O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

784 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 213

João Alpoim Borges do Canto.
João Ameal.
João Luís Augusto das Neves.
João Mendes da Gosta Amaral.
Joaquim Dinis da Fonseca.
Joaquim Mendes do Amaral.
José Dias de Araújo Correia.
José Garcia Nunes Mexia.
José Guilherme de Melo e Castro.
José Luís da Silva Dias.
Luís Maria Lopes da Fonseca.
Manuel Colares Pereira.
Manuel Domingues Basto.
Manuel Hermenegildo Lourinho.
Manuel José Ribeiro Ferreira.
Manuel de Magalhães Pessoa.
Manuel Maria Múrias Júnior.
Manuel Maria Vaz.
Manuel Marques Teixeira.
Manuel de Sousa Rosal Júnior.
Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque.
Mário de Figueiredo.
Miguel Rodrigues Bastos.
Paulo Cancela de Abreu.
Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa.
Ricardo Malhou Durão.
Ricardo Vaz Monteiro.
Salvador Nunes Teixeira.
Sebastião Garcia Ramires.
Vasco Lopes Alves.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 63 Srs. Deputados.
Está aberta a sessão.
Eram 16 horas.

Antes da ordem do dia

O Sr. Presidente: - Estão em reclamação os n.ºs 210 e 211 do Diário das Sessões.
Pausa.

O Sr. Presidente: - Não havendo nenhum Sr. Deputado que peça a palavra sobre estes números do Diário, considero-os aprovados.
Pausa.

O Sr. Presidente: - Estão na Mesa os elementos fornecidos pelo Ministério da Economia em satisfação de requerimentos fios Srs. Deputados Paulo Cancela de Abreu e Carlos Moreira, que vão ser entregues a estes Srs. Deputados.
Está na Mesa um ofício do 5.º juízo correccional da comarca de Lisboa a pedir a comparência do Sr. Deputado Vaz Monteiro para o dia 10 do corrente, para depor como testemunha. O Sr. Deputado, consultado, não vê inconveniente para a sua acção parlamentar em depor.

Consultada a Assembleia, foi autorizado.

O Sr. Presidente: - Estão na Mesa, para os fins do § 3.º do artigo 109.º da Constituição, os Decretos-Leis n.ºs 39 119 e 39 120, respectivamente publicados no Diário do Governo n.ºs 40 e 41, 1.ª série, de 2 e 3 do corrente mês.
Pausa.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado Pinto Barriga.

O Sr. Pinto Barriga: - Sr. Presidente: entre os três avisos prévios que me restam efectivar encontra-se um que trata de matérias afins das do que anunciou o nosso ilustre colega Prof. Doutor Cerqueira Gomes.
É, portanto, singelo dever de cortesia e justa homenagem desistir do meu, não só pela qualidade de bastonário da Ordem dos Médicos que tem o apresentante, mas, principalmente, pela invulgar competência e especial conhecimento da matéria que S. Ex.ª vai versar.
Já que estou no uso da palavra, tenho a declarar à Câmara que os dois restantes os desenvolverei, se as condições de saúde mo permitirem, na discussão das contas públicas.
Eleito como independente e sem mesmo pertencer à União Nacional, pude manter-me inteiramente nessa situação, sem o menor atrito ou dificuldade.
Dei à minha modesta acção parlamentar uma tonalidade política, mas sempre com incidências construtivas e um pouco aquém das minhas humildes possibilidades de técnico.
Da parte do Sr. Presidente do Conselho e dos Srs. Ministros da Presidência e de outras pastas foram dadas todas as facilidades para o que requeri; e sempre que os serviços pareciam emaranhar-se numa resistência passiva, por egocentrismo burocrata - e muitas vezes, há que reconhecer, por exiguidade de pessoal, já sobrecarregado -, esses Ministros, uma vez lembrado o assunto, tomavam prontas providências para os elementos requeridos me serem imediatamente facultados.
As interrupções parlamentares, que sofri - e, vamos lá com Deus, não as desanimei - foram, na sua maior parte, originadas e explicadas pelo meu temperamento combativo, e, há que altamente proclamá-lo, contrariadas por V. Ex.ª, Sr. Presidente, numa altíssima e imparcial compreensão do seu papel e no desejo de manter um equilíbrio ordenado nos debates, com a mais ampla liberdade de tribuna.
O Sr. Dr. Mário de Figueiredo, como leader, nunca me agravou nas suas interrupções, procurando sempre clarificar o meu pensamento político, não o deixando embrenhar em ambiguidades, facilmente exploráveis. Mas, uma vez atingido o seu desiderato - e mesmo que as minhas opiniões chocassem os seus pontos de vista -, com uma perfeita lealdade de beirão e com uma
compreensividade bem digna do seu talento e agudeza de espírito, deixava-me tranquilamente prosseguir o rumo das minhas considerações. Republicano, só me manifestei em contraste com opiniões adversas, e fi-lo sempre livremente, como pôde fazer, com a sua habitual galhardia, entre outros, o nosso colega Sr. Deputado Ricardo Durão.
Fui Deputado independente de 1923 a 1926, e não encontrei maior liberdade de movimentos do que agora nesta Casa.
Dos colegas, mesmo dos mais acérrimos adversários dos meus ideais - honra lhes seja -, fui sempre ouvido com a melhor cortesia lusitana.
Estas declarações devo-as a mim próprio, a V. Ex.ª, Sr. Presidente, à Câmara, ao País e ao meu círculo que me honrou com o mandato.
Procurei sempre cumprir com o meu dever, apesar do grave desastre que sofri e cujas consequências ainda me atormentam.
Esse é o meu legítimo orgulho.
Não penso voltar a falar no período de antes da ordem do dia, e por isso rematei assim estas minhas considerações.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!
O orador foi muito cumprimentado.