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6 DE MARÇO DE 1959 290-(111)

(...) 1956 houve progresso de 8 por cento em relação a 1950. Em 1957 o aumento não foi superior a 5,6 por cento. A. seguir indicam-se as receitas da rede telefónica nacional e internacional:

(ver tabela na imagem)

Não são bem claras as razões de diminuição no progresso anual na receita dos telefones, porque, como se disse, passou de 8,1 para 5,6 por cento. Parece que unia das razões é a de terem entrado em serviço mais telefones em 1956 do que em 1957. Mas essa razão não deve ser bastante, ainda quando se lhe acrescentar o facto de terem sido isentos de laxas de assinatura os postos públicos, o que trouxe uma quebra nas receitas da ordem tios 500 contos.
A rede telefónica do Estado tem vindo a desenvolver-se. O número de postos atingiu 96 333 em 1957 e há perto de 12 000 requisições. Instalaram-se 5691 postos em 1957, um pouco mais do que em 1956.
A seguir indica-se o desenvolvimento da rede telefónica do Estado e de particulares (Lisboa e Porto) desde 1938. A última coluna dá o índice em relação a 1938:

(ver tabela na imagem)

Continua o ritmo de crescimento tanto nos telefones oficiais como particulares.
A densidade telefónica ainda é pequena. Se for considerada a totalidade dos telefones oficiais e particulares por 100 habitantes, obtêm-se os seguintes números:

1954 ........... 2,67
1955 ........... 2,93
1956 ........... 3,16
1957 ........... 3,42

Embora nos últimos anos se tivesse feito um esforço no sentido de aumento, a densidade telefónica ainda é bastante baixa.
A receita do serviço internacional diminuiu de 1759 contos. Talvez que esta diminuição proviesse da irregularidade da liquidação de contas.
Em diversos há várias verbas, mas a mais volumosa respeita à comparticipação na Rádio Marconi, que este ano subiu a 5960 contos, correspondendo 1626 contos ao ano de 1957 e o saldo a anos atrasados.

Telegrafia

203. Nos serviços telegráficos a quebra nas receitas foi muito grande. Os números seguintes indicam-nas:

(ver tabela na imagem)

Um exame das contas mostra que o decréscimo se deu na telegrafia internacional e na radiotelegrafia. Neste último caso a diminuição foi de perto de 20 por cento. Parece que a quebra foi devida a irregularidade nas cobranças. O estudo da evolução do tráfego não pode, pois, ser feito através da receita.
Quanto à telegrafia nacional, a receita manteve-se em quantia sensivelmente idêntica à do ano anterior. O progresso limitou-se a 567 contos, ou 3,5 por cento.

Receitas totais

204. O que acaba de se escrever sumaria-se no mapa seguinte, que dá as receitas totais e respectivas percentagens:

(ver tabela na imagem)

Assim, os serviços postais representam metade da receita total. A percentagem é ligeiramente superior à de 1956. A telegrafia diminuiu para 8,7 a sua percentagem e os telefones aumentaram a sua receita para 39,2 por cento em 1957. Tinha sido de 38,98 em 1956.

Despesas ordinárias

205. Nas despesas avulta o pessoal. Há que considerar nesta grande classe de despesas todo o pessoal dos quadros, contratado e outro, o abono de família e o que se gasta com pensões.
Mas outra verba de grande relevo é a do pagamento de serviços e encargos. Nela se contabilizam os fundos de reserva, que são altos, as pensões, os encargos de juros e as amortizações e outras de grande relevo.
Pode esquematizar-se a despesa num quadro simples:

(ver tabela na imagem)