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690-(2) DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 205

Joaquim de Sousa Uva.
José Altino Machado Vaz.
José de Almeira Ribeiro.
José Bulas Cruz.
José Gabriel Finto Coelho.
José Joaquim Ferreira da Silva.
José Joaquim de Oliveira Guimarães.
José Maria Dias Fidalgo.
José Moreira Rato.
José do Nascimento Ferreira Dias Jtínior.
José da Silva Baptista.
José Tristão de Bettencourt.
Júlio Dantas.
Lúcio Serras Pereira.
Luís Figueira.
Luís Quartin Graça.
Luís Supico Pinto.
Manuel Alberto Andrade e Sousa.
Manuel Alfredo.
Manuel Cardoso Pinto.
Manuel Duarte Gomes da Silva.
Manuel José Lucas de Sousa.
Manuel Mendes de Almeida.
Manuel Moreira de Barros.
Manuel Rodrigues Carpinteiro.
Marcelo José das Neves Alves Caetano.
D. Maria Joana Mendes Leal.
Mário Gonçalves.
Mário Lobo de Ávila.
Mário Luís de Sampaio Ribeiro.
Mário Miguel Gândara Norton.
Mário Monteiro Duarte.
Narciso Tibúrcio da Silva.
Orlando Ferreira Gonçalves.
Pedro Teotónio Pereira.
Quirino dos Santos Mealha.
Rafael da Silva Neves Duque.
Raul Alves Fernandes.
Rui de Melo Braga.
Samwel Dinis.
Tomás de Aquino da Silva.
Virgílio da Fonseca.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 89 Dignos Procuradores.

Está aberta a sessão.

Eram l5 horas e 30 minutos.

Antes da ordem do dia

O Sr. Presidente: - Vai proceder-se à leitura da acta da última sessão plenária.

Leu-se na Mesa.

O Sr. Presidente:- Está em discussão a acta.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Como ninguém pede a palavra, considero a acta aprovada.

Deu-se conta do seguinte

Expediente

Telegramas

Da antiga Procuradora D. Maria José de Novais e dos Dignos Procuradores Afonso Queiró e Farinas de Almeida a associar-se à homenagem prestada pela Câmara dos Profs. Dr. Fezas Vitale engenheiro Vicente Ferreira.

Ordem do dia

O Sr. Presidente: - Como é do conhecimento geral no passado mês de Janeiro faleceram dois ilustres homens públicos, com grandes serviços prestados a esta Câmara: o engenheiro Vicente Ferreira, antigo Ministro das Finanças e das Colónias e vice-presidente do Conselho Ultramarino, que foi Procurador à Câmara Corporativa desde 1935 até à data do seu falecimento ou seja, portanto, durante mais de dezoito anos, e que desempenhou durante seis sessões legislativas sucessivas as funções de vice-presidente desta Câmara, e o Dr. Domingos Fezas Vital, que, muito embora não pertencesse a esta Casa na data em que faleceu, desempenhou no entanto de 1944 a 1946 as funções de Presidente da Câmara.

A Mesa da Câmara Corporativa incorporou-se no funeral de ambos, mas, entendendo que não ficava saldada a nossa homenagem para com a sua memória resolveu que devíamos testemunhar-lhes por outra forma o nosso reconhecimento pelos grandes serviço que prestaram a esta Câmara, e por isso convoquei para hoje esta reunião plenária.

Vou, pois, dar a palavra, para fazerem o elogio do homenageados, aos oradores inscritos.

Tem a palavra no Digno Procurador José Gabriel Pinto Coelho.

O Sr. José Gabriel Pinto Coelho: - Poderá parece ousadia da minha parte tomar a palavra nesta sessão extraordinária, destinada a prestar homenagem à memória de dois Procuradores ilustres que na Câmara exerceram altos cargos e com os seus trabalhos tanto concorreram para o prestígio por ela alcançado. Na verdade, nesta sala, onde tudo nos evoca a lembrança de eloquentes discursos pronunciados por oradores de raça que enobreceram a tribuna parlamentar, mal parece que levante a sua voz quem, como eu - sem falsa modéstia o digo -, é desprovido dos dotes de eloquência que reclama a índole desta sessão, adequados a imprimir-lhe a grandeza e dignidade correspondentes à categoria daqueles que aqui nos propomos consagrar.

Com efeito, habituado há mais de quarenta anos; falar singelamente a alunos em ambiente familiar, a minha oratória é puramente didáctica, buscando a precisão e a clareza. A minha linguagem é, pois, desprovida de atavios de forma.

Mas entendeu o nosso ilustre Presidente que, sendo eu um dos poucos Procuradores que pertencem a esta Câmara desde os primeiros dias da sua existência, tendo desde o início, feito parte da secção a que pertenci: o Dr. Fezas Vital, tendo-o portanto acompanhado em todos os seus trabalhos - nem ouso dizer que fui seu colaborador -, para mais tendo sido seu vice-presidente durante o período em que ele ocupou a presidência, era eu a pessoa naturalmente indicada para fala da sua obra, podendo fazê-lo com particular conhecimento de causa.

Direi que cedi perante estas razões? Serei mais exacto dizendo que aceitei o encargo por dever de obediência Mas foi com grande sacrifício que o tomei sobre mim penhorado, embora, com a honrosa incumbência. Não que me faltasse o natural impulso do coração para enaltecer os méritos de um colega e grande amigo cujas virtudes bem conhecia e apreciava, mas precisamente porque sentia quanto eram limitados os meus recursos para tarefa de tamanha grandeza.

Dadas estas explicações, espero que a Câmara me escute com benevolência e saiba suprir as minhas deficiências, fazendo justiça às minhas boas intenções e reconhecendo a sinceridade das minhas palavras.