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30 DE JUNHO DE 1959 1055

Sr. Presidente da República, realizada no grande anfiteatro do Hospital-Faculdade, presidida na alta dignidade do seu cargo pelo Ínclito Chefe do Estado, ladeado pelos seus Ministros, com a presença das figuras mais representativas da medicina e das mais ilustres personalidades portuenses em todos os sectores, eu pretendo, nesta minha intervenção, fazer um ligeiro comentário.
Ali se fizeram afirmações do mais amplo e justificado sentimento de alegria inerente ao acto realizado, fruto de muitos anos de estudo e trabalho, na consumação de uma obra extraordinariamente vultosa. O discurso proferido pelo Sr. Ministro das Obras Públicas é uma pormenorizada exposição da grande tarefa de construções hospitalares realizada pelo sen Ministério e a história do caminho percorrido para dar realidade ao empreendimento que hoje constitui o Hospital de S. João, o Hospital-Faculdade, onde à grandeza arquitectónica das suas instalações irá corresponder, como complemento da sua orgânica, a grandeza e actualização do sen equipamento, facilitando assim as condições resolutivas das muitas dificuldades que lhe hão-de caber no decorrer dos anos.
Nas declarações produzidas, anunciou o Ministro das Obras Públicas os propósitos da realização para breve dos hospitais de Gaia e Matosinhos, de obras de ampliação no Sanatório D. Manuel H e de ampliação e transformação actualizada no Hospital-Sanatório Rodrigues Semide.
Lembrando o valor representativo do Hospital de Santo António; grande hospital, que quase sozinho prestou a todo o Norte do Pais os mais valiosos serviços assistenciais, afirmou estar para breve a sua remodelação, tão desejada e tão precisa, em perfeito acordo com a Santa Casa da Misericórdia. E ao fazer entrega da nova unidade hospitalar aos Srs. Ministros da Educação Nacional e da Saúde, o Sr. Eng.º Arantes e Oliveira reafirmou a sua confiança na valorização dos serviços hospitalares, cuja responsabilidade lhes fica pertencendo e que ele deseja próspera e realizada nas melhores condições, para que muito contribuirá o valor das novas instalações.
E, em seguimento, o Sr. Ministro da Educação Nacional desenvolveu, perante o selecto auditório que o escutava, um problema de alto nível, de função especulativa: a medicina e o homem total, problema encarado à foce dos altos conceitos em que assenta a ciência, médica, perante o homem são e o homem doente; na compreensão das suas dificuldades e das suas necessidades.
Hora alta de amor à terra em que vivemos foi essa em que o Sr. Presidente da República, elogiando e galardoando os mais destacados colaboradores do empreendimento, confirmou a entrega do Hospital-Faculdade àqueles que o vão dirigir, que ali vão trabalhar com toda a firmeza do seu ânimo, obedecendo ao estimulo forte do cumprimento do dever. E assim principiou, sob a égide do nosso grande Chefe do Estado, saudado a todos os momentos, o primeiro dia de vida do grande Hospital de S. João.
Estamos absolutamente convencidos de que a vitoria material que representa este grande instituto, obra do Estado Novo, na magnifica função do seu exercício, será bem retribuída e bem recompensada pela vitoriosa, inteligente e produtiva acção que ali vai exercer esse belo conjunto de médicos, entre os quais se destacam as figuras mais gradas da nossa Faculdade - mestres eminentes inteiramente consagrados ao sen labor, que farão do hospital da cidade centro científico de reconhecido valor na actualização dos conhecimentos e. na aplicação das novos conquistas na arte de curar.
O Porto pode bem confiar nos valores que possui, e, pena é, seja-me permitido dize-lo, que em todos os sectores da assistência portuguesa sé não proceda à renovação que se impõe realizar, pois só através de uma renovação quase completa se- poderão resolver muitos problemas, dentro daquele espirito de bem servir a Nação pelo qual a classe médica resolutamente se bate.
Sr. Presidente: regressou a capital o Sr. Presidente da República, a quem a fadiga não apoquentou no desempenho árduo das missões inerentes ao seu cargo nos dias que lá em cima se manteve. O Sr. Presidente da República, tudo vendo e tudo observando com a maior atenção nas múltiplas visitas que efectuou, viveu horas de triunfo que jamais esquecerão, contactando com o povo, que a todos os momentos o vitoriava, admirando obras e realizações, motivo de sério orgulho para quantos sentem a honra de ser verdadeiramente portugueses.
E em toda a parte, por entre aclamações em Gaia, Santo Tirso ou Felgueiras, em todo o distrito, em Braga, Guimarães e em Viana, foi o ilustre Chefe do Estado acolhido festivamente pelo seu povo, que de norte a sul do País tem pelo mais alto magistrado da Nação o maior respeito, a mais sentida admiração e o maior carinho.
O Sr. Presidente da República criou à sua volta um merecido ambiente dê calorosa simpatia e veneração, que só. personalidades dotadas de extraordinário espirito de completa formação podem alcançar. Esta visita, como todas quantas realizou 'a outras regiões, assinala mais um brilhante triunfo pessoal do Sr. Almirante Américo Tomás, que por direito de conquista se elevou à suprema chefia do Estado.
O Sr. Presidente da República soube, em terras do Norte e como sempre, mostrar-se digno continuador dessa magnifica dinastia de chefes, reis e presidentes, amados, queridos e respeitados pelo povo, que sempre 'souberam honrar e dignificar Portugal.
Desta tribuna, o mais humilde dos Deputados (não apoiados) à Assembleia Nacional o saúda com o maior respeito.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!
O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Alberto Cruz: - Sr. Presidente: o único objectivo da intervenção que em poucas palavras vou fazer hoje nesta Assembleia Nacional tem por fim dizer do regozijo dos habitantes do distrito de Braga que tiveram a honra de receber dentro dos seus limites territoriais a figura veneranda do Sr. Almirante Américo Tomás, ilustre Presidente da República.

Vozes: - Muito bem!

O Orador:-A imprensa, a rádio e a televisão já disseram e mostraram o que foi, por toda a parte, a recepção ao Chefe do Estado, mas quero acentuar que, para além das apoteóticas ovações e grandiosas homenagens prestadas, se sentiu a forte emoção desse bom povo, que assim quis vincar bem a sua simpatia pelo regime que há muitos anos lhe tem proporcionado paz é sossego, factores essenciais de trabalho útil e proveitoso e, consequentemente, de progresso e relativa prosperidade.

Vozes:-Muito bem!

O Orador:-Para nada serviu a antipatriótica campanha de papelinhos anónimos, profusamente distribuís com o objectivo de perturbar os ânimos e tentar deslustrar o brilho das aclamações.
Se esses papéis obtiverem sempre o mesmo resultado que obtiveram em Braga, não esmoreçam os seus autores e continuem na sua triste, infeliz e torpe campanha!

Vozes: - Muito bem!