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Sessão de 2 de Junho de 1924

vãmente, uma alta consideração pelo nosso país no estrangeiro.

Apoiados.

Estas negociações não tiveram nunca o carácter dum pedido da nossa parte, porque a Inglaterra reconheceu espontaneamente que ao velho país amigo e aliado cabia essa prova de consideração e apenas esperava1 uma oportunidade para se libertar de dificuldades de carácter internacional porque tinha solicitações de vários países para obterem da Inglaterra uma prova de consideração desta natureza, para dar satisfação ao velho país aliado.

Chegou o momento de este país realizar a sua promessa. Evidentemente que de parte do Governo Português e do seu ro-presentante em Londres não deixou de haver a lembrança à Inglaterra de que aguardávamos, tranquila e confiadamente, que ela cumprisse a sua promessa.

Cabe-me igualmente a honra, Sr. Presidente, de para este efeito e durante a minha gerência alguma cousa ter feito no sentido de que esta promessa fosse realizada. Mas, Sr. Presidente, é de justiça pôr em relevo que as actuais e iniciais negociações para se chegar a este feliz resultado se deveram ao actual Chefe do Estado quando Ministro de Portugal em Londres, que, gozando duma alta consideração nos meios sociais da capital inglosa, tinha prestígio e estima no Foreing Office.

Igualmente ao actual ilustre Ministro de Portugal em Londres, Sr. Augusto de Castro, seria injusto negar que ele revelou no início da sua carreira diplomática qualidades notáveis e patriotismo sincero, porquanto, apesar de saber que não poderia continuar ali como embaixador por-* que seria indispensável colocar nessa situação uma alta figura do país, não deixou de empregar os seus melhores esforços para conseguir para o seu país uma tam alta distinção.

Disse eu na Câmara do s Deputado s que é de uso chamar a esta prova de alta consideração que um país poderoso como ó a Inglaterra deu a um país pequeno, mas nobre, que quere engrandecer-se, triunfo diplomático. Disse eu mais que os triunfos diplomáticos são menos devidos aos homens do que às circunstâncias.

Quando um país é ínal dirigido, sobretudo quando ó perturbado por lutas in-testinas que dividem os homens e os fa-

zem baixar à categoria de feras, esse país não pode de modo nenhum, por mais esforços que os seus representantes desenvolvam, obter altas provas de consideração, e prestígio internacional que só as circunstâncias podem determinar.

Felizmente, apesar de todas as dificuldades que Portugal atravessa, o que. ó facto é que saímos já duma situação perigosa, porque hoje levantando cada partido a sua bandeira não deixa de fazer justiça às intenções dos seus adversários e de manifestar a consideração recíproca.

Chegando a esta situação era natural, era fácil conseguir externamente uma situação airosa para o nosso País. Felizmente a situação de Portugal é boa e tudo indica que cada vez será melhor, porque justamente em Portugal os . governos fazem esforços sinceros para melhorar a situação.

Os Governos fazem esforços sinceros para melhorar a situação portuguesa, e, se esses esforços não dão resultado, pode ser que seja 'por incompetência das pessoas, e pelas circunstâncias internas não permitirem que os seus esforços frutifiquem.

Mas, o que eu vejo com prazer é que a crítica parlamentar tem sabido colocar a questão no seu devido pé, tem feito oposição, sem fazer injúria.

Era bom que caminhássemos cada vez mais firmemente nesta estrada.

Como português, eu faço este voto mais ardente, e estou convencido que interpreto o sentir de todos os homens de honra e de ordem, de todos aqueles que querem, acima de tudo, ver a sua Pátria respeitada e prestigiada.

Muitos apoiados.

Eu agradeço as palavras que o ilustre Senador Sr. Eoberto Batista pronunciou autes de eu entrar nesta sala, palavras elogiosas e imerecidas, (não apoiados) porque -outro qualquer no meu lugar faria 'o que eu fiz, talvez com mais brilho.

Agradeço igualmente as palavras que me foram dirigidas pelo Sr.(Eibeiro de Melo, igualmente palavras de elogio que a minha consciência me faz ver que não mereço.

Não apoiados.