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7 DE ABRIL DE 1965 4703

agradecimentos ao Governo, pois a medida terá largos reflexos em benefício de todo o Minho,
Na albufeira de Andorinha, no Ave, Póvoa de Lanhoso, que, pela facilidade de comunicações e pelas suas condições naturais, oferecerá igualmente largo contributo à pesca desportiva e turística,
No rio Neiva - que Sá de Miranda cantou enlevado -, para um e outro lado da ponte dos Corvos, no concelho de Vila Verde,
No rio Vade, no troço que pràticamente é acompanhado pela estrada que vai de Braga a Ponte da Barca,
No rio Vez, a partir do local da Aspra, na estrada dos Arcos a Monção, dentro do distrito de Viana o Castelo.
Estas concessões em ribeiros, dadas as condições especiais em que ali se praticará a pesca devidamente controlada, o repovoamento e a fiscalização própria, vão dar os melhores resultados, contribuindo também larga o repovoamento e fiscalização própria, vão dar os melhores resultados dos mencionados ribeiros para o montante e jusante das concessões.
Na escolha dos locais atendeu-se dados os fins turísticos que se pretendem atingir, às facilidades de comunicação por estradas de 1.ª ordem. Assegurada a exploração das concessões agora requeridas, o Clube, que tem à frente da sua direcção competentíssimos e dedicados conhecedores dos problemas em causa requererá novas concessões esperando-se que, entretanto, seguindo este magnífico exemplo, outros organismos requeiram novas concessões de modo que toda a província possa, através delas, beneficiar.
Eu próprio, e na minha qualidade de Deputado, que entendo ter por obrigação acompanhar tudo que diga respeito ao desenvolvimento do círculo que represento, e ainda na qualidade de presidente da assembleia geral do Clube, fiz entrega ao Sr. Director-Geral dos Serviços Florestas e Aquícolas dos pedidos de concessão a que venho referindo.
Dada a simpatia com que aquele alto funcionário me recebeu, me recebeu, espero que, sem demora e até para estímulo de outras iniciativas análogas, sejam despachadas as petições, apelando nesse sentido e desta tribuna, que tantas vezes tem honrado com a sua palavra competente, para o novo Secretário de Estado da Agricultura, Sr. Eng.º Vitória Pires.
Sr. Presidente: A dedicação e o propósito de mais franca colaboração do Clube de Pesca Desportiva de Braga não bastam, no entanto, para suportar os encargos resultantes de tal empreendimento, pois é evidente que, nos primeiros anos, as concessões não terão a necessária rentabilidade, o que se espera no entanto venha a suceder a curto prazo. Assim, o Clube vai pedir o auxílio do Fundo de Turismo, e daqui desde já, e enquanto o não faço pessoalmente, apelo para os responsáveis no sentido de esse auxílio ser prontamente concedido. Não duvido de que assim venha a suceder, pois o empreendimento merece especial ajuda, e a compreensão manifestada pelos mesmos para tudo que interesse ao desenvolvimento do turismo na província não pode de nenhuma ser posta em dúvida, e muito menos por mim, que dela repetidamente tenho sido testemunha.
De uma maneira muito especial quero terminar por agradecer, quer ao Sr. Subsecretário de Estado da Presidência do Conselho, Sr. Dr. Paulo Rodrigues, quer aos seus mais directos colaboradores, de que destacarei o Sr. Secretário Nacional da Informação e o Sr. Comissário Nacional do Turismo, todo o apoio que nos têm dado - quando digo nos têm dado refiro-me a nós, aos de Braga - no sentido de serem resolvidos os problemas mais instantes do turismo regional.

O Sr Costa Guimarães: - Aos de Braga e aos de toda a região!

O Orador: - Eu, quando digo Braga, refiro-me a toda a região que vai do Minho ao Ave, sem esquecer a nobre e linda cidade que foi berço de V. Exa.

O Sr. Alberto de Meireles: - E da nacionalidade!

O Orador: - Sei que ao endereçar estes agradecimentos o faço não em meu nome pessoal, mas em nome de todos os organismos interessados, que, na verdade, não se podem queixar da falta de apoio dos órgãos centrais do turismo.
Ao Sr. Dr. Paulo Rodrigues ficámos devendo o despacho que resolveu definitiva e cabalmente o problema hoteleiro do Bom Jesus do Monte. Honra lhe seja, pela largueza com que o soube fazer. Braga está-lhe profundamente grata.
Sr. Presidente: Julgo que, se o exemplo do Clube de Pesca de Braga frutificar por esse País além, mais uma vez encontraremos razão para nos alegrarmos, pois será um triunfo daquela doutrina que nunca nos cansaremos de preconizar só pela ampla colaboração das corporações e das colectividades com o Estado poderemos caminhar em todos os sentidos.
Não podemos còmodamente exigir tudo do Estado, como o Estado egoísticamente não pode exigir tudo de nós. Assim o temos proclamado e continuaremos a proclamar. No campo do turismo, como no do ensino e no da assistência.
Continuaremos a proclamar, disse eu, azedem-se ou não alguns amigos a quem tivemos necessidade de lembrar o respeito devido às instituições, num regime que, sem elas, sem esse respeito, sem a sua autonomia acatada, se negará a si próprio.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado

O Sr. Augusto Simões: - Sr. Presidente: Como já foi aqui acentuado, as declarações do Sr. Ministro da Economia na sua conferência de imprensa realizada no passado dia 26 de Março impressionaram vivamente todos os sectores da vida nacional, pelo cunho realista e corajoso que as caracterizou.
Não é que se descresse da vinda de melhores dias logo que fossem integralmente aproveitadas todas as nossas potencialidades e acertados os muitos desencontros inter-sectoriais, mas não se conheciam com suficiente clareza as directrizes a seguir quanto a muitos problemas básicos do nosso crescimento económico-social.
Ora, o Sr. Ministro da Economia, com a alta lucidez do seu profundo conhecimento da estrutura nacional, apresentou as novas linhas do rumo da nossa política económica, com vista a eliminar os desequilíbrios, que reconheceu serem os grandes fautores dos entraves desse harmónico crescimento.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Sentiu a Nação uma reconfortante esperança com essas notáveis declarações, principalmente quando nelas se afirma uma sã confiança no sector da lavoura nacional, a que se reconheceu o alto valor que lhe pertence.
É que, a despeito de se saber e conhecer que o sector agrícola é, entre nós como no Mundo em geral, um