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Diário das Sessões do Senado

parecer com saudado a figa rã de Brasão.

Associo-me, pois, aos votos propostos, e particularmente ao proposto pelo falecimento de um filho do Sr. Ministro da Guerra, porque ora amigo pessoal do falecido e seu padrinho.

E permita-me V. Ex.a que eu, agora, me dirija ao Senado, com respeito e gratidão pelo seu voto de sentimento ca sessão de 24 de Abril passado pelo falecimento de meu filho.

Mais o faço ainda pela distinção que teve para comigo esta casa, fazendo-se representar no funeral pela Mesa.

Também agradeço aos Sr s. Senadores que, em seu nome pessoal ou em nónio dos agrupamentos a que pertencem, tiveram para mini palavras amigas e confortantes.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Ferreira de Sirnas): — Associo-me, em nome do Governo, às homenagens prestadas por todos os lados da Câmara ao grande português e republicano que foi João Chagas.

Conheci João Chagas em França, em 1915, quando presidia a uma comissão do oficiais que ali foi tratar de conseguir o fornecimento de munições para a artilharia portuguesa, que, podia dizer-se nesse momento, estava praticamente desarmada.

Podvem V. Ex.as calcular £s dificuldades que naturalmente surgiram para se obterem munições cm França, quando esse país lutava nesse momento com um terrível adversário; e, sobretudo, para uma Nação que ainda não tinha cometido qualquer acto de hostilidade para com os alemães, que tivesse" provocado por parto deles a declaração de guerra. Pois S. Ex.a, possuindo uma grande influência L dentro do Ministério dos Estrangeiros, conseguiu rapidamente que o Governo Francês autorizasse o fabrico de munições para Portugal.

Ainda S. Ex.a, nesta questão, demonstrou as suas notáveis qualidades, aconselhando a comissão no sentido de que, nos detalhes do contrato, o Estado ficasse garantido acerca do fornecimento de material.

João Chagas pode apresentar-se como

um exemplo a seguir pelas gerações vindouras.

Era um homem de convicções fortes, um homem de carácter, que tudo sacrificou, a sua liberdade e ato a sua própria vida, à realização do seu ideal.

Associo-mo tambfjui, em nome do Governo, às homenagens prestadas ao Senador das Constituintes Sr. Kodrigues- da Silva, ao combatente do 5 de Outubro, comandante Fiel Stockler, e ao grande actor Eduardo Brasão, que muito honrou a arte dramática portuguesa.

Associo-me igualmente ao voto proposto pele Sr. Afonso de Lemos pela morte do filho do Sr. Ministro da Guerra, a quem comunicarei esta homenagem do Senado.

O Sr. Procópio de Freitas (para explicações) : — Sr. Presidente: como até hoje ainda o Sr. Presidente do Ministério não veio apresentar a esta Câmara o Sr. Ministro da Guerra, pedia a V. Ex.a o obséquio de me informar se S. Ex.a tenciona vir cumprir esse dever.

O Sr. Presidente:: — Naturalmente há-- de aqui vir apresentar o novo Ministro numa das próximas sessões, logo que isso lhe seja possível.

Em vista da manifestação da Câmara, considero aprovados por unanimidade os votos de sentimento propostos.

A próxima sessão ó amanhã à hora regimental.

O Sr. Joaquim Crisóstomo (interrompendo)'.— Eu tinha pedido a palavra para antes de se encerrar a sessão...

O Sr. Presidente:—Desde que a Câmara votou que só encerrasse a sessão imediatamente à votação das propostas pendentes, não posso conceder a palavra a V. Ex.a

O Sr. Joaquim Crisóstomo: — Era só para pediria comparência do Sr. Ministro do Interior à próxima sessão.

O Sr. Presidente:—Está encerrada a sessão.

Eram 16 horas e 45 minutos.