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826 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 97

Henrique Linhares de Lima.
Herculano Amorim Ferreira.
Jaime Joaquim Pimenta Prezado.
Jerónimo Salvador Constantino Sócrates da Costa.
Jogo Alpoim Borges do Canto.
João Ameal.
João Cerveira Pinto.
João Mendes da Cosia Amaral.
Joaquim Mendes ao Amaral.
Joaquim de Moura Relvas.
Joaquim de Oliveira Calem.
Joaquim de Pinho Brandão.
Joaquim dos Santos Quelhas Lima.
José Cardoso de Matos.
José Diogo de Mascarenhas Gaivão.
José Garcia Nunes Mexia.
José Gualberto de Sá Carneiro.
José Guilherme ao Melo o Castro.
José Luís da Silva Dias.
José Pinto Meneres.
José dos Santos Bossa.
Luís Filipe da Fonseca Morais Alçado.
Luís Maria Lopes da Fonseca.
Manuel Cerqueira Gomes.
Manuel Domingues Basto.
Manuel França Vigon.
Manuel Hermenegildo Lourinho.
Manuel José Ribeiro Ferreira.
Manuel Lopes de Almeida.
Manuel Magalhães Pessoa.
Manuel Maria Múrias Júnior.
Manuel Maria Vaz.
Manuel Marques Teixeira.
Manuel de Sousa Meneses.
Manuel de Sousa Rosal Júnior.
Mário Correia Telas de Araújo e Albuquerque.
Mário de Figueiredo.
Miguel Rodrigues Bastos.
Ricardo Malhou Durão. Ricardo Vaz Monteiro.
Salvador Nunes Teixeira.
Sebastião Garcia Remires.
Vasco de Campos.
Vasco Lopes Alvos.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 80 Srs. Deputados.
Está aberta a sessão.

Eram 10 horas e 11 minutos.

Antes da ordem do dia

Deu-se conta do seguinte

Expediente

Telegramas

Das juntas de freguesia de Loivos da Ribeira, Prende, Tresouras e Oliveira, do actual concelho de Bailio, apoiando o discurso do Sr. Deputado Carlos Moreira quanto à sua integração no concelho de Mesão Frio.
Do regedor de Tresouras, do pároco e outras personalidades representantes da população de Teixeiró, no mesmo sentido.
Da Associação dos Bombeiros Voluntários, do Grémio dos Vinicultores, da Associação Regional, do Sport Clube o do comércio de Mesão Frio, representado por numerosas assinaturas, no mesmo sentido.
Da Casa do Povo, da comissão concelhia da União Nacional e da Santa Casa da Misericórdia de Mesão Frio, no mesmo sentido.
Da Câmara Municipal de Bailio, contra o referido pedido de anexação.
De Custódio Graça, Ferreira & Rocha, L.da, e Teixeira da Rocha, Lda, exprimindo inteira concordância com o discurso do Sr. Deputado Mascarenhas Galvão acerca das novas pautas aduaneiras.
Do Centro Académico de Democracia Cristã, pedindo, em nome do pensamento da maioria católica da Nação, que seja incluída na constituição a invocação do Santo Nome de Deus.

Ofícios

Do Grémio da Lavoura de Bragança, informando que patrocina o solicitado à Assembleia Nacional pelos grémios da lavoura da província do Douro Litoral.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado Cardoso de Matos.

O Sr. Cardoso de Matos: - Sr. Presidente: pedi a palavra para apresentar a V. Ex.ª e aos Exmos. Srs. Deputados que constituem esta Câmara os meus melhores cumprimentos e agradecimentos pela atitude que se dignaram tomar quando, na sessão de 6 do corrente, o ilustre Deputado e reconhecido colonialista Sr. Ricardo Vaz Monteiro, na sua brilhante intervenção acerca da apreciação do Acto Colonial, e reproduzindo palavras do ilustre homem público Prof. Dr. Armindo Monteiro, disse:
Que sempre se considerou um título de honra o ser-se colono. São os colonos que, acima de tudo, têm feito o Império.

Dignou-se o ilustro Deputado Sr. Vaz Monteiro citar o nome da minha modesta pessoa como exemplo de quanto pode ser útil ao engrandecimento da Nação o trabalho honesto das nossas províncias ultramarinas, mas sempre com os olhos fitos no bem da Pátria.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - De facto assim é e deve ser, e para tanto haverá que possuir também um pouco de espírito de sacrifício, porque, quanto a amor pátrio, não há nenhum colono que o não possua em grau máximo. Tenho até a impressão de que este sentimento sagrado se vinca mais nos portugueses que trabalham nas nossas terras de além-mar.
Não me alongarei na descrição do que foi e do que ainda é a vida do colono, porque para a bem compreender é preciso vivê-la, e, se eu tivesse faculdades para poder descrever a VV. Ex.ªs o que foi a minha vida de quarenta o sete anos em Angola, - creio que estaria feita, - em grande parte, a história da colonização daquela grande parcela de Portugal.
Como no meu caso, existem muitos outros que conseguiram, à custa de sacrifícios e de mil dificuldades, vencer na vida e erguer uma obra que muito nos honra perante nacionais o estrangeiros, e a comprová-lo considere-se o que essa plêiade de homens cheios de fé conseguiu realizar.
Creio mesmo que só os portugueses seriam capazes de, no curto espaço de pouco mais de trinta anos, levarem a cabo essa grandiosa obra representada pela fundação de cidades o vilas por toda a província, como sejam Nova Lisboa, Silva Porto, Malanje, Teixeira da Silva, Moxico e tantas outras, o ainda ao impulso dado às cidades de Luanda, Benguela e Lobito, mas especialmente Luanda, onde hoje só vêem construções que não desmereceriam ao pé das lindas coisas de Lisboa. Luanda é hoje uma cidade onde nada falta, desde os melhores estabelecimentos comerciais, teatros o cinemas, como os