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ataque que melhor- cabimento teria se fosse feito por alguém na Câmara .Municipal, onde o-assunto está pendente, permito-me, em nome da verdade, discorci.a:r das considerações feitas pelo Sr. Joaquim Crise stomo.

Parece haver neste desgraçado País duas entidades privilegiadas aproveitadas só para pagar e servir, sem t3reni compensações: os proprietários urbanos coni boa parte dos não urbanos e a Companhia dos Eléctricos. Julgo s^r isto uzna grande injustiça.

A Companhia dos Eléctricos, mesmo com as suas deficiências, está fazendo jm dos melhores serviços de viação urbana conhecido rã Europa.

Falo por experiência própria, tendo tido em tempo ocasião de ver esses serviços em França, na Itália e na Suíça. Em nenhum destes países o serviço d3 viação eléctrica se pode comparar, aã comodidade dos carros, aos ncssos carros, •jiem na abundância de linhas ao serviço feito em Lisboa.

Dada a grande desvalorização da nossa moeda, a Companhia devia, pelo menos, multiplicar por 30 as suas tabelas do preços iniciais e, todavia, nem tanto pede, nem mesmo cousa parecida ela pede.

Acho justíssimo, humano, equilibrado e equitativo q ue só atenda à «necessidades daquela Companhia.

Falo ora mou nome pessoal e assuno a responsabilidade de tudo o que avanço.

As obrigações da Companhia não recebem juros há alguns anos e nunca esse papel deu os tais proventos muito extraordinários imaginados pelo Sr. Joaquim Crisóstomo. Dessas obrigações— das quais tenho uma centena, representando 100 libras— nunca recebi mais que õ -/a per cento.

Trazido para um facto pessoal que conheço porque me doe — doe:me sempre ter um dinheiro qualquer empregado em papel do qual não recebo há 5 anos absolutamente nada— aproveito a ocasiàc- para protestar om nome dos interesses sagrados da Companhia, chamando ao mesmo tempo a atenção para a faltei de cari.iho para com a propriedade privadr. cue, desde muito tempo, e cada vez mais ultimamente, se está notando.

Agradecendo ao Sr. Presidente da Câmara a informação dada acerca da pró-

ÍHário aos Sessões ao Senado

xioa comparência do novo gabinete nesta Câniara, dou por terminadas as minhas considerações.

O Sr, Júlio Ribeiro: — Sr. Presidente: o assunto que vou tratar devia sê-lo na presença do Sr. Ministro das Finanças, mas como S. Ex.a como Presidente de Ministério e Ministro das Finanças não pode vir aqui senão de longe em longe, e corço o Sr. Ministro da Marinha é de todos os Ministros o que tem mais simpatia por esta Câmara (Muitos apoiados) per-dop-me S. Ex.a que o importune fazendo a revelação dam facto' que muito desprestigia o regime, e que muito abala os princípios de justiça por que se tem de reger uma so3Íedade.

Sr. Presidente: como toda a gente sabe, quando se faz a venda de um prédio o comprador é obrigado a declarar na repartição de finanças, para pagamento da contribuição de registo, o valor por que pagou o prédio, podendo o secretário de finanças mandar proceder à avaliação desse prédio no prazo de 5 dias.

Faz-se a comunicação para a repartição de finanças, a secretaria não se conforma, e por exemplo—este exemplo é um facto concreto — o comprador disse que tinha adquirido o prédio por 50 contos, e os louvados avaliam o prédio em cinquenta contos e doze centavos. Isto parece que não tem importância, mas têm--na, porque não sendo o valor declarado menor ou igual ao que eles encontram, como por exemplo neste caso, esse indivíduo foi obrigado a pagar de custas 500,5.

E preciso que se providencie rapidamente, porque se está fazendo isto todos os dias.

Este meu amigo, cue comprou o prédio por50 contos, disse-me: — Falei verdade, disse quanto me tinha custado realmente o prédio, podendo dizer que o tinha comprado por 20 contos como estava na matriz, e castigam-me por eu ser sincero».