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Sessão de 2 de Junho de 1920

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Requerimentos

Dos cidadãos Armando de Almeida de Sousa Araújo, Horácio Machado Ribeiro, João Homem de Brito e Luís Barreto da Cruz, pedindo para serem reconhecidos revolucionários civis, ao abrigo da lei n.° 1:691.

Para a comissão de petições.

Do cidadão Carlos do Amaral Bandeira, de Faro, pedindo uma condecoração. Arquive-se.

Do chefe e da secretaria da Câmara de Boticas, pedindo a aprovação do projecto de lei sobre equiparação de vencimentos, da autoria, do Sr. Senador Costa Júnior.

Para a 2.a secção.'

Do Sr. Senador José António da Costa Júnior, requerendo que, pelo Ministério da Guerra, lhe soja cedido o Almanaque do Exército (última publicação).

Eequeiro que, pela comissão administrativa do Congresso da República, me1 seja enviada com urgência uma relação dos funcionários do mesmo Congresso, relativa ao mês de Abril do corrente ano, indicando todos os vencimentos; gratificações, ou quaisquer abonos ordinários ou extraordinários que no mesmo mês lhes foram feitos, e bem assim os descontos que tiveram.— José Mendes dos Reis.

Para a 'Secretaria.

Requeiro que, pelo Ministério das Finanças, me seja fornecida uma cópia das propostas apresentadas ao concurso aberto por esse Ministério para fornecimento de caixas de fósforos, e os despachos proferidos sobre esse assunto.— Joaquim Crisóstomo.

Para a Secretaria.

Do cidadão Eugênio Pereira, pedindo para ser reconhecido revolucionário civil, ao abrigo da lei n.° 1691.

Para a comissão de petições.

Nota de interpelação

Desejo interpelar o Sr. Ministro da Guerra sobre a manifesta inferioridade dos vencimentos do funcionalismo militar, em confronto com os vencimentos de

algumas classes,do funcionalismo civil.— José Mendes dos Reis. Para a Secretaria.

O Sr. Presidente:—Durante o interregno parlamentar, faleceram vários cidadãos, que à Pátria e à República prestaram grandes serviços.

Entre eles figura, como de primeira grandeza, o vulto de João Chagas.

Era para o jornalismo que mais ttendiam- as inclinações do seu espírito.

Nunca, nos seus trabalhos literários, se notou sequer a mais pequena mancha de ódio ou de incorrecção de frase; bem pelo contrário, sabia fustigar os vícios e defeitos dos homens do seu tempo, sempre de luva calçada.

Foi um dos homens que mais trabalhou e mais se sacrificou pela República.

Esteve degredado em Angola por ocasião da revolução de 31 de Janeiro.

Proponho que se lance na acta um voto de profundo sentimento pelo seu falecimento e seja comunicada essa resolução a sua família, encerrando-se a sessão em seguida à votação desta proposta.

Também faleceram um antigo membro da Assernblea Constituinte, o Sr. Manuel Rodrigues da Silva, e o Sr. João Fiel Stockler, que foi um dos revolucionários do 5 de Outubro.

A morte ceifou também o grande actor Eduardo Brasão.

Há uma particularidade na vida deste grande artista, que não tem sido citada e que dá a medida do seu carácter.

É a seguinte: Eduardo Brasão teve de se expatriar para o Rio de Janeiro para ocorrer às dificuldades monetárias de seu pai, sendo,, depois da morte dele, o amparo de suas irmãs.

Vê-se, pois, que Eduardo Brasão, além de um grande artista, era um grande cidadão.

Pelo falecimento destes três, últimos cidadãos proponho também que se iancem na acta votos de sentimento.