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620 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 85

Carlos Vasco Michon de Oliveira Mourão.
Castilho Serpa do Rosário Noronha.
Délio Nobre Santos.
Elísio de Oliveira Alves Pimenta.
Ernesto de Araújo Lacerda e Costa.
Francisco Cardoso de Melo Machado
Gastão Carlos de Deus Figueira.
Henrique Linhares de Lima.
Henrique dos Santos Tenreiro.
Herculano Amorim Ferreira.
Jaime Joaquim Pimenta Prezado.
Jerónimo Salvador Constantino Sócrates da Costa.
João Alpoim Borges do Canto.
João Ameal.
João Carlos de Assis Pereira de Melo.
João Cerveira Pinto.
João Luís Augusto das Neves.
João Mendes da Costa Amaral.
Joaquim Dinis da Fonseca.
Joaquim Mendes do Amaral.
Joaquim de Pinho Brandão.
Joaquim dos Santos Quelhas Limas.
Jorge Botelho Moniz.
José Cardoso de Matos.
José Dias de Araújo Correia.
José Garcia Nunes Mexia.
José Gualberto de Sá Carneiro.
José Guilherme de Melo e Castro.
José Luís da Silva Dias.
José Pinto Meneres.
Luís Filipe da Fonseca Morais Alçada.
Luís Maria Lopes da Fonseca.
Luís Maria da Silva Lima Faleiro.
Manuel Cerqueira Gomes.
Manuel Colares Pereira.
Manuel Domingues Basto.
Manuel França Vigon.
Manuel Hermenegildo Lourinho.
Manuel José Ribeiro Ferreira.
Manuel de Magalhães Pessoa.
Manuel Maria Múrias Júnior.
Manuel Maria Vaz.
Manuel de Sousa Meneses.
Manuel de Sousa Rosal Júnior.
D. Maria Baptista dos Santos Guardiola.
Mário de Figueiredo.
Miguel Rodrigues Bastos.
Paulo Cancela de Abreu.
Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa.
Ricardo Vaz Monteiro.
Salvador Nunes Teixeira.
Sebastião Garcia Ramires.
Vasco Lopes Alves.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 77 Srs. Deputados.
Está aberta a sessão.

Eram 16 horas.

Antes da ordem do dia

O Sr. Presidente: - Está em reclamação o Diário das Sessões n.º 84.

O Sr. Salvador Teixeira: - Sr. Presidente: do Diário das Sessões n.º 84 constam algumas inexactidões na parte referente a frases que proferi na sessão de ontem.
De todas elas não desejo que fique sem rectificação a última frase, publicada na p. 616, que diz: «Só lá vão as pessoas que não têm nada a fazer», em vez de: «Só lá vão as pessoas que têm lá que fazer».

O Sr. Ernesto de Lacerda: - Sr. Presidente: no Diário das Sessões n.º 84, na parte referente à minha intervenção, a p. 608, col. 1.ª, onde está: «nem ficavam anexos», deverá ler-se: «emas ficava anexo».

Pausa.

O Sr. Presidente: - Como mais nenhum dos Srs. Deputados deseja fazer qualquer reclamação, considero aprovado o Diário das Sessões n.º 84 com as rectificações apresentadas.
Tem a palavra antes da ordem do dia a Sr.ª Deputada D. Maria Guardiola.

A Sr.ª D. Maria Guardiola: - Sr. Presidente: sendo esta a primeira vez que uso da palavra nesta legislatura, apresento a V. Ex.ª cumprimentos da minha mais alta consideração, com os quais desejo associar-me, embora modestamente, a todas as homenagens de respeito e admiração a V. Ex.ª prestadas pelos meus ilustres colegas nesta Assembleia.
A VV. Ex.ªs, Srs. Deputados, dirijo também os meus cumprimentos, agradecendo as penhorantes atenções que sempre me têm dispensado.
Sr. Presidente: passa hoje o primeiro centenário do nascimento de Carolina Michaëlis de Vasconcelos, considerada no mundo das letras, em que pontificou, como a mulher mais sábia do Mundo.
A Assembleia Nacional, no desenvolvimento de uma política de exaltação dos nossos mais altos valores, não pode deixar de evocar hoje essa figura gentilíssima de mulher, encarnação perfeita de um ardoroso amor ao trabalho, servido pela mais prodigiosa inteligência feminina do nosso século.

Vozes: - Muito bem!

A Oradora: - Seria estultícia minha pretender focar aqui a individualidade eminente da erudita senhora, pois me falecem qualidades e saber para mesmo de longe o tentar (não apoiados}, mas não ficaria de bem com a minha consciência se não aproveitasse esta oportunidade para prestar a minha homenagem, desvaliosa embora, mas sentida, à memória de tão peregrino e formosíssimo espírito.
Duas notas caracterizavam o modo de ser pessoal de Carolina Michaëlis de Vasconcelos: uma penetrante inteligência, que no campo das ciências filológicas era de uma argúcia que a todos maravilhava, e uma bondade e simplicidade verdadeiramente encantadoras.
Os seus discípulos tinham nela a mais doce amiga, a mais leal conselheira, a melhor protectora.
Os materiais das suas lições, profundas e luminosas, estavam sempre à disposição dos seus alunos, nunca regateando favores, antes os dispensando com mão larga e generosa.
Os próprios colegas da Faculdade ouviam a sua opinião autorizada e os seus judiciosos conselhos na orientação de teses, trabalhos de investigação histórica e de cultura.
É que em Carolina Michaëlis de Vasconcelos as lucubrações da inteligência ou os fulgores da sua assombrosa mentalidade jamais afogaram o encanto de uma sensibilidade requintadamente feminina. «Verdadeiramente modelar esta figura de mulher intelectual», disse alguém que no campo das letras deixou também nome respeitabilíssimo e muitas vezes, como tantos outros, não hesitara em recorrer ao conselho, cheio de autoridade, de saber e de erudição, da ilustre professora.
Sr. Presidente: Carolina Michaëlis de Vasconcelos, filha do professor de Matemática da Universidade de Berlim Dr. Gustavo Michaëlis, nasceu nesta cidade em 15 de Março de 1851. Aos 7 anos matriculou-se na Es-