O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

240 DIÁRIO DAS SESSÕES - N.º 128

João Luiz Augusto das Neves.
João Maria Teles de Sampaio Rio.
João Mendes da Gosta Amaral.
João Xavier Camarate de Campos.
Joaquim Rodrigues de Almeida.
Joaquim Saldanha.
Jorge Viterbo Ferreira.
José Alberto dos Reis.
José Alçada Guimarãis.
José Dias de Araújo Correia.
José Gualberto de Sá Carneiro.
José Maria Braga da Cruz.
José Maria Dias Ferrão
José Pereira dos Santos Cabral.
José Teodoro dos Santos Formosinho Sanches.
Juvenal Henriques de Araújo.
Luiz Cincinato Cabral da Costa.
Luiz da Cunha Gonçalves.
Luiz Figueira.
Luiz José de Pina Guimarãis.
Manuel Pestana dos Reis.
D. Maria Baptista dos Santos Guardiola.
D. Maria Luíza de Saldanha da Gama, van Zeller.
Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque.
Sebastião Garcia Ramires.
Sílvio Duarte de Belfort Cerqueira.
Ulisses Cruz de Aguiar Cortês.

Srs. Deputados que entraram durante a sessão:

António Rodrigues dos Santos Pedroso.
João Garcia Pereira.

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

António Carlos Borges.
Joaquim de Moura Relvas.
Júlio Alberto de Sousa Schiappa de Azevedo.
Luiz Maria Lopes da Fonseca.

O Sr. Presidente:-Vai fazer-se a chamada.

Eram l5 horas e 54 minutos. Fez-se a chamada.

O Sr. Presidente:-Estão presentes 63 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas.

Antes da ordem do dia

O Sr. Presidente: - Está em reclamação o Diário da última sessão.

O Sr. Formoslnho Sanches: - Pedi a palavra para fazer as seguintes rectificações ao Diário da última sessão: a p. 230, col. l.ª, 1. 54, onde se lê: «Instituto Português de Combustíveis», deve ler-se: «Comissão de Racionamento de Gasolinas»; e mais abaixo, 1. 62 e 63, onde se lê: «Instituto Português de Combustíveis», deve ler-se: «Comissão de Racionamento de Gasolinas».

O Sr. Cancela de Abreu: - Pedi a palavra para fazer as seguintes rectificações ao Diário: a p. 235, col. 1.ª, 1. 12, onde está: «corrente», deve ler-se: «crescente»; e a p. 236, col. 2.a, 1. 5, onde se lê: «nossos», deve ler-se: «novos».

O Sr. Presidente:-Não tendo mais nenhum Sr. Deputado pedido a palavra sobre o Diário, considerou aprovado com as alterações apresentadas.

Tem a palavra para antes da ordem do dia o Sr. Deputado Botto de Carvalho.

O Sr. Botto de Carvalho: - Sr. Presidente: findam os trabalhos desta 2.a legislatura. Neste momento Portugal pode continuar em paz, no meio de um mundo em guerra, o seu honrado labor cotidiano. O indispensável vai chegando, graças a Deus e aos homens de boa vontade; o supérfluo sobeja largamente. No condicionamento das circunstâncias actuais, com ingente labor, o Governo pode continuar a cuidada preparação do futuro, esse futuro que a Revolução Nacional, com os sacrifícios do presente, quero que seja. melhor, por mais digno e mais justo.

Um dia, que todos desejamos seja breve, o mundo há-de carecer, num movimento de ampla colaboração, de se reorganizar. Há-de pesar esse encargo sobre os ombros de mocidades que estão sofrendo todas as consequências da guerra actual, onda de devastação que não, poupa nenhum interesse, nenhum sentimento, cousa nenhuma que lhe condicione as finalidades imediatas.

De entre essas mocidades, diminuídas física e moralmente por tamanha necessidade e tanto horror, destaca-se a do meu País como um exemplo raro de felicidade, que é preciso compreender e aproveitar.

E preciso que a mocidade, que, como nunca, tem de louvar u Deus ter nascido portuguesa, seja entendida nos seus múltiplos interesses « direitos, seja cuidada como um alto valor a ter-se em conta entre os mais altos da Nação, seja dirigida, amparada e cultivada por forma a que, amanhã, na reorganização do mundo, assuma o papel que todas as circunstâncias indicam lhe deverá competir.

Presto homenagem ao cuidado que o problema tem - merecido ao Governo. A verdade, porém, é que o problema da infância apenas tem sido posto e resolvido em alguns dos seus aspectos parcelares. O grande movimento que compreenda a criança desde o seu nascimento até à sua emancipação, implicando os aspectos da SUA saúde física e moral, das relações entre pais e filhos, com os deveres e direitos inerentes, da sua instrução, desde a pré primária à superior, dirigida num sentido social, construtivo e útil, esse grande, esse admirável movimento, tantas vezes esboçado e parcelarmente resolvido, está ainda por empreender.

E no entanto, na hora actual, quantos de entre os da mocidade do meu País continuam, num total desamparo, entregues ao desregramento dos seus instintos libertados, cavando a sua própria ruína física e moral, germe de péssimos cidadãos de amanha.

Vêem-no os meus olhos, com o simples passar nas ruas de Lisboa. Dizem-mo as informações que a cada passo me fornecem.

Findam os trabalhos desta 2.ª legislatura. E nela, ao usar pela última vez da palavra, dirijo a S. Ex.ª os Ministros da Justiça, da Educação Nacional e do Interior, á S. Ex.ª os Sub-Secretários da Assistência e das Corporações, o apelo mais veemente por que, numa obra de conjunto, que, assim, poderá ser perfeita, se resolva nos seus múltiplos aspectos e de harmonia com os superiores interesses nacionais o problema da infância.

Tenho dito.

Vozes:-Muito bem!