O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1194 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 66

(...) turismo. Simultaneamente, estes serviços foram dimensionados em termos de poderem responder ao muito que se lhes exige.
Penso ter chegado igualmente a oportunidade da criação em Portugal do Ministério da Informação e Turismo.
A actual solução portuguesa, no que respeita ao turismo salvo melhor opinião, não autonomizou os serviços, sendo por outro lado, bem conhecidas as insuficiências qualitativas e quantitativas no que respeita ao pessoal servidor.
Quanto ao sector da informação e embora o assunto mereça uma análise detalhada,
antecipo-me a salientar, a necessidade de um esforço coordenado a nível verdadeiramente nacional.
Existem, segundo creio, cinco departamentos que se ocupam, em Portugal, particularmente dos problemas da informação Presidência do Conselho (através do respectivo Subsecretariado), Departamento da Defesa Nacional e Ministérios do Ultramar dos Negócios Estrangeiros e da Economia.
Ora a grande batalha que estamos travando neste momento não é apenas ganha com a força das armas e o desenvolvimento económico-social. Trata-se também de uma guerra psicológica, onde a informação ocupa lugar de fundamental importância
Mas se dos domínios da administração central passar-mos ao plano regional, ainda aqui há muitos acertos a introduzir em matéria de turismo.
Importa proceder a uma definição das várias regiões turísticas em que se há-de dividir o território metropolitano.
Este esforço deve conjugar-se com as políticas e desenvolvimento regional em sentido lato. Na verdade, é hoje ponto assente que o desenvolvimento económico-social se obterá mais eficazmente no quadro de uma região definida a partir de pólos de crescimento. Ora o turismo constitui um dos elementos polarizadores de tal esforço.
Definidas as regiões turísticas não será difícil enquadrar os organismos propulsores do turismo na estrutura da organização regional do desenvolvimento. Por outro lado, a sua autonomia sectorial deverão ser portadores de uma autoridade colectiva e conhecer uma conveniente ligação não só aos serviços de administração central como ainda aos órgãos locais.
A manutenção e valorização dos próprios órgãos locais traduzir-se-á em proveito para o turismo. Atenderão aos pequenos grandes problemas locais e colaborarão nos esforços do desenvolvimento regional.

O Sr António Santos da Cunha: - Muito bem!

O Orador: - Sr Presidente A «explosão turística» a que assistimos nos últimos anos é, repetimos a consagração do turismo de massas.
Os muitos milhões de turistas que anualmente se deslocam pela Europa provem dos mais variados grupos profissionais. Beneficiam do alto padrão de remunerações dos países de origem e procuram o mar e a montanha, o sol e a neve, nos países onde o aliciante do gasto mínimo lhes proporciona umas férias mais económicas.
Perante a civilização do terciário que se avizinha não se afigura natural que os novos hábitos sejam passageiros. Poderão alterar-se para outros territórios certas correntes turísticas se os países de destino não souberem estar à altura das exigências da procura mas os escandinavos, os alemães, os ingleses, e até os franceses continuarão a comprar nas agências de viagens a dias de sol à beira mar.
Penso que o dilema de elites-turismo de massas não comporta soluções extremistas. Ambos poderão ser considerados num país. Mas será errado defender a ideia de que Portugal foi fadado para o turismo de qualidade, dispensando as perspectivas do turismo de massas.

O Sr António Santos da Cunha: - Muito bem!

O Orador: - O turismo bella époque, embora decadente ainda tem hoje os seus cartazes preferidos na Europa. Por outro lado os milhões de contos que anualmente arrecadam com o turismo os países da Europa meridional provêm fundamentalmente do turismo de massas.
Assim se não nos dimensionarmos para ele se não criarmos estruturas adequadas se não defendermos o nível de preços que compensa os maiores encargos das distâncias continuaremos a desfrutar de uma posição relativamente modesta. Por assistirmos a um desvio de potenciais correntes turísticas para Marrocos, Israel, Tunísia, Líbano ou Síria.
Salientar que a importância do turismo na actualidade económico-social lhe deu particular guarda nos planos do desenvolvimento. Na Itália o plano de 1965-1970 prevê investimentos de vulto orientados para o desenvolvimento e modernização do equipamento hoteleiro e valorização de novas regiões turísticas onde os recursos são hoje potenciais.
O programa de desenvolvimento turco, em execução considerou o equipamento turístico, a formação de pessoal hoteleira e a intensificação da publicidade no estrangeiro.
Finalmente na vizinha Espanha o plano de desenvolvimento de 1964-1967 previu um investimento de 25 milhões de contos no turismo (31 108 milhões de pesetas) dos quais 15 milhões de contos para a indústria hoteleira, mais de 6 milhões para alojamentos extra-hoteleiros e 2 milhões para as indústrias turísticas complementares.
Também entre nós, embora com as deficiências desde logo apontadas pela Câmara Corporativa no respectivo parecer se inclui no Plano Intercalar de Fomento um capítulo onde se abordava o turismo.
Esperamos que no III Plano de Fomento o turismo venha a ser convenientemente encarado partindo-se de pressupostos válidos, definindo-se uma política ajustada às potencialidades do país e condicionalismos internacionais programando-se enfim segundo técnicas adequadas que não cedam a um improviso que se esgote em modesta e desarticulada lista de investimentos.
De igual modo se (...) considerar o enquadramento numa política de desenvolvimento regional. A ideia de que o «país turístico» no continente é apenas a região de Lisboa e o Algarve tem dado origem a muitas reacções.

