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Diário âas Sessões do Senado

afirmação, porque não sei o que ela quere dizer.

«Reformas bancárias». É natural que Governo qualquer a tenha de fazer, e, desde que o caso é urgente, bom é cue se proceda a esse trabalho o mais urgentemente possível.

Mas se estamos de acordo em que é preciso fazer a reforma bancária, já o não estamos quanto à criação de r.ma -(Caixa de Conversão» como centro gerador de moeda-ouro, e uma «Caixa d?. Fomentos, como órgão financeiro do Estado, para todas as áuas protecções, estímulos e impulsos». Em tempo oportuno, porém, tarei ocasião de discutir essa proposta do Governo.

O propósito de «honrar os -eompromis-iios do Estado» e a resolução f.rme de que não mais S3rá utilizado o crédito de 3 milhões de libras merecem o meu aplauso incoudicional e entusiástico.

Bom seria que o Sr. Presidente do Ministério dissesse nesta ocasião ao Senado se há ainda muito que gastar por conta dos tais 3 milhões de libras, a fim de que se possa dar o devido valor e importância à promessa do Governo a ê? te respeito.

Promete o Governo, e muito bein, «T cobrar corn zelo e com rigor todos os impostos autorizados e não desviar os recursos do Estado para explorações inúteis ou prejudiciais». Terá o aplauso de todo o País.

Evidentemente, podemos tomar neta destes compromissos no passivo da siíaação.

ProT»õe-se o Governo executar as leis e colaborar com o Parlamento no sentido cie «iniciar, em Portugal, uma política económica de realizações práticas e imediatas a, velha aspiração de outros Governos que passaram.

Estou certo que o Sr. Presidente do Ministério encontrará todos a seu lado nesta obra meritória e se assim não suceder terá então S. Ex.a razão bastante $ara separar o Parlamento da opinilo publica.

Nomeadamente fala a deckração ministerial em vias de comunicação a na normalização de serviços respectivos.

Efectivamente os serviços de caminhos de ferro e estradas estão a exigir normalização, porque o que existe é qualquer cousa muito vergonhosa para o Pais.

Também na declaração só faz referôn-cia a novas vias de comunicação, que são as vias aéreas.

O problema das liga^Oes por via aérea, ccruo o dás vias terrestres a que me referi, o problema dos partos e a utilização conveniente da energia hidráulica são assuntos que o Sr. Presidente do Ministério promete tratar com o Parlamento. Felicito-o pelos seus bons propósitos a este respeito e deles tomo nota muito gosto-sarnenie. lembrando nesta ocasião ao Sr- Ministro do Comércio a conveniência de se publicar a nossa carta aeronáutica, a que somos obrigados por tratados internacionais, prestando, contudo, a minha homenagem aos serviços geodésicos por onde o caso tem de ser resolvido e que não são responsáveis pela demora da publicação da carta.

Quanto à administração colonial diz--nos a declaração ministerial que será elaborado uni «plano geral», o que acho excelente e que o Sr. Ministro das Colónias já telegrafou para todos os governadores o para que procedam com bre-vicade à elaboração dos planos parciais para cada colónia».

Receio bem, Sr. Presidente, que o método adoptado pelo Sr. Ministro das Colónias não corresponda ao pensamento emitido na declaração do Governo.

LTm plano geral não é uma soma de planos parciais; poderá ser na linguagem de engenheiro, um integral, mas nunca uma soraa.

Ainda sobre colónias refere-se a declaração ministerial à situação de Angola e a sacrifícios a fazer.

Não é este o momento de se fazer uma interpretação sobre a administração de Angola; mas desde que o Governo nos vem falar em união aduaneira e em sacrifícios a fazer, bom seria que alguma cousa nos dissesse também sobre «autonomias».

O Sr. Ministro da Agricultura, que é p.-ira Iodos nós ama grande esperança, qja nós desejamos ver transformada em realidade, faz-nos, também por intermédio da declaração ministerial, promessas de muita importância.