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oessão dê É de Junho de

penhar aquele cargo, mas as pessoas que têm atacado a sua cbra em Angola, como aquele celebérrimo ataque que sofreu na .outra casa do Parlamento, sendo apresentada uma moção de desconfiança, que a maioria rejeitou, fazendo ver que ela não era a expressão, rigorosa da verdade, e jque as acusações feitas e os números apresentados não traduziam a verdade.

É preciso que o Sr. Norton de Matos não aceite esse cargo, ó preciso-que o Sr. Norton de Matos prove primeiro que é homem capaz e competente de realizar aquela obra que encetou para o desenvolvimento da província de Angola, e só depois de justificar onde é que gastou esses milhares de contos que estão traduzidos nos relatórios do Banco Nacional Ultramarino, e que fazem parte da conta corrente, que esse Banco tem com o Estado Português, só então é que o Sr. Norton de Matos, com o aplauso da opinião pública, podia ir ocupar tam alto cargo.

Muitos apoiados.

O Sr» Herculano Galhardo : — Sr. Pre: sidente: peço a V. Ex.a o favor de con-âultar o Senado sobre se consente que eu durante dez minutos, o máximo, use da palavra para explicações.

Foi aprovado.

O Sr. Herculano Galhardo : — Sr. Presidente: terei de reduzir as minhas considerações ao mínimo, mas, ao ouvir as .palavras do Sr. Ribeiro de Melo, de forma alguma poderia ficar calado.

Sr. Presidente: em 1916^ muito contrariado, fui eleito para uma comissão, chamada «Inter-Parlamentar», e de que •faziam parte também elementos' estranhos ao Parlamento.

Muito contrariado, fui escolhido para fazer parte duma delegação de.dez membros que foi mandada à Conferência In-ter-Parlamentar de Comércio.

Nessa ocasião foi em Paris, e eu fui eleito para fazer parte do conselho geral -da Conferência, onde tinham assento dois •Delegados, de cada país.

De então para cá ainda não deixei de fazer parte desse conselho. • É esta talvez a razão por que eu todos •os anos tenho sido reconduzido na dele-

0 ano .passado também fui eleito dele-

gado. A minha saúde não me permitiu sair de-Lisboa, e, portanto, o ano passado eu consegui sossegar as pessoas que estavam inquietas com a despesa que eu faria.

Este ano,, por uma .razão semelhante, e digo-o com posar por mini, mas felizmente também para outras .pessoas, á minha saúde não me permite tomar parte na Conferência. '

Portanto, também pela parte que-me diz respeito, não gastarei dinheiro ao país, porqne não pos>o dele sair este ano.

•O Sr. Ribeiro de Melo conhece apenas a Conferência Inter-parlamentar de Comércio pela sessão que se realizou em Lisboa. Se a conhecesse melhor nâç falava da maneira como o fez.

A sessão que se realizou em Lisboia foi de .poucos e pequenos resultados, -e tanto que dela me desinteressei.

No momento, em que a política internacional é a directriz de todas as nações nós não devemos . deixar de tornar parte nestas conferências que são de grande vantagem. Á própria Turquia vai mandar à Conferência Inter-parlamentar de Comércio dois membros da sua Assem-bleu Nacional. A Lituânia e a Grécia, países muito mais pobres do que ò nos: só, não querem perder a sua representação, tam importante ela é.

S» Ex.a referiu-se incidentemente à circunstância de Portugal ser um país vinícola, e eu direi que exactamente por. isso nós temos interesse em ser ali repre^ sentados.

Das conversas entre os representantes portugueses e franceses resultaram influências nas negociações comerciais com a, França.

São nossos delegados os Srs. Augusto de Vasconcelos e Ernesto Navarro. È minha convicção que será fecundíssima a despesa que o Estado irá fazer com eles;

Pela parte que me diz respeito, repito, não gastarei as libras a que se referiu o Sr. Ribeiro de Melo, porque não vou.

O orador não reviu.

O Senado permite que o -Sr. Ribeiro de Melo use novamente da palavra.