O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

22 DE FEVEREIRO DE 1961 453

Foi o povo - a grande massa populacional - que espontaneamente, sinceramente, quis prestar justa homenagem a quem tão distintamente soube cumprir o seu dever. Foi também a grande massa populacional, o povo, representando todo o bom povo português, que na véspera, no dia da chegada do Santa Maria - o navio assaltado pelos piratas -, numa manifestação nunca vista, repleta de ardente entusiasmo e verdadeiro patriotismo, manifestou o seu júbilo pelo regresso daquele paquete e aproveitou a oportunidade para evidenciar ao Sr. Presidente do Conselho - a Salazar - o respeito e consideração em que é tido, o reconhecimento e gratidão pelo que tem feito, a esperança e, mais ainda, a certeza do que fará pelo nosso Portugal.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Tivemos a honra de representar a Assembleia Nacional no funeral do heróico Nascimento Costa e confirmamos, mais uma vez, a convicção de que unidos e tendo sempre em vista o interesse nacional continuaremos a ser portugueses, verdadeiros portugueses de um Portugal respeitado e engrandecido.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Augusto Simões: - Sr. Presidente e Srs. Deputados: caminha a passos agigantados para o triunfo, que tão nitidamente já se desenha em todos os vastos horizontes da lusitanidade, a feliz iniciativa do jornal Diário de Notícias de promover a realização dos jogos desportivos do mundo português.
Nimbada pelo pensamento de ser uma competição dentro dos moldes clássicos do mandamento olímpico, essa ideia, que tanto aplauso tem recolhido nos mais variados sectores da vida nacional, merece que se lhe faça também aqui uma jubilosa referência, para afirmação de louvor e concordância que, certamente, se lhe não podem regatear.
É que nas jornadas da imponente manifestação lúdica que se prepara, para decorrerem na ambiência sem poluições em que o desporto puro gosta de viver, vai afirmar-se, entre portugueses de todas aquelas latitudes onde a bandeira das quinas é padrão da surpreendente gesta com que a alma lusíada preencheu tantas e tão fulgurantes páginas dá história, vai afirmar-se, dizia, uma confraternização que, sendo um legítimo motivo de orgulho nacional, será também mais um belo exemplo de paz e concórdia oferecido ao Mundo!
Anda a pobre humanidade tão açoitada hoje pelos gravíssimos desencontros dos grandes sentimentos e dos grandes valores morais havidos como imutáveis, por serem os fortes baluartes de uma civilização, que muita mercê se lhe faz quando se lhe patenteiam os nobres exemplos de compreensão, de respeito e de fraternidade que os Portugueses sempre têm oferecido e uma vez mais porfiam em oferecer com os jogos desportivos do mundo português.
Não se menosprezam no Mundo de hoje nenhuns dos nobres primados do desporto, aos quais se reconhece o valor de fomentarem o melhoramento do capital humano e propiciarem as relações entre os povos com segura afirmação das suas virtualidades.
Sob tal pensamento ainda há pouco se viram nos estádios olímpicos de Roma atletas lutando pela glorificação das suas pátrias, mas respeitando os seus contendores segundo o espírito de ampla compreensão, que é o sagrado e imutável princípio da boa ética do desporto.
A despeito de não termos podido ser dos melhores, ali estivemos, em reduzido número, modestamente representados, porque o desconhecimento dos valores que possuímos não consentiu que se fizesse o apuramento dos escóis que se deveriam ter mandado, com a preparação devida, à importante competição olímpica ...

O Sr. André Navarro: - Muito bem!

O Orador: - O convívio e o confronto entre os atletas que possuímos e podemos recrutar nas dilatadas parcelas do mundo português, que a pretendida realização dos referidos jogos amplamente permite, servirão de forma decisiva as grandes causas do nosso desporto, ao revelarem praticantes até agora ignorados, cujas vocações, se hão-de estimular, para o engrandecimento dos nossos pergaminhos desportivos e sociais, assim interna como internacionalmente.
E todos lucraremos com esses encontros, que trarão a esta magnífica Lisboa, capital nobre e donairosa a que o Tejo empresta iluminuras de precioso recorte, e certamente também a outras cidades do País, uma grande legião de portugueses de todas as partes em que no Mundo se projecta Portugal.
Não estará presente nesses encontros qualquer preconcebida ideia de derrubar as grandes marcas ou inferiorizar os conceituados nomes do desporto mundial; de nenhuma maneira!
Com os jogos desportivos do mundo português, em que devem ter acesso as representações dos melhores atletas lusíadas de todas as modalidades, daremos ao Mundo, uma vez mais, uma lição de unidade e de respeito pelos valores que ditam a grandeza da vida humana, ao mesmo tempo que fortaleceremos os laços que estreitam cada vez mais a forte e indestrutível comunidade dos Portugueses.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Sendo, como é, em todos os seus aspectos e a todos os títulos, conforme com o melhor interesse nacional, a feliz iniciativa do jornal Diário de Notícias, que já recebeu a inteira adesão do Governo, que se mostra disposto a coadjuvá-la como merece, logrará um triunfo sem restrições, por abrir às grandes causas do desporto nacional as perspectivas de muita grandeza, que legitimamente lhe pertencem e de que, infelizmente, tão afastado tem andado.
É por isso que, Sr. Presidente e Srs. Deputados, reconhecendo-lhe os altos méritos e a sua relevância nacional, esta Câmara não deixará de me acompanhar no caloroso aplauso que a tal iniciativa muito gostosamente dirijo.
Disse.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Sousa Rosal: - Sr. Presidente: na sessão de 26 de Abril do ano findo apresentei nesta Assembleia um requerimento solicitando do Ministério da Educação Nacional cópias de alguns documentos ou permitida a consulta referente ao processo do concurso documental para o cargo de 3.° astrónomo de 1.ª classe do Observatório Astronómico de Lisboa, aberto em 24 de Novembro de 1958 e que teve o seu termo com a portaria de 5 de Maio de 1960, publicada no Diário do Governo n.° 119, de 20 desse mês.
Ao Sr. Ministro da Educação Nacional são devidos, pelas facilidades concedidas, os meus agradecimentos.