Vozes: - Muito bem!

O orador: - Os propósitos de desenvolvimento regional do turismo têm encontrado acolhimento nos esforços de muitos países.
Já (...) plano francês, para lá dos objectivos gerais de desenvolvimento turismo social, se patenteou a preocupação de abertura ou equipamento de novas regiões ou centros de turismo.
O plano regional do Languedoc- Roussillou, em execução, permitirá o descongestionamento da Costa Azul, com a

\ssim ae não no-s dimens'onaimos paia elo se não i >i limos eatiutiu.is adi.quada-s s( não defendei mós um m'\d de pif«,n-, que compense us maioies encaigos das distâncias' coiiiimiait mós a desfiutai de uma posican ii'lntiMini( ute mudesla ['nu assinemos a um de»\io de potenciais loiventes tuií«tn,a» ]>ai.t Man ocos, Israel, Tunísia Líb.mo ou Sitia

Salientei que .1 inipoitáncia do tiniaino na actualidade i !.ciiiouiico-sii(.i.il Hiu deu patticular guanda nn? planos

Na Itália o plano de 1000-1070 pie\e. m\estimentos id \iilid iiiieiiladus ji.iiii o deseii \ol\ mu nto e moderm-/.i(,ão do aqiii])aminto hoteleuo e Aalon^0(;ào de nnxas MÍÍI.JLS tuiiatiLas onde os lucuisos são liuje potenciais

O piiigi.ima de diisemohimcnto tuico, em execução i oiiMdeiuu o cqiiiji.iinento tnubtieo, a foimação de pes--o.i l hotclono ij ii inteiisitiLacào da publicidade no

1 malmente na u/iuha ]ísp.iulia o jil.mo de de&omol-\itiu nto de l'Jd4-l'1o7 piuMu um investimento de maia i U 2.") milhões de contos no tiuiiino (õí 108 milhões de piísfi.is) dos quais Ifl milhões de coutos paia a mdústiia li< k>l( 11. i mais de b milhões paia alojamentos extra-hote-liiius D 2 milhuts p.n.i €><_ p='p' tunsticas='tunsticas' indiistnas='indiistnas' c-omple-='c-omple-'>

ijntic m'>-, umboia com aã deauèui.iaa desde logo npoutnd.us pela Cúmauí Coiporati\a no leapectivo |>,ii(iii s,, incluiu no Plano TnteiLalai do F'imeiito um ontle S'1 aboidava o tminino

qin- no HL PlaiMi de fnniuiito o tutismo Mídia a ser ion\8nientemente eiiL.iiado pattmdo-se de l>i i ssupostos válidos, difinindo- p uin.i polítu-a ajustada .is poteiiLialidadis do Pais e tondii loiialismub mteinaLio-na.ï 1'iogi amando-se, enfim segundo técnicas adequada-* ijiie n.Vi i^tídam a um impinw&o que ae esgote em mo-dfst.i i dosai (.ºuilada lista, de m\estimijiitoe

l>i- igual mod» a« inipoia (.ºnaidei.it o enquadiami nto numa polític.) Je dcscii\ohimetito regional \ ideia de que o spaís Uuísfcico» no continente é openab a região de Lisboa e o \lgai\e tem dado ongem a muitas leac-

I Ml -3

Vozes: - Muito bem'

o Orador: - Os piopósiios dL dot>Liivul\imuui:o icgio-nal ntia\ós ilo t u usino tfin i ncontrado acolhimento nos e-foiço-a de muitos poise'-

Jn in i\ plano fiaucés, paia Ia dos objectuotí guiais

O plano leg^uual do Luuguedcc-Kuusaillou, t m

o dF-scMiisfe-tionampntn da Costa \7iil, eom a