O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

26 DE NOVEMBRO DE 1959 78-(93)

[Ver Quadro na Imagem]

(a) Em lugar do toneladas, são quilates.

Vejamos o que estes números nos dizem:
Em primeiro lugar verifica-se que, em relação a 1957, se manifestou um apreciável incremento na exportação dos produtos agrícolas e das indústrias extractivas, enquanto foram mais reduzidas as vendas dos que provieram das indústrias transformadoras. Para aquele incremento contribuíram essencialmente, entre os produtos de origem agrícola, os maiores embarques de café, de sisal e de milho, cujo montante de vendas ultrapassou o do ano anterior em 6, 13 e 412 por cento, respectivamente.
Há que anotar, porém, quanto a este último género, que a elevação da tonelagem embarcada se deve ao escoamento dos avultados stocks do ano anterior.
Quanto aos produtos provenientes das indústrias extractivas, os aumentos mais substanciais das vendas couberam aos diamantes e aos minérios de ferro, cujo valor exportável subiu 28 por cento para os primeiros e 134 por cento para os últimos.
Inversamente, foi bastante menor o concurso prestado pelas indústrias transformadoras ao comércio externo da província.
Não obstante a expansão que se continuou a registar neste sector da actividade económica angolana, as menores produções conseguidas pelas indústrias transformadoras, com mais preponderância no quadro das exportações, não permitiram que as vendas destes produtos alcançassem o montante atingido em 1957.
Esta quebra foi especialmente acentuada nos produtos derivados da pesca, resultado da crise que durante largos meses assoberbou a respectiva indústria; e, por conseguinte, as vendas de farinha, óleos e conservas de peixe foram inferiores em cerca de 18 por cento ao valor alcançado em 1957.
Porém, e ainda dentro deste ramo, o peixe seco colocado no exterior rendeu mais 18 por cento.
A exportação do açúcar, por sua vez, baixou 17 por cento, aproximadamente.
E porque se nos afigura de evidente interesse, vamos analisar em pormenor, o comportamento dos principais produtos que constam do anterior quadro das exportações da província.
Entre os produtos de origem agrícola destaca-se, como habitualmente, o café, que aumentou o volume de vendas da 72 228 t para 77 321 t, ou, em valor, de 1 420 534 para 1 505 712 contos, isto é, mais 85 178 contos que no ano anterior; e, quando comparadas com as que as antecederam, vê-se que apenas foram excedidas em 1956, isto em virtude da tonelagem record exportada naquele ano.
Tem interesse notar que, não obstante o aumento observado, a correspondente percentagem em relação ao valor global das exportações desceu de 42,24 por cento para 40,82 por cento, por causa do grande incremento
registado nas saídas de outros produtos, nomeadamente os diamantes As cotações nos mercados internacionais foram inferiores às de 1957 e o preço médio da tonelada embarcada desceu de 19.667$ para 19.473$.
A exportação do milho elevou-se de 30 964 t, em 1957, para 167 8211, em 1958, mas esse acréscimo resultou do escoamento das avultadas quantidades que existiam em stock no final de 1957. Por isso, participou no valor global das vendas para o exterior com 5,92 por cento, contra 1,27 por cento em 1957.
As cotações apresentaram um ligeiro recuo e o preço médio da tonelada exportada desceu de 1.377$ para 1.302$.
Segue-se, na escala, o sisal: foi bastante expressivo o aumento registado na sua exportação, que alcançou o número record de 52 144 t.
Com cotações ligeiramente superiores, o preço por tonelada subiu de 4.079$ para 4.111$, o que permitiu uma venda superior a 214 milhares de contos.
O algodão foi o único produto de origem agrícola cuja exportação em 1958 apresentou um decréscimo em relação a 1957.
Com efeito, embarcaram-se menos 2330 t que em 1957, o que representa uma diminuição de 31,7 por cento. O preço médio da exportação foi sensìvelmente o mesmo - desceu de 16.893$ para 16.889$ por tonelada -, pelo que o valor das saídas variou pràticamente na mesma proporção, ao passar de 124 385 para 85 000
contos, que, como se vê, foi o menor valor que se registou no último quadriénio.
Em relação aos restantes produtos agrícolas, salientam-se, ainda as maiores exportações de crueira e de coconote, que se elevaram de 41 818 para 54 700 contos e de 40 987 para 46 976 contos, respectivamente.
As madeiras apresentam por sua vez lima importante diminuição nas vendas. Com efeito, a sua exportação foi a mais pequena registada no quadriénio, quer em tonelagem, quer em valor. Em relação a 1957, o decréscimo foi de 12 321 t, num valor de 20 356 contos, e os preços por tonelada foram também inferiores, ao descerem de 1.302$ para 1.081$.
- Os diamantes, com uma exportação de 962 336 quilates, no valor de 548 759 contos, atingiram uma cifra nunca dantes alcançada, e u percentagem com que participaram no valor global das exportações foi a mais alta do último quadriénio - 14,88- por cento; o preço médio por quilate exportado foi mais favorável que o conseguido no ano anterior: de 491$ passou para 570$. A exportação dos minérios de ferro, cuja exploração em grande escala se iniciou em 1957, ano em que já se venderam apreciáveis quantidades para o exterior, acusou um sensível acréscimo em consequência do pro-