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282 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 181

inferiores às que lhe dedicam a grande maioria dos restantes países.
Ora a verdade é que o desenvolvimento de investigação científica condiciona, em larga escala, a expansão económica de uma país. Da mesma forma, no que respeita à modernização doo material - para a qual deve exercer-se, durante vários anos, um esforço tão inteligente como intenso -, tornam-se essenciais as actualizações, tanto nos princípios orientadores como na sua aplicação prática.
È necessário facilitar às empresas o estabelecimento e execução de planos de investimentos, sem que sobre eles pairem as nuvens de imprevistas dificuldades e flutuações de critérios. Só por uma justa e inteligente protecção da actividade industrial se poderá conseguir que as empresas alcancem condições de estabilidade e desenvolvimento, que por sua vez lhes permitam proporcionar ao seu pessoal um bom nível de vida económica e social.
Não só por razões de justiça social - sobre que não vou agora alongar-me -, mas também por motivos económicos evidentes, o sistema produtivo deve criar colocações que, amplamente distribuídas pelos sectores participantes, aumentem a capacidade de absorção dos produtos elaborados e assegurem a continuidade do processo produtivo em escala sempre ascendente.
Não conseguiremos verdadeiro progresso económico se não se for alargando, de modo a abranger toda a Nação, beneficiando a totalidade da massa populacional do País, sob a forma de emprego proporcionando a todos, a contribuição de cada um para o esforço produtivo e simultâneo aumento do poder de compra geral.
Ao mesmo tempo, sem o aperfeiçoamento da técnica da produção é impossível alcançar o aumento real dos salários. Produção melhorada, subindo em quantidade e qualidade, permitirá a diminuição dos preços e, portanto, a subida do salário real.
Ora, para se alcançarem estes objectivos, e sendo da máxima importância a preparação de cada um dos elementos da produção, conclui-se que, dentro da esfera industrial, a capacidade dos técnicos e operários, a sua educação e o seu adestramento nas tarefas específicas da sua actividade qualificá-lo-ão para esse humaníssimo desejo de se superarem a cada passo, dado que os deixará em plena capacidade para conhecerem a todo complexo do campo de trabalho em que vivem.
Uma massa trabalhadora mais capaz, mais apta para todas as funções especializadas, mais sabedora e mais consciente, indubitavelmente trará para a indústria um material humano mais apto para a escala completa dos aperfeiçoamentos e inovações.
E, assim, sendo um dos objectivos da proposta de lei em discussão, em certos aspectos esclarecida pelo bem elaborado parecer da Câmara Corporativa, de que foi relator o distinto engenheiro José Frederico Ulrich, assegurar justamente a intensificação da investigação científica aplicada e da preparação dos técnicos e operários especializados na indústria, entendo que ela é da maior oportunidade e merece o aplauso de todos os que se interessam pelo progresso da nossa economia industrial.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vou encerrar a sessão.
Amanhã haverá sessão, à hora regimental, com a mesma ordem do dia.
Está encerrada a sessão.

Eram 17 horas e 35 minutos.

Srs. Deputados que entraram durante a sessão:

Artur Proença Duarte.
Tito Castelo Branco Arantes.

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

Abel Maria Castro de Lacerda.
Alberto Cruz.
Amândio Rebelo de Figueiredo.
António Abrantes Tavares.
António da Purificação Vasconcelos Baptista Felgueiras.
António Rodrigues.
António dos Santos Carreto.
Augusto César Cerqueira Gomes.
Carlos de Azevedo Mendes.
Carlos Monteiro do Amaral Neto.
Elísio de Oliveira Alves Pimenta.
Francisco Eusébio Fernandes Prieto.
Gaspar Inácio Ferreira.
Gastão Carlos de Deus Figueira.
João da Assunção da Cunha Valença.
João Carlos de Assis Pereira de Melo.
João Cerveira Pinto.
João Maria Porto.
João Mendes da Costa Amaral.
Joaquim Mendes do Amaral.
Joaquim de Moura Relvas.
Joaquim de Pinho Brandão.
Joaquim de Sousa Machado.
Jorge Pereira Jardim.
José Gualberto de Sá Carneiro.
Luís Maria da Silva Lima Faleiro.
Manuel Cerqueira Gomes.
Manuel Colares Pereira.
Manuel de Magalhães Pessoa.
Manuel Monterroso Carneiro.
Miguel Rodrigues Bastos.
Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa.
Pedro Joaquim da Cunha Meneses Pinto Cardoso.
Sebastião Garcia Ramires.

O REDACTOR - Luís de Avillez.

[MFREKSA NACIONAL DE LISBOA