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Sessão de 18 de Março de 1925

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vação moral e intelectual do povo francês. Urge, pois, que imitemos esse povo.. O orador não reviu.

O Sr. Vicente Ramos: — Sr. Presidente: pedi a palavra para me associar ao voto proposto pelo. nosso ilustre colega Sr. José Pontes.

O orador não reviu,

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Ferreira de Simas):—Pedi a palavra para me associar, em nome do Governo, à proposta de saudação do ilustre-Senador Sr. José Pontes.

A educação física é -uma questão nacional da mais alta importância e o Governo não pode .deixar de olhar com todo o cuidado'para ela.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente:—Em vista da manifestação da Câmara considero o voto de saudação aprovado por unanimidade.

O Sr. Oriol Pena: — Sr. Presidente: quero também associar-me ao voto de saudação proposto pelo nosso colega Sr. José Pontes pelo cinquentenário do Ginmásio Club Português.

Con!ieci-o há cinquenta anos, logo depois da sua fundação no velho prédio da Carroirinha do Socorro. Tinha então os meus 16 anos. Era menino o moço; moços eram todos quantos ali se encontravam, do quem me lembro com verdadeira saudade.

Quantos já desaparecidos!

Entre os fiéis e os- mais notáveis: Mendo Orneias, Luís de Aragão, Rafael Manique, Avelar Teles, outros que de momento me não ocorrem, tendo como orientador entusiasta ou figura principal Augusto Ferreira, um pouco mais velho e mais tardo distinto engenheiro reformador do serviço de incêndios e inspector dos incêndios- de Lisboa, que a corporação ainda hoje chora.

Todos nós trabalhámos, mais ou menos na medida das nossas faculdades, nas barras, no trapésio, nas argolas onde eram notáveis Luís de Aragão e Avelar Teles, nas barras onde era distinto o Mendo Orneias, ágil como um gato.

Eu, não servindo para mais nada, ajudei os outros a fazer a primeira rede que

o Gimnásio pôde ter e era a grande ambição do Augusto Ferreira.

Com estas recordações ainda vivas não posso deixar de mo associar com grande aplauso à proposta do nosso querido colega Sr. José Pontes, que está a fazer uma obra nacional e útil, e recordar-me .com muita saudade daqueles com quem vivi, já não tamanino, mas menino e moço como era ainda nesse tempo. Quási todos desapareceram.

. Ficou esta velha carcassa para ter hoje a consolação de poder, a justas palavras de louvor a um acto meritório, juntar estas palavras de saudade.

jCumprido este grato dever, desejo chamar a atenção de V. Ex.a e da Câmara para um caso grave que se está passando nalgumas das freguesias de Lisboa.

São factos, são crimes, Sr. Presidente, que prejudicam grandomente os direitos de cada um reconhecidos na Constituirão, mais uma vez indecentemente violada por autoridades inferiores e incompetentes!

Em que pese ao Sr. Pereira Osório, sempre pronto a irritar-se quando me ouve afirmar estar a Constituição a ser violada, como agora mais uma vez sucede, privando nos funcionários sectários e incompetentes do sagrado direito do voto qutí todos temos indiscutivelmente e é formalmente garantido por aquele diploma !

j A toda a largiíra da primeira página do Correio da Manha, jornal que aqui tenho, vem um grito de alarme, chamando à atenção de toda a gente para casos verdadeiramente escandalosos!

Chamo a atenção do V. Ex.a e do Governo para o que aqui se diz: «jNa as-semblea de S. Sebastião da Pedreira foram cortados 608 nomes e na freguesia de Arroios mais de 800»!

Isto é o grosso, fora os trocos a dar nas outras assembleas, sendo atostados estes factos todos com iestemunhos irrefutáveis.

Tomo a liberdade de chamar a atenção de V. Ex.a e da Câmara pedindo ao Governo e ao Sr. Ministro, decerto ainda presente — vejo alf a sua pasta—para chamar a atenção dos Srs. Ministros do Interior e da Justiça para estes casos, pedindo-lhes remédio pronto.