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Sessão de 28 e 30 de Maio de 1924

esquerda, o centro, a direita da Câmara, todo,s o estimam.

Abusou-se das intenções desse funcionário, e na própria imprensa que segue o meu credo político apareceu um- relato que põe na boca do Sr. Ribeiro de Melo frases, não proferidas por esse nosso estimável colega, que revelam pudesse S. Ex.a •ter ido no embrulho de prejudicar o Sr. Parreira, quaudo o Sr. Eibeiro de Melo, com o seu belo coração, era incapaz de tal intenção ter.

Há cousas que revoltam, e não me consente o espírito nem o coração ver estar a esfaquear alguém por detrás da cortina, sem que exponha também o meu ventre, sem receio, a qualquer navalha de ponta e mola, quando seja preciso.

O .Sr. Presidente:—Já informei o Senado das diligências que a comissão administrativa tem feito para que se publiquem os Diários das Câmaras.

O Sr. Director da Imprensa Nacional tinha-se comprometido com a comissão Administrativa a fazer as publicações em dia, mas não há meio de obter isso.

Estão esgotadas todas as diligências que a comissão administrativa podi;t fazer.

Os funcionários do Congresso têm cumprido com os seus deveres. A culpa não é deles, é só da Imprensa Nacional que, apesar de ter recebido a verba que o Congresso votou para pagar os serões aos operários, só tem publicado quatro Diários das Câmaras dos Deputados.

S. fax.* não reviu.

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O Sr. Ribeiro de Melo : — Não fui eu quem levantou o incidente dos funcionários desta Câmara exercerem, ao mesmo tempo, as funções de jornalistas ou informadores de jornais. Não tive intenção alguma de melindrar qualquer funcionário

Se V. Ex.a me preguntar se tenho pessoalmente consideração pelo funcionário visado, direi que sim, que na mais estreita camaradagem tenho vivido com ele nesta Câmara; mas se me preguntar se tenho interesse pessoal ou parlamentar em que o informador dos dois maiores jornais de JLisboa seja o Sr. Parreira ou qualquer

outra pessoa, direi ser-me isso indiferente, porque não vivo do reclame da imprensa nem me interessa que os jornais, grandes ou pequenos, se ocupem de mim. Porém se me preguntarem se acho justo que os funcionários das duas casas do Congresso sejam jornalistas, direi que não me parece estar isso certo.

Não me lembro de ter feito referências ao Sr. Parreira. Tratei do relato de um jornal, sem me ocupar da pessoa que o redigiu.

No meu entender, o Sr. Parreira não foi feliz em ser defendido pelo Sr. Oriol Pena.

O orador não reviu.

O Sr. Augusto de Vasconcelos (para explicações):— Sr. Presidente: V. Ex.a teve a bondade de explicar à Câmara o que se passa com a publicação do Diário das Sessões, e disse mais que.-a comissão administrativa tem esgotado todos os meios para conseguir que a publicação desse .Diário seja feita em dia.

Todos nós sabemos o cuidado, o zelo e a dedicação que os funcionários do Congresso têm tido para conseguir pôr em dia os trabalhos parlamentares, e a esse zelo e dedicação todos nós temos o maior prazer cm prestar a devida homenagem do admiração.

Ora que- todo'este trabalho seja inutilizado pela Imprensa Nacional é que não pode ser. E, visto que a comissão administrativa chega à conclusão de que lhe é impossível vencer esse colosso, não há remédio senão contratar-se com a indústria particular a publicação do nosso Diário.

Apoiados. .

Ò Sr. Presidente: — A comissão, administrativa já fez isso, mas apenas apareceu uma pequena .tipografia que se propunha fazer o Diário, mas por um .preço exorbitante.

Oficiou-se para o Século e para o Diário de Notícias, preguntando se se queriam encarregar da publicação do Diário das Sessões, mas a resposta foi negativa.