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ÍHérío das Setsões do Senado

Mas o *que acontece dentro da República, a essa família?

O maior habituado a esse fausto, a essa, maneira de viver muito cómoda, não quere reconhecer os direitos aos seus irmãos mais novos.

Disso deriva a revolta naturclíssimíi.

O. Sr. Artur Costa (interrompendo): — O conselho de família roesse caso são os eleitores.

O Orador: — Mas o conselho de família precisa ser escolhido como conselho idóneo.

Esses eleitores não são idóneos pcrqne o próprio irmão mais velho de propósito lhes não dá idoneidade.

Portanto, Sr. Presidente, eu fecho o parêntesis, esperando como irmão menor que o irmão mais velho um cia veja as cousas como devem ser vistas.

Sr. Presidente: V. Ex.a certamente por lapso ou por não ter sido informado a tempo, não apresentou ao Senado também ' um voto de sentimento pela morte de uai filho do Sr. Ministro da Guerra.

Creio que V. Ex.a não se referiu, a esse facto.

Eu peço licença para propor esse VOTO de sentimento pelo falecimento do filho do Sr. Ministro da Guerra, voto que eu proponho em meu nome pessoal e em nome do meu partido.

O Sr. Procópio de Freitas: — Assccio--me ao voto de sentimento, proposto por V. Ex.a, pelo falecimento do eminente republicano João Chagas, alma verdadeiramente republicana e que tanto r.e sacrificou pela implantação em Portugal do actual regime.

Como não possuo qualidades oratórias para poder fazer aqui o devido elogio desse cidadão, produzindo uma oiLQlo que estivesse em harmonia com as qualidades literárias de João Chagas, limiío--me a dizer a V. Ex.a, Sr. Presidente, e à Câmara que foi com grande pesar que eu vi desaparecer para sempre ôsse vulto eminente da .República, esse grande jornalista quo se evidenciou ainda riais como panfletário e que tanto contribuiu, como disse, para a implantação da Sepública mas que, estou, certo, a República que ele queria ver implantada em Portugal não é

bem esta República em que nós -estamos vivendo.

Sr. Presidente: propôs, também, V. Ex.a votos de sentimento pelo falecimento do Sr. Rodrigues da Silva, antigo membro deste Congresso, pelo falecimento do meu camarada Stockler, antigo republicano, oficial distinto, e que também bastante contribuiu para a implantação do actual regime.

Outrossim propôs V. Ex.a um voto de sentimento pela morte do grande actor Brasão que tanto honrou a arte dramática portuguesa, e finalmente propôs o ~Sr. Afonso de Lemos um voto de sentimento pela. rnorte de um dos filhos do Sr. Ministro da Guerra.

A todos estes votos me associo muito sinceramente.

O Sr. Júlio Ribeiro:: — Sr. Presidente: como jornalista não podia deixar de proferir estas palavras, porque João Chagas deu à República toda a sua mocidade, todo o sangue da sua juventude, e todo o ainor da sua alma.

O Sr. Dias de Andrade: — Sr. Presidente: associo-me aos votos de sentimento propostos pelo Sr. Presidente e destaco para a minha especial homenagem a grande figura de Eduardo Brasão.

Ele foi, na verdade, um dos maiores. senão o maior representante da scena portuguesa.

Foi una glória nacional.

A sua morte deixou de luto o teatro português.

O Sr. D. Tomás de Vilhena: —- Sr. Presidente : João Chagas foi uma das figuras mais brilhantes da República, e, sem dúvida, um daqueles que, com o seu esforço pessoal, mais contribuíram para a implantação deste regime. V. Ex.a compreende que eu, no campo político, não llie posso dedicar uma memória grata; mas, diante de quem morre, cnrvo-me sempre respeitoso, e encontro desta vez alguma cousa que dizer em seu abono.

Incontestavelmente, João Chagas tem para mirn um grande valor : foi um homem que teve um ideal e que sempre pugnou por ele.