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de 6 de Março de 1925

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•CG, aberto e decidido, de todos nós conhecido! .

Lamento que,, tendo feito parte do Gabinete em que pela primeira vez nos aparecem, não continuasse a exercer essas íunções no que se lhe seguir dando continuidade à sua acção na pasta da Marinha «om manifesta vantagem para esses serviços.

Ao Sr. Ministro da Guerra direi que tendo por vezes aqui ouvido sustentar^ com o meu aplauso, devep, o exército manter-se fora e acima -de toda a política, me •causou grande extranheza o facto de S. Ex.a ter interrompido as suas funções de Ministro, para ir comandar a guarda, que ficou à espera da sua volta, e deixar ago: rã a guarda para voltar de novo a ser; Ministro!

Não discuto se S. Ex.a não estará .bem-como Ministro, ou se não estaria bem como comandante da guarda. . •

Como comandante da guarda, representa esta para todos os eleitos, e afigura-se--me que devendo o exército manter-se alheio completaniente à política, sendo a boa doutrina e sendo racional e lógico que a guarda esteja ao serviço do Governo, não faz sentido, não é razoável, não é lógico, não é, porventura, legítimo, nem legal, fazer a guarda serviço no Governo.

Não me consta que fosse o Sr; Ministro, substituído no comando, vago mais uma vez e à espera de S.. Ex.a

Isto dito apenas como breve comentário, vou entrar no assunto:em discussão, limitando-me a emitir o meu parecer, sã-, bendo de antemão que ele de nada vale por ir o projecto ser, votado tal qual foi apresentado.

É deveras de extranhar a autorização pedida para ocorrer às despesas aqui enunciadas. • -

A culpa, não .será dos Srs. Ministros, mas é certo terem S. Ex.as também res-ponsabilidades no assunto. . • i

. j Consequência de serem os Orçamentos apresentados à última hera, com-limitação de tempo para a discussão, serem discutidos 'de afogadilho, nãp podendo ser apreciados devidamente! .

Vem agora o Sr. Ministro dizer-nos: Srs. Parlamentares,' tenham paciência, o dinheiro não chega; é preciso mais -di-nheiro, tomem os Srs. a responsabilidade, não estamos para isso! ; .-.••-.

Isto não faz sentido. . Melhor . serÍA:; ter o Governo resolvido pagar a quem se deva e.vir dizermos depois : tivemos de gastar mais; dêem-nos, um «bill de indemnidade».--•

Era. mais simples, mais prático e porventura menos extranho, mas não se que-re fazer assim.

Se qualquer de nós, na sua vida particular, começar a gastar mais e mais nas diferentes verbas da sua casa, excedendo os seus r.ecursos, .chega'ao ponto de dever - a toda a gente e se não tiver-.um tio rico e. generoso, ou um agiota que lhe valha — e. por que preço! — estará irremediavelmente perdido.

É a.situação em que estão os Srs. Ministros e beín denunciam no seu ar vexado, pensando de certo no seu íntimo estarem aquelas cadeiras a ser-lhes .potros de ignomínia.

Que as minhas palavras tenham o condão de chamar os .meus. colegas ao bom caminho, evitando o sistema de discutir orçamentos de afogadilho, à última hora, com as consequências que estão patentes. ;.-! Feito o-meu protesto j nada. mais direi.

O Sr.. Procópio de Freitas:—Sr. Presi-? dente: é na -.verdade extranhável a proposta de lei em' discussão, p.ois natural seria que os duodécimos fossem suficientes para efectuar esses pagamentos.

Disse o Sr. Ministro -"da Guerra.que parte, desse Dinheiro é destinado a ocorrer a despesas provenientes de promoções de oficiais feitas ultimamente.

E claro, S. Ex.a disse, e eu acredito absolutamente. . • ,

Mas,- Sr. Presidente, se o Orçamento estivesse bem feito, devia conter a verba destinada a1 esse fim, < • - ...

. Em todos, os orçamentos 'há sempre uma verba destinada às promoções prováveis no decorrer do ano.

O que se vê é que.os orçamentos, não são a expressão da verdade, e são feitos da modo. a iludir a .Nação v