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Sessão de 2 de Junho de 1924

os dois Governos, para elevação dag legações de Portugal em Londres e de Inglaterra em Lisboa, à categoria de embaixadas, tiveram completo êxito.

Sr. Presidente: não posso, como Senador da República, desinteressar-me deste assunto, e cumpre-me felicitar o Governo, do meu país pelo bom êxito de tais negociações.

Diz mais o Diário de Noticias que o actual Ministro da Grã-Bretanha será nomeado embaixador em Portugal.

Sr. Presidente: como cidadão português e como Senador, regozijo-me com este facto.

O Ministro da Grã-Bretanha, em Portugal, tem mostrado ser um verdadeiro amigo dos portugueses.

É uma alta individualidade que todos consideram, estimam e respeitam.

Diz mais o referido jornal que o Sr. general Norton de Matos será nomeado embaixador de Portugal, junto do Governo Britânico.

Sr. Presidente: conheço o Sr. general Norton de Matos, há muito tempo.

Honro-me com a sua amizade, e', tive ocasião de, no cumprimento dos meus deveres, trabalhar junto de S. Ex.a

Sou o primeiro a prestar homenagem às suas qualidsdes e muito principalmente à sua inexcedível tenacidade.

Tem S. Ex.a desempenhado no nosso país situações de grande destaque, aliás perfeitamente em harmonia com os seus altos merecimentos.

A assim, sendo S. Ex.a uma individualidade que tem prestado valiosos serviços ao país, era muito bem escolhido para desempenhar a missão a que se refere o jornal que acabo de ler, se S. Ex.a não fosse o Alto Comissário da República em Angola.

Dada a situação de S. Ex.a, como Alto Comissário em Angola, situação que todos nós mais ou menos conhecemos, dada muito especialmente a actual situação económica e financeira desta província, e considerando ainda vários empreendimentos, uns em estudo e outros em via de execução, que muito interessam à província, e são da responsabilidade de S. Ex.a, eu entendo que o Sr. general Norton de Matos não dt3via, neste momento, abandonar o seu cargo de Alto Comissário.

Muitos apoiados.

O Sr. Ribeiro de Melo :— Sr. Presidente : como é difícil chegar a vez dó eu falar, não repare a Câmara que eu trate de um assunto, sem estarem presentes três das pessoas que pretendo visar, que fazem parte do Senado, e que são os Srs. Augusto de Vasconcelos, Herculano.Galhardo e Ernesto Navarro.

O Sr. Herculano Galhardo está pelo menos representado aqui pela sua pasta e pelo chapéu, e portanto ó natural que não esteja muito afastado desta Câmara.

Se porventura V. Ex.a, Sr. Presidente, reconhecer a necessidade de mandar chamar o Sr. Herculano Galhardo, far--me há um grande obséquio, porque eu gosto de enfrentar as cousas de face.

Sr. Presidente: os jornais noticiaram que Portugal, na Conferência Internacional de Comércio, será representado por três Srs. Senadores, ou pelos vogais do Conselho da Comissão Internacional de Comércio.

Por felicidade são três Srs. Senadores da República, e têm portanto assento nesta Câmara.

O Sr. Herculano Galhardo é das pessoas que têm trabalhado mais ao lado do Governo, para que a compressão de despesas se efectue, e para que a representação de Portugal não seja feita de modo a aumentar essas despesas, deminuindo--se portanto as respectivas receitas.

O Sr. Augusto de Vasconcelos, que fala em regra como leader do Partido Nacionalista, tem também pautado o seu procedimento de parlamentar de acordo com a " orientação de compressão de despesas do Sr. Herculano Galhardo. '