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18 DE MARÇO DE 1965 4549

que lhe roubem uma parcela sequer do seu território, que navegadores e missionários descobriram e evangelizaram.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - E de que processos se serviu essa cobiça para tentar conseguir os seus fins? Os mais traiçoeiros, os mais bárbaros, não respeitando sequer as vidas puras de crianças inocentes dos ódios entre homens, e tudo isto, meus senhores, com a complacência e sem um mínimo de reacção salutar de uma organização que dá pelo nome de O N U , onde têm assento países que se dizem nossos amigos, que connosco têm tratados de amizade e aliança, honrosa excepção feita à Espanha, e, consequentemente, obrigações e deveres a cumprir e que de nós em situações graves e emergentes têm recebido favores e facilidades.

O Sr. Paulo Cancella de Abreu: - Muito bem!

O Orador: - Choramos como bons cristãos a sua morte e o seu sacrifício, mas orgulhamo-nos deles também pelo seu estoicismo e heroicidade, em que, com os poucos meios de defesa que tinham, lutaram até ao último alento da sua preciosa vida por aquilo que era legitimamente seu e que u sua e nossa pátria, de facto e de direito, pertence.

O Sr. Pinto de Mesquita: - Muito bem!

O Orador: - Dêmos graças a Deus de mais uma vez Salazar, com o seu génio inconfundível e seu patriotismo inconstestado, com um grupo valoroso de chefes militares, ter tomado a seu cargo a defesa imediata daquela parcela portuguesa ...

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - tão cara a todos nós, levando a confiança e oportuno auxílio em homens e armas aos habitantes de Angola, nossos irmãos no sangue e] na língua
Quatro anos são volvidos em que a nossa pertinácia, o sacrifício em muitos lares, o nosso dinheiro que tanta falta faz para empreendimentos pacíficos, a nossa fé tudo isto, enfim, é dedicado a esta cruzada de vencermos pela força, que é o nosso direito, pela persuasão e convicção, que é a nosso dever, e verdadeira fraternidade para com os nossos irmãos, que é o nosso apostolado, defendendo a sua vida e bens e ensinando os de raça, portugueses como nós, a amar cada vez mais este Portugal, terra de Santa Maria, que tão bela lição tem dado ao mundo indeciso, por vezes, pusilânime, em que nações têm deixado fugir das mãos aquilo que os bens antepassados conquistaram! e que, com certeza, não souberam ou não quiseram servir e civilizar.
Porém, se não me engano, há uns dois anos para cá, estamos assistindo à vinda aqui às nossas terras de aquém e de além-mar de vários grupos de senhores estrangeiros que vêm verificar in loco das nossas razões e direitos, como se não bastasse a nossa honrada palavra e o que de nobre e alevantado se tem dito e exposto pelos nossas lídimos representantes nesta tal O N U , e, depois da vários almoços e jantares com que a nossa proverbial a alguma e hospitalidade dispensa a todos os que nos visitam, sejam bons ou maus, e de percorrerem as zonas nevrálgicas da luta que ainda se trava e outras em que o negro, lado a lado com o branco, trabalha pacificamente, em que notam com os seus próprios olhos que o então a assistência social, a caridade e o conforto moral e material é paia todos igual, então sim, retiram-se penhorados com tanta
deficiência e confessam publicamente que julgavam outra coíba Enfim, ver e crer como S. Tomé. Que a lição lhes tenha aproveitado e que saibam combater a calúnia e a mentira que lá fora forjam contra nós, povo que não precisa de receber de ninguém quanto à honradez pôs seus processos e seu indefectível patriotismo.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente e Srs. Deputados: Depois destas minhas modestas, mas bem sinceras, palavras em sentida homenagem aos que tombaram pela Pátria e de profundo respeito e veneração pelos meus irmãos de armas que se estão batendo e sem mantêm vigilantes, quer na Guiné, quer em Angola e Moçambique, legiões estas onde ainda se sente o terrorismo no seu estertor, não desejo deixar passar em julgado uma outra data ocorrida na semana passada o dia 11 de Março -, dia da Polícia de Segurança Pública. Não passou desapercebida à Nação essa data, pois a nossa boa imprensa lhe deu o merecido relevo.
Sinto-me à vontade em prestar a minha justa homenagem a tão valente e eficiente corporação, pois nunca nela prestei serviço, nem nas minhas funções de comando tive relações directas com tal força de segurança, mas como português amante da ordem, como militar disciplinado e disciplinador e com o direito que me concede a Constituição, permito-me proferir algumas palavras de louvor e apreço a tão valiosa força de segurança pública, que, em cooperação com a Guarda Nacional Republicana, Polícia Internacional e de Defesa do Estado e Legião Portuguesa, é a ossatura de uma retaguarda que as forças armadas que se batem exigem seja forte e coesa.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Já lá vai o tempo, meus senhores, em que infelizmente se consentia, em qualquer revista, a depreciação e o ridículo a que se sujeitava tão digna corporação, com assentimento de entidades oficiais responsáveis pela sua dignidade e prestígio.
Males que já passaram e que a nossa foi te determinação jamais consentirá.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Não esqueçamos, meus senhores que a Polícia de Segurança Pública não limita a sua acção só na retaguarda, acção por vezes tão mal compreendida por alguns tão bem instalados na v da e por outros com o seu feitio indisciplinado e libertino. Ela, na sua alta missão, é a guarda fiel, quer no trânsito, quer dos bens e da própria vida dos seus concidadãos, protegendo-se e até dando o seu próprio sangue para salvar vidas em perigo.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - E quando rompe a desordem nas ruas, ei-la presente, arriscando a sua vida e o futuro dos que lhe são queridos para. que a ordem se i estabeleça e volte a haver paz e sossego nos lares portugueses.
E quando jovens universitários, acicatados por elementos destruidores da sua pátria, encobertos cobardemente na sombra e com o consentimento da certos pais que nem a sua própria família respeitam e ainda Bem a reprovação de alguns diligentes e orientadores se manifestam com turbulência, chegando ao insulto contra os seus próprios mestres e, se me não engano, contra o próprio reitor, ei-la