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27 DE FEVEREIRO DE 1957 277

províncias de além-oceano, patrióticamente operada também pelos Ministros Vieira Machado, Marcelo Caetano, Teófilo Duarte e Sarmento Rodrigues.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador:-Como se diz no preambulo da portaria que criou o mencionado Centro, não há dúvida de que a organização documental e bibliográfica é absolutamente necessária à elaboração dos planos de investigação cientifica do nosso ultramar; o novo organismo, a par de outros objectivos, permitirá que os estudiosos nacionais ou estrangeiros disponham facilmente de elementos de consulta para os seus trabalhos, e que a intensa e extensa actividade cientifica actualmente desenvolvida nos nossos territórios de além-mar passe a ser melhor conhecida e apreciada fora de Portugal.
Se se tiver em mente que nos nossos dias a ocupação cientifica é considerada quase como direito de posse de terras ultramarinas, bastaria tão poderoso motivo para aconselhar a conveniência de um centro especializado da natureza do que acaba de ser instituído.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador:-A cultura nacional está de parabéns por mais esta interessante iniciativa do ilustre Ministro do Ultramar.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador:- As três missões indicadas propõem-se estudar, respectivamente, os movimentos associativos em África, as minorias étnicas, a atracção exercida pelos grandes agregados urbanos sobre as populações nativas dos nossos territórios de além-oceano e o bem-estar rural das mesmas.
Os temas enunciados, por tão actuais, concretos e oportunos, dispensam outros comentários que não sejam do franco elogio.
Sr. Presidente: regressou a Lisboa o Sr. Subsecretário de Estado do Ultramar, após ter passado cerca de três afanosos meses em visita oficial de estudo nas províncias de Timor e de Macau, aonde fora para verificar o estado de adiantamento e eficiência do Plano de Fomento, apreciar in loco importantes problemas de administração pública e bem assim recolher informações para a preparação do próximo Plano de Fomento, a executar a partir de 1959.
Pelo êxito desta viagem são devidas as melhores homenagens ao Governo e especialmente aos Srs. Ministro e Subsecretário de Estado do Ultramar; estou certo de que da consecução dos objectivos fundamentais enunciados advirão os mais fecundos resultados para as portuguesíssimas províncias do Extremo Oriente.

Vozes: - Muito bem!

O Orador:- Sr. Presidente: no ler o discurso do Sr. Engenheiro Carlos Abecasis, proferido na cidade de Díli, em resposta aos dos Srs. Governador de Timor e Presidente da Câmara Municipal, fiquei tão impressionado com as suas declarações de técnico competentíssimo e que conhece perfeitamente os complexos assuntos timorenses e as múltiplas dificuldades em resolvê-los, como com as carinhosas e sentidas palavras de grande e merecido louvor dirigidas aos portugueses de lei, que são todos quantos ali vivem e trabalham, se esforçam e sacrificam para maior prestígio da Nação.

Vozes: - Muito bem!

O Orador:- De acordo com os mais eficazes conceitos de administração pública ultramarina, o Sr. Subsecretário de Estado do Ultramar solicitou, com uma simplicidade enternecedora, o concurso da experiência e do saber dos nossos compatriotas que em Timor desempenham funções oficiais ou não, no sentido de, informando e sugerindo, colaborando enfim, contribuírem para a boa solução dos mais instantes problemas locais.
Com tal atitude condizem as afirmações do governador, Sr. Capitão Serpa Rosa - que a Timor tem dado saúde, inexcedivel boa vontade e inteligência realizadora-, quando aludiu às prováveis deficiências que o Sr. Engenheiro Carlos Abecasis iria encontrar.
Esta cativante maneira de agir do Sr. Subsecretário de Estado do Ultramar despertou a maior simpatia e entusiasmo, bem expressivos nas espontâneas manifestações com que foi acolhido em todas as regiões visitadas.
Quem (como eu e o Sr. Prof. Mendes Correia, por exemplo) teve a felicidade de conviver longamente com a boa gente de Timor sabe quão profundo é o seu amor à Pátria, à qual ofertará tudo, inclusive a própria vida - como tantas vezes tem acontecido já.

Vozes: - Muito bem!

O Orador:-Se a presença do ilustre membro do Governo em Timor constituiu uma grande honra para a província e deu ensejo à expansão dos sentimentos patrióticos dos portugueses que ali se encontram, igualmente os encorajou para novos empreendimentos colectivos e convenceu - como a mim próprio, seu representante nesta Assembleia - de que a magnanimidade do Governo de Salazar, tão frequentemente posta à prova, irá ampliar-se, para rápida e completa reconstrução da mais longínqua parcela territorial da Nação.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!
O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Bartolomeu Gromicho: - Sr. Presidente: há cerca de seis anos, rigorosamente na sessão de 7 de Fevereiro de 1951, tratei do problema das estradas do Alentejo, nomeadamente das que atravessam o distrito de Évora, quando estava em discussão o aviso prévio, apresentado pelo Sr. Deputado Mendes do Amaral, sobre a execução da Lei de Reconstituirão Económica.
Então chamei a atenção do Governo para o estado deplorável em que se encontrava a rede do estradas de que Évora é a verdadeira chave. A posição geral era então a seguinte :

os 850 km de estradas construídas no distrito do Évora apenas existiam 220 km com pavimentos considerados em bom estado, portanto unia modesta percentagem de cerca de 26 por cento da extensão total. Eram, nessa altura, muito precárias as ligações do Évora com o Sul, por motivo de extensas zonas de qualquer das três estradas existentes se apresentarem quase intransitáveis. Essas três estradas eram: Évora-Beja por Portel e Vidigueira; Évora-Beja por Viana e Alvito; Évora-Ferreira do Alentejo por Alcáçovas e Torrão.
A Junta Autónoma escolheu para reparação profunda as duas primeiras, interessando especialmente para a ligação Norte-Sul a estrada nacional n.º 18, isto é, Évora-Beja, por Portel e Vidigueira.
A partir de 1902 até Setembro de 1055 concluiu-se a reparação de 16 km dos 26 565 m até ao limite do distrito. Foi entregue em Outubro passado a empreitada dos últimos 11 975 m para conclusão até Agosto do corrente ano.
É lamentável que a pavimentação do troço Furadouro-Portel fique de revestimento betuminoso superficial mais pobre de que as zonas de empreitadas anteriores,