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Diário deu Sessões 'do Senado

legado, eu aceitava com toda a satisfação essa indicação.

O Orador:—Mas se V. Ex.a tivesse reparado bem, veria que as decisões tomadas em matéria económica pela Sociedade das Nações já tinham sido votadas pela Conferência Parlamentar de Comércio, e foram adoptadas pela Sociedade das Nações.

O Sr. Ribeiro de Melo: — Não havia necessidade disso.

O Orador:—Havia sim, senhor, porque nesta comissão estão alguns dos economistas mais notáveis do mundo, e são eles que têm dotado as medidas seguidas depois pelos outros organismos das conferências internacionais.

Eram estas as palavras que tiaha a dizer por dever de representação que o Parlamento, embora mal, me tem confiado.

O Sr. Ribeiro de Melo:—Não apoiado. O orador não reviu.

O Sr. Ribeiro de Melo: — Sr. Presidente: apenas para dizer ao Sr. Augusto de Vasconcelos que as considerações que eu fiz na sessão de ontem e durante a sua ausência de modo nenhum se referiram à sua personalidade, isto é, à volta da competência ou insuficiência para bem representar o País nas conferências inter-par-lamentares de comércio. Antes pelo contrário, se tivesse de atender aos merecimentos, certamente o Sr. Augusto de Vasconcelos seria sempre escolhido e sempre a mea agrado, pela razão seguinte, porque S. Ex.a, além dos grandes merecimentos que tem, possui esta belíssima qualidade: ó um republicano de sempre.

Muitos apoiados.

Agora, Sr. Dr. Augusto de Vasconcelos, os meus reparos ainda estão de pé, porque ainda me não convenci do contrário.

O Sr. Herculano Galhardo disse ao Senado as razões que muito bem entendeu, e só nos ficou o pesar do seu estado de saúde.

O Sr. Augusto de Vasconcelos, pelo contrário, defende a Coníerência.

Mas o que S. Ex.a não demonstrou é que dessas conferências tivessem resultado tais vantagens que se impusesse a obrigação de mandar no ano de 1924, em que o déficit é de 400:000 contos, a circulação fiduciária de 1.300:000 contos, a libra a 1.50?$!, a carestia da vida insuportável, uma delegação portuguesa a essa Conferência. .

O Sr. Augusto de Vasconcelos: —V. Ex.a esquece apenas que é uma verba que está orçamentada.

O Orador: — Pelo facto de estar orçamentada não quere dizer que se gaste.

Desde que a Nação não está em condições de lhe dar aplicação, ela transitará para o outro orçamento, e se ela for de x, passará a ser de x-L

Se houvesse grande vantagem para Portugal, está muito bem, fazia-se o sacrifício, mas assim, não.

Diz-se que ó necessário levar ao conhecimento das gentes internacionais a forma, como Portugal procura reagir perante as dificuldades que tanto atrofiam a sna vida interna, para o prestígio externo. Isso são palavras muito bonitas que eu queria ver provadas, -mas que ainda não foram confirmadas nem pelo Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, nem pelo Sr% Augusto de Vasconcelos.

É uma questão supérflua, são gastos inúteis que vamos fazer, e ao patriotismo do Sr. Augusto de Vasconcelos impunha--se até adoecer por momentos para não ir à Conferência Inter-Parlamentar do Comércio, para que se não gastasse a verba que está orçamentada, e que não devia ser despendida por quem sempre tem defendido a compressão de despesas.

O Sr. Augusto de Vasconcelos: —