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11 DE FEVEREIRO DE 1967 1195

(...) construção