a proposta seja discutida antes da ardera do dia, seta prejuízo dos Srs. Senadores que estiverem inscritos.

O Sr. Presidente: — £ Sr. Ribeiro de Moio: V. Ex.a concorda com este requerimento ?

O Sr. Ribeiro de IVfelo: — Concordo absolutamente.

Posto à votação o requerimento do 6V. Procópio de Freitas, foi aprovado.

O Sr. Pereira Gil (para um requerimento} : — Sr. Presidente: peço a V. Ex.a que consulte o Senado sobre se permite quo o projecto de lei n.° 594, que é um projecto simples, entre em discussão lago a seguir àqueles que o Senado aprovou que íôssem os primeiros a ser discutidos bojo.

Envio para a Mesa o acórdão relativo à eleição de S. Tomé e Príncipe, e envio também uru parecer em separado do Sr. Pais Gomes.

Posto à votação o requerimento, foi aprovado.

O Sr. Joaquim Crisóstomo: — En: nome dos interesses que aqui represento, n£o posso ficar silencioso perante a tentativa de extorsão que a Companhia dos Eléctricos se propõe fa/er.

Hú tempos foi apresentada pela Corí-pànhia uma proposta tendente a elevar consideràvolmento o preço dos passes.

Por essa ocasião eu intervim, combatendo tal tentativa, fazendo considerações r.o sentido de provar que a pretensão era injusta.

Alguns membros da Câmara Municipal de Lisboa, tomando conhecimento das

minhas palavras, fizeram delas uso na sessão em que se discutiu o assunto por modo quo ela não conseguiu os seus fins.

Quere a Companhia um aumento nos preços das tarifas, equivalendo esse aumento a 60 por cento dos preços actuais.

Levanto o meu protesto enérgico contra esta tentativa do extorsão, porque um tal auniento não ó comportável para as bolsas de quem tem de andar de carro.

Diz-&e que a vida foi agravada muitíssimo.

E verdade, mas devemos atender a que antes ia guerra vivia a Companhia em circunstâncias muito florescentes que lhe permitia instalar novas linhas, aumentar um fundo do reserva e dar um dividendo magnífico.

Veja-se o que primitivamente se pagava nos eléctricos e o que hoje se paga.

Equivale a um aumento do 35 vezes mais.

E além do aumento de tarifas, ainda há a atender à mudança de zonas feita intencionalmente para auferir maior lucro.

Assim, veja-se ~o que aconteceu na linha Praça do Brasil-S. Bento, em que a zona antigamente vinha até o Parlamento e agora não, por a Companhia saber quanto esta linha era frequentada para o Parlamento e daí querer tirar lucros.

O mesmo sucedeu com a linha Gomes Freire, em que a zona outrora terminava em Santa Marta e agora termina no hospital de Santa Marta.

Parece que a Câmara Municipal, na defesa do povo de Lisboa e até certo ponto Lia defesa dos bons princípios, concorda em parte com a reclamação da Companhia, permitindo um aumento correspondente à diferença do câmbio dessa data para a do câmbio actual.

Ora. Sr. Presidente, é difícil fazer essa correspondência e por unia razão: o ter--se estabelecido que o mínimo das fracções seria $50. Dei-ta forma, evidentemente que todas as taxas teriam um aumento superior a $1;").

Quere dizer, o bilhete que actualmente custa. ri;>35 passaria amanhã a custar $50.