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40 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 170

calizaram a construção de muitos aproveitamentos hidráulicos, quer para a produção de energia, quer para a rega, levados a efeito por concessionários.
Na elaboração destes projectos foram utilizados muitos elementos de estudo recolhidos pelos serviços oficiais. Na fiscalização da construção das grandes obras e do seu ulterior comportamento tiveram os serviços do Estado intervenção importante, que em alguns casos foi até a uma colaboração muito proveitosa.
De entre estas grandes obras destacam-se as dos seguintes aproveitamentos hidroeléctricos:

Sistema do rio Zêzere, com as grandes barragens de Castelo do Bode e do Cabril. Sistema do rio Cávado, com as grandes barragens de Venda Nova, e de Salamonde. Rio Tejo, com a barragem de Belver.
Rio Ocreza, com a barragem de Pracana.
Sistema Ceira-Pampilhosa, com a barragem do Ceira e a grande barragem de Santa Luzia.
Sistema do rio Ave, com a barragem do Ermal.
Sistema da serra da Estrela, com a barragem da Lagoa Comprida.
Sistema da ribeira de Nisa, com a barragem da Póvoa.
Sistema do Alforfa, com a barragem do Covão do Ferro.

80. c) Hidráulica fluvial. - Neste capítulo, que tem de ser considerado o mais importante, da actividade dos serviços, englobam-se as obras de:

1) Regularização e canalização de cursos de água, construção de diques para defesa dos campos marginais contra as cheias e inundações, enxugo e drenagem, correcção torrencial de bacias hidrográficas, conservação das obras de defesa marginal e desobstrução de correntes, dragagens, rede de estradas, serventias, e pontes para exploração agrícola, cais fluviais, coberturas de ribeiros e construção e conservação de casas para alojamento de pessoal da fiscalização e armazenamento de máquinas, ferramentas, utensílios e materiais.

Muito embora a obra realizada tenha ficado muito aquém das necessidades, não podem deixar de considerar-se como resultados de vulto os que respeitam à defesa dos campos inundados pelas cheias, em especial nos rios Tejo e Mondego.
O progressivo assoreamento daqueles rios, devido em grande parte ao desnudamento das encostas, provocado por campanhas de produção agrícola mal orientadas e pela necessidade sempre crescente de submeter cada vez mais terrenos à cultura cerealífera e a pastagens com vista, à alimentação das populações e à criação de gados, determinou um conjunto de circunstâncias, que tornam as cheias cada vez mais temíveis o mais graves os seus efeitos.
Muito há ainda a fazer nos campos da regularização fluvial e da defesa, contra as cheias, mas, à frente de tudo, importaria proceder a trabalhos de correcção torrencial que sustassem ou reduzissem os progressos da erosão das encostas e do assoreamento dos vales.
A cobertura das linhas de água na travessia das povoações tomou nos últimos anos grande desenvolvimento, ajudando a resolver muitos problemas de saneamento e de urbanização local.
No combate às crises de emprego executaram-se muitos trabalhos de regularização e desobstrução de cursos de água, que contribuíram para mitigar a penúria dos rurais desempregados.
No tocante a estradas e serventias muito se fez também não só nas que se destinam à exploração agrícola como nas de acesso aos cais, fluviais.
Construiu-se e reparou-se elevado número de pontes, muitas das quais fazem parte da rede de comunicações a cargo dos serviços e outras integradas em estradas municipais e caminhos vicinais.
O quadro junto dá a indicação numérica, das obras realizadas nos últimos vinte e cinco anos nos diferentes sectores focados.

81. a) Hidráulica marítima. - Independentemente das grandes obras portuárias executadas à margem das Direcções Hidráulicas, a acção desenvolvida por estes serviços concretizou-se pela realização de:

2) Construção de rampas-varadouros, terraplenos e lotas em pequenos portos em que se exerce a pesca, cais acostáveis, estacadas, muros de defesa, consolidação de arribas, quebramento de rochas, construção e conservação dos troços terminais dos colectores de esgostos que desembocam nas praias, construção de esplanadas e avenidas marginais, limpeza e arranjo de praias, etc.

Não obstante a sua natureza e finalidade tornarem estas obras de menor interesse económico do que as fluviais, do Norte ao Sul do País se encontram inúmeros padrões a atestar a actividade dos serviços hidráulicos.
Basta percorrer as praias do Norte, como Âncora, Granja e Espinho, as da Costa, do Sol e as do Algarve, e admirar as esplanadas e avenidas marginais que as embelezam e enriquecem para se fazer ideia da acção desenvolvida.
Menos aparatosas, mas também de grande utilidade, abundam as obras nos pequenos portos de pesca disseminados por todo o nosso litoral, trabalhos de consolidação de arribas, colectores de esgostos e uma infinidade de pequenos trabalhos de limpeza e arranjo de praias, com vista ao seu melhor aproveitamento nas épocas balneares.
Segue um quadro curioso, indicativo do número de obras efectuadas nos vários sectores:

[Ver Tabela na Imagem]

82. SÚMULA DA ACTIVIDADE DOS SERVIÇOS MARÍTIMOS:

a) Portos 1. - Segue a resenha da obra feita de 1928 a 1952:

1) Porto de Viana do Castelo:

Ampliação da doca de flutuação.
Construção de uma nova eclusa.

1 Não compreende os portos de Lisboa e Leixões.