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-Sessão de J 4e Julho de 1925

O Sr. Presidente: — Sim, senhor.

O Sr. Procópio de Freitas : — Sr. Presidente : pedia a V. Ex.a a fineza de -consultar o Senado sobre se permite que a proposta de lei n.° 907 seja discutida antes -da ordem do dia, ou, não podendo ser, .na primeira parte da ordem do dia.

Posto à votação o requerimento foi aprovado.

O Sr. Silva Barreto: — Eequeiro a •contraprova.

O Sr. Procôpio de Freitas: — Eequeiro .a contagem.

Feita a contraprova foi o requerimento .rejeitado.

O Sr. Carlos Costa : — Sr. Presidente: Desejo chamar a atenção da Câmara para uma portaria publicada no Diário •do^ Governo de 30 de Junho, l.a série.

Essa portaria, que tom o número 4:443, foi mandada publicar pelo Sr. Ministro •do Comércio.

Por ela, a Companhia das Águas de Lisboa é mandada entrar na Caixa Ge-iral de Depósitos, com uma quantia importantíssima, que orça por uns 3:000 contos, quantia essa que a Companhia indevidamente tinha depositada num .Banco, de que, segundo dizem, é director um dos directores da Companhia.

Como esta publicação é consequência -do que aqui disse no dia da minha interpelação, com muito prazer constato •que para alguma N coisa serviu o tempo -que tomei à Câmara.

Tenho dito.

O Sr. Medeiros Franco : — Sr. Presidente : mandei ontem para a Mesa, devi-•daniPBte relatada, a proposta das pensões que a Câmara concedeu à viúva e filhos •de João Chagas, França Borges e Fiel -Stockler.

Desejava pois haber, Sr. Presidente, -se esse relatório já foi lido e aprovado. No caso contrário, peço a V. Ex.a a fineza de o mandar ler.

O Sr. Presidente : — Sim, senhor. Já .foi lido e aprovado.

O Sr. José Pontes:—:Sr. Presidente: o pedir autorização a V. Ex.a e ao Se-

nado para lembrar que actualmente se está realizando o 2.° Congresso de Educação Física, iniciativa do Giinnásio Club Português que desassombradamente, neste meio de rotina, conseguiu a realização de tarn grande empreendimento.

O Congresso de Educação Física representa uma assemblea em que técnicos, vindos de todas as partes do país, trabalham afmcadamente pára a regeneração da nossa raça, problema este que é considerado em todos os países do mundo de primacial importância.

No congresso do maior partido da República, realizado no Porto, o ano passado, uma das moções que foi aprovada por unamidade, ou, melhor, por aclamação dizia respeito à formação integral do indivíduo pela cultura corpórea.

Sucede que uma corporação que não tem recursos próprios, que vive do interesse e da abnegação dos seus associados, abalançou-se a fazer esse Congresso.

Entendo que ao Senado da República não pode ser indiferente esta manifestação de vitalidade, e por isso lembro uma saudação ao Gimnásio Club e a todos aqueles que, de norte a sul, vieram prestar o seu concurso para a resolução de um problema tam importante como este.

Aproveito ò estar no uso da palavra, para não me esquecer que fui jornalista, durante largos anos.

Os meus colegas de imprensa pedem para eu levantar aqui a minha voz de protesto contra uma deliberação do Governo da República.

O Ministro, a quem me refiro, é meu amigo.

Conheço-o há muito tempo, pois foi meu colega de escola. .

Sei que não, iez isso com o propósito de agravar a imprensa portuguesa. ^

Mas, como se costuma dizer, meteràm--Ihe uma determinação na cabeça, que não podia ser bem aceite -pela imprensa portuguesa.

Refiro-me, não à imprensa que está comercializada e industrializada, mas sim àquela que trabalha para a realização de um grande empreendimento, e para uma santa finalid de, que é a divulgação dos conhecirm-ntos humanos.

São estos que foram feridos nos seus brios de jornalistas.