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1230 ACTAS DA CAMARA CORPORATIVA N.° 94

QUADRO XLI

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Estes consumos são bastante modestos e instáveis na sua evolução.
No caso do vinho verde, dado o seu interesse como bebida ajustada aos climas tropicais, seria de esperar uma maior vulgarização.
Acresce que constituindo algumas das nossas províncias de governo simples centros de interesse turístico (Macau) ou com boas perspectivas para o seu desenvolvimento (Cabo Verde e S. Tomé), seria de desejar que os reputados vinhos Portugueses de qualidade aí viessem a ter uma presença dignificante.
Para se ter uma ideia da salda de outros produtos vínicos da metrópole para as províncias de governo simples elaborou-se o quadra XLII, que respeita ao ano de 1970.

QUADRO XLII

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Fonte: Grémio do Comercio de Exportação de Vinhos, boletins informativos.

0 quadro XLIII revela o movimento de saídas de vinhos e seus derivados da metrópole para Angola no período do 1966-1970.

QUADRO XLIII

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Fonte: Grémio do Comercio de Exportação de Vinhos, boletins informativos.

É notória a diminuição acusada nas vendas a Angola a partir de 1966, com excepção das aguardentes.
As más colheitas do continente terão sido acompanhadas por grandes alterações nos preços médios. Segundo estimativas de Angola, os preços médios (F. 0. B.) terão variado nestes termos: 1966 - 2$90; 1967 - 3$50; 1968 - 4$40; 1969 - 4$80; 1970 - 5$60; 1971 (até fins de Julho) - 5$10 e 5$30.
Quanto aos vinhos das regiões demarcadas assinale-se a quebra extraordinária verificada com o Dão e a estabilização do vinho verde nos últimos três anos.
Para Mozambique elaborou-se o quadro XLIV.
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destas províncias, mais de metade do vinho soldo foi transportado já a granel, e por força de deliberação do Governo-Geral a comercialização dos vinhos acondicionados em barril e garrafão fica vedada a partir de 30 de Junho de 1971. 0 problema das transferencia atingiu, em 1970, uma situação verdadeiramente incompatível, com prazos que atingiram os treze meses em Moçambique e os nove meses em Angola. Entretanto, a grande surpresa no nosso comercio para o ultramar verificou-se, no mês de Novembro, com as chamadas medidas restritivas à importação, determinadas para aqueles dois territórios. 0 vinho foi a mercadoria
mais atingida, muito embora o principio que norteou a adopção de tais medidas tivesse sido a protecção as indústrias locais na face de arranque, mediante restrições à importação de produtos metropolitanos que as províncias já produzem». Seja como for o facto traz como consequências a redução para cerca de metade das saídas dos nossos vinhos para Angola e Moçambique, o que significara a falta de escoamento de cerca de 130 000 pipas, uma vez que as províncias não consentirão importações anuais superiores a 370 000 e 100 000 contos de vinhos (valor C. I. F.), respectivamente.