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das Sessões ao Senado

• E evidente que os navios se fizeram par.-a navegar.

E também evidente que ó de toda a conveniência que Cies naveguem o mais possível para treino do seu pessoal. Mas, Sr. Presidente, também é altamente conveniente, mesmo indispensável, que equilibremos o nosso Orçamento o mais rapidamente possível, porque, depois de conseguido 6sse equilíbrio, estou certo de que há-de vir, duma vez para sempre, uma época de prosperidade para o nosso país. Estando o nosso equilíbrio feito, podemos ter uma confiança absoluta na divisa cambial.

Portanto, entendo que se deve gastar o menos possível agora, a fim de equilibrarmos o nosso Orçamento. Não é X) facto dos navios navegarem menos uca ano ou mesmo dois, que vem prejudicar jiltamente as qualidades dos nossos marinheiros.

Parte do dinheiro pedido nesse crédito é para ocorrer às despesas do combustível feitas corn a divisão naval colonial, ílu várias vezes me tenho referido nesta •Câmara a essa divisão naval colonial, contra a qual não tenho a mais pequena má vontade. Tomara eu, como já disse aqui também, que nós pudéssemos man-jdar os nossos navios, para toda a parte do mundo, mostrar a nossa bandeira.

Mas, como tenho esta preocupação cons-.tante do nosso equilíbrio orçamental, en-

~tendo que se deve deixar de fazer todas as despesas que não sejam duma absoluta /precisão de mandar esses navios para •fora. Pode-se mesmo dar treino ao nosso pessoal fazendo com que os nossos navios naveguem única e exclusivamente eutre as nossas ilhas, possivelmente até as do ultramar, como Cabo Verde. -

Portanto, fica bem assente que não me move qualquer má vontade contra essa viagem, antes, pelo contrário, bem desejaria que o nosso país estivesse em condições de poder mandar fazer essa e mui-

rtas outras viagens idênticas.

Quando o Sr. José Domingues dos San-

'tos se apresentou nesta Câmara, pregun-tei a S. Ex.a o que pensava a respeito

••dessa viagem.

S. Ex.a não me respondeu porque não sabia. E agora quando o Sr. Vitorino Gui-

'inarães compareceu nesta Câmara para

:fazer a apresentação do Ministério, nova

pregunta fiz a S. Ex.a sobre o mesmo assunto, mas o Sr. Vitorino Guimarães também, não fez a mais pequena referência a essa viagem.

Todavia, como neste momento se encontra nesta sala o Sr. Ministro da Marinha, peço a S. Ex.a que informe a Câmara sobre se a viagem do périplo de África é de facto de absoluta necessidade que se fizesse, porque, se S. Ex.a me convencer de que assim é, concordarei com ela, mas estou persuadido de que assim não é, e portanto lamento que se fosse fazer uma despesa que não era de absoluta necessidade.

Terminando declaro que, desde que se trate de uma proposta de lei destinada a efectuar pagamentos de despesas já feitas, e para ocorrer a necessidades inadiáveis, não posso deixar de lhe dar o meu voto.

O Sr. Ministro da Marinha (Pereira da Silva): — Sr. Presidente: é do meu dever agradecer a todo o Senado as referências agradáveis e elogiosas, que me fez durante o debate político da apresentação do actual Governo.

Devo dizer que estou profundamente sensibilizado com as provas de consideração que esta Câmara me deu, apresentando-lhe por isso as homenagens do meu maior respeito.

Referiu-se o Sr. Oriol Pena à proposta de lei em discussão e, em resposta às considerações que S. Ex.a fez, devo dizer que esta proposta de lei representa uma necessidade instante e inadiável para assegurar a vida administrativa do Ministério da Marinha até ao fim do ano económico, porquanto .todas as verbas de duodécimos estão comprometidas por dívidas já contraídas em serviços urgentes da armada.

Igual resposta me cumpre dar ao Sr. Procópio de Freitas, pois que, quando assumi a pasta da Marinha, já encontrei comprometidas todas as verbas que correspondem aos diversos navios, visto que no Ministério anterior se haviam feito despesas relativas aos duodécimos em avanço. <í p='p' que='que' foi='foi' se='se' por='por' motivo='motivo' deu='deu' e='e' isso='isso' qual='qual' _.='_.' o='o'>

Vou dizer: .