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236 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 66

Carlos Monteiro do Amaral Neto.
Castilho Serpa do Rosário Noronha.
Elísio de Oliveira Alves Pimenta.
Ernesto de Araújo Lacerda e Costa.
Francisco Cardoso de Melo Machado.
Francisco Eusébio Fernandes Prieto.
Gaspar Inácio Ferreira.
Gastão Carlos de Deus Figueira.
Henrique Linhares de Lima.
Henrique dos Santos Tenreiro.
Jaime Joaquim Pimenta Prezado.
Jerónimo Salvador Constantino Sócrates da Costa.
João Alpoim Borges do Canto.
João Ameal.
João Luís Augusto das Neves.
João Mendes da Costa Amaral.
Joaquim Dinis da Fonseca.
Joaquim Mendes do Amaral.
Joaquim de Moura Relvas.
Joaquim de Oliveira Calem.
Joaquim de Pinho Brandão.
Joaquim dos Santos Quelhas Lima.
José Cardoso de Matos.
José Dias de Araújo Correia.
José Garcia Nunes Mexia.
José Gualberto de Sá Carneiro.
José Luís da Silva Dias.
José Pinto Meneres.
José dos Santos Bessa.
Luís Maria Lopes da Fonseca.
Luís Maria da Silva Lima Faleiro.
Manuel Cerqueira Gomes.
Manuel Colares Pereira.
Manuel Domingues Basto.
Manuel França Vigon.
Manuel José Ribeiro Ferreira.
Manuel Lopes de Almeida.
Manuel de Magalhães Pessoa.
Manuel Marques Teixeira.
Manuel de Sousa Meneses.
Manuel de Sousa Rosal Júnior.
Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque.
Mário de Figueiredo.
Paulo Cancela de Abreu.
Ricardo Malhou Durão.
Ricardo Vaz Monteiro.
Salvador Nunes Teixeira.
Teófilo Duarte.
Tito Castelo Branco Arantes.
Vasco de Campos.
Vasco Lopes Alves.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 77 Srs. Deputados.
Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 15 minutos.

Antes da ordem do dia

O Sr. Presidente: - Está em reclamação o Diário das Sessões n.º 65.

O Sr. Ricardo Durão: - Sr. Presidente: pedi a palavra para lazer uma rectificação ao Diário das Sessões que está em discussão.
No final da p. 220, col. 2.ª, encontra-se consignada a seguinte intervenção de V. Ex.ª, Sr. Presidente: «Às limitações que o Sr. Deputado Carlos Moreira nesta Assembleia pôs às comemorações solenes do centenário de Junqueiro, aliás com a maior elevação, espírito de justiça e de são nacionalismo, entendeu o Sr. Deputado Ricardo Durão contrapor o seu modo de considerar Junqueiro».
E nada mais, Sr. Presidente. Mas eu tenho a afirmar o seguinte: V. Ex.ª acrescentou a estas suas considerações algumas palavras encomiásticas sobre o meu discurso, e afinal essas palavras não figuram neste Diário.
Não ó por vaidade, Sr. Presidente, que refiro esta falta, mas porque não tenho o direito de menosprezar as atenções que V. Ex.ª me dispensa e que eu enternecidamente escutei.
Depois o Sr. Dr. João do Amaral fez algumas considerações em que sublinhou afigurar-se-lhe particularmente extemporânea a minha intervenção neste dia em que os nacionalistas portugueses comemoram a morto de António Sardinha.
Sr. Presidente: tenho a dizer a V. Ex.ª o seguinte: nesta frase pode transparecer, e transparece realmente para o meu espírito, que eu, afinal, vim perturbar com a minha intervenção inoportuna e impertinente, nesta hora alta em que se invocava a figura de António Sardinha, e ofender o sentimento dos nacionalistas portugueses.
Como poderia eu ofender os sentimentos dos nacionalistas portugueses se eu também sou nacionalista? - e não peço licença a ninguém para o ser.
Eu conheço a obra de António Sardinha...

O Sr. Presidente: - Peço ao Sr. Deputado Ricardo Durão que se cinja estritamente ao assunto que neste momento se discute - o Diário das Sessões.
O Orador: - Mas desde que pode transparecer no Diário qualquer coisa que toque a minha sensibilidade e que me deixe mal colocado, parece-me que tenho o direito de rectificar.
Eu sou admirador de António Sardinha, o que, aliás, tenho provado mais de uma vez. Conheço a sua obra e o seu conceito. Admiro-o, sobretudo, ao contemplá-lo debruçado sobre as fundas raízes da História de Portugal. Ainda ontem me associei à homenagem que aqui lhe foi prestada, cumprimentando os oradores que falaram no seu nome, e eu, quando cumprimento um orador, é porque concordo com as suas palavras.
Respondi ao Sr. Dr. João do Amaral que quando me inscrevi ignorava que nesse dia se ia invocar António Sardinha, mas que, mesmo assim, não via motivos, e não vejo, para os melindres de S. Exa.
Como disse, não peço licença a ninguém para ser nacionalista, não apregoo os meus sacrifícios nem por eles apresento a factura, mas prezo-me de servir com isenção. No dia em que seja posta nesta Assembleia qualquer dúvida a esse respeito, de uma maneira categórica, eu saio e não volto mais aqui.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Sr. João do Amaral: - Peço a palavra!

O Sr. Presidente: - Lembro a V. Ex.ª, como já lembrei ao orador que o antecedeu, que neste momento só é permitido fazer reclamações ao Diário.

O Sr. João do Amaral: - Sr. Presidente: é para dizer a V. Ex.ª que todos nós que conhecemos o Sr. Deputado Ricardo Durão, e principalmente eu, que há muito tempo o admiro e estimo e tenho pela sua sinceridade e pela sua eloquência a maior admiração, não duvidamos de qualquer forma que não estava na intenção do Sr. Deputado Ricardo Durão melindrar a nossa sensibilidade no dia de ontem.

Vozes: - Muito bem, muito bem !