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Diário, das Sessões do Senado

triunfos e das nossas desgraças. Ternos obrigação de compartilhar agora da sua dor, que deve ser grande e sincera".

Faleceu o Dr. Nilo Pessanha, um homem que era am motivo de glória não só para um Pais como para a humanidade.

Em nome do Governo, pois, eu assoclo--me ao voto ie pesar proposto por Y. Ex.a, e faço-o também em meu nome pessoal, sinceramente emocionado pela morte do grande estadista que se chaiiou Nilo Pessanha.

O Sr,. Presidente:—Em vista tia manifestação unânime da Câmara, considero aprovado por unanimidade o voto pr> posto.

O Sr. Procópio de Freitas: —Pedia a V. Ex.a, Sr. Presidente, o obséquio cie consultar o 3-3uado sobre se permite qt.e a seguir à dlscissão da lei do incuilinato seja discutido o projecto de lei que diz respeito à amnistia, com que se parece querer comemorar o dia 9 de Ab:2.

O Sr. Presidente: — Esse projecto está na Imprensa Nacional.

O Sr. Ribeiro de Melo:*—Sr, Presidente: nn jornal vespertino faz alguns ecos a respeito dumas considerações qii3 eu anunciei ii Câmara sobre a maneira como se exploravam os serviços comerciais ducia empresa intitulada «Cal e cimento», em que eu pedi a palavra e chamando ,a atenção para o Sr. Ministro da:-: Finanças não 'tive ocasião de lovar a c conhecimento da Câmara, e sobretudo ao conhecimento de Sr. Ministro das Finanças, o assunto cue me parece de capita". importância, para o qual era necessária a atenção de S. Ex.a

Se bem que o Sr. Ministro das Finanças não esteja presente, eu, aproveitando a presença do Sr. Ministro do Trabalhe., esperando de S. Ex.a o favor de comunicar ao Sr. Presidente do Ministério as considerações cue porventura tivessem de caber, dentro do limitadíssimo prazo de tempo em que estarei no uso da palavra, e inais ainda em atenção a um jornal desta cidade que teimosamente insiste na necessidade e na urgência de dar conhecimento ao País do que se passa aests, empresa «Cal e cimento», e para que esse

jornal bem como os outros fiquem sabendo, duna vez para sempre, que ainda se não cunhou a moeda que me há-de fazer calar.

O Sr. Procópio de Freitas:—Apoiado.

O Orador: — Tenho naturalmente todo o interesse em apresent ir à Camará as considerações que vou fazer.

Sr. Presidente: trata-se de uma empresa industrial, ou de uma Companhia Geral de Cal e Cimento.

E uma das muitas companhias que regulam no País a carestia desgraçada que estamos atravessando, e que i em conseguido uma situação de privilégio pelos lucros fabulosos que tem adquirido à custa co consumidor, e bem assim, o que é principal para mim, à custa do Estado, porque não lhe tem pago nem pagará jamais as contribuições, e impostos, devido a ser constituída por pessoas que gozam de uma situarão d3 destaque, conseguindo uma grande situação de privilégio dentro da alta finança do Estado.

Nós encontramos nessa empresa nomes consideradíssimos, mas alguns com que a opinião pública há muito tempo anda desconfiada porque os encontra em todas as sociedades, empresas ou p ar carias que têm e orno único objectivo a exploração do Estado, que têm ainda como fundamental princípio da sua larga vi5a comercial, tirarem do consumidor o maior -número de proventos, contribuindo assim para a carestia da vida hoje cada vez maior em Portugal, de modo a tornar quási impossível a manutenção da família portuguesa.

Sr. Presidente: se os funcionários públicos encarregados da fiscalização das sociedades anónimas cumprissem com o seu dever, certamente que nós não teríamos cue assistir a este deplorável espec-ráculo de nos servirmos da tribuna parlamentar para anunciarmos ao Sr. Ministro das Finanças, todos estes latrocínios—não -oosso n&ar de outra palavra— cometidos pelas empresas industriais, sugando assim as rendas co Estado para fazer face às respectivas despesas.