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Sessão de 28 e 3G de Maio de 1924

Da Junta Geral do Distrito da Horta, pedindo para que no contrato provisório celebrado com a companhia alemã que pretende amarrar um cabo nessa ilha, seja consignado que da quantia que o Estado tivesse a cobrar das taxas em trânsito pertencesse* 10 por cento.

Para a Secretaria.

Do Ministério da Marinha, solicitando . a comparência do Sr. Francisco Vicente Ramos, na Majoria General da Armada, a fim de depor como testemunha num auto de corpo de delito. Pará a Secretaria.

Da Comissão Executiva da Grande Comissão Nacional, para realizar as .festas de homenagem à memória de Luís de Camões, convidando o Senado a encorporar-se no grande cortejo cívico que se realiza & 10 do mês que vem.

Para a Secretaria.

Da Presidência da Câmara dos Deputados, alterando a legislação sobre multas a aplicar aos condutores de veículos.

Para à l.a Secção.

À Ex.ma Mesa do Senado da República.— Renovo o pedido de interpelação aos Ex.mos Srs. Ministro da Guerra e do Comércio, sobre aviação comercial e um acordo com a França.

Uma deliberação do Conselho de Ministros, que se não cumpriu.

Lisboa e Sala das Sessees do Senado, 30 de Maio de 1924. — José Pontes.

Para a Secretaria.

Requerimento

Roqueiro que, pelo Ministério da Guerra, me seja fornecida a última lista de antiguidades dos oficiais do exército.

Sala das Sessões, 28 de Maio de 1924.— •Raimundo Meira, Senador.

Para a Secretaria.

Expeça-sè.

Projecto de lei

Do Sr. Ramos de Miranda, criando duas assembleás eleitorais no concelho de Santarém.

Para a 2* Secção.

O Sr. Medeiros Franco: — Sr. Presfc dente: desejo dar conhecimento à Câma-

ra duma notícia que vem num jornal a respeito do povo açoreano e que muito deve honrar os Açores. Trata-se dum açoreano que legou aos pobres e casas de caridade da sua terra para cima de 8:000 contos.

Sr. Presidente: um assunto desta natureza é de tal forma importante que bem merece um registo especial desta Câmara ; se ele é muito honroso para os Açores, é-o também para Portugal, visto que se trata dum homem que partiu de S. Jorge para a América do Norte sem fortuna, e que não se esqueceu da sua terra e deixou às casas de caridade a bonita quantia de 8:000 contos.

Sr. Presidente: por várias vezes temos feito reclamações no sentido de o' Sr. Ministro dó -Trabalho acudir às casas de caridade daquele arquipélago, sem que nada se tenha conseguido. Este benemérito vem prestar um grande serviço a essas casas, e por isso desejo que fique consignado nos anais desta Câmara a minha maior homenagem a essa grande alma de português que não se esqueceu dos seus irmãos, legando-lhes uma importância tam avultada.

O orador não reviu.

O Sr. Vicente Ramos : — Srv Presidente: pedi a palavra para me associar às palavras que acaba de proferir o nosse ilustre colega Sr. Medeiros Franco, na justa homenagem ao benemérito açoreano natural da Ilha de S. Jorge, e que se chamava João Enes.

Esse homem emigrou para os Estados Unidos, como emigram todos os açoreanos i extremamente pobre e analfabeto; foi mourejar a vida para a Califórnia,, onde mais facilmente se adaptam os açoreanos, porque ali encontram o mesmo clima ê os mesmos trabalhos, que são a lavoura e a criação de gado.

Sr. Presidente : esse homem muito adquiriu na América do Norte, adquiriu muito dinheiro e adquiriu uma cousa que não há em Portugal; que não é fácil adquirir, que rarissimamente se manifesta entre nós: é que os homens muito ricos na América aplicam a sua riqueza a bem da colectividade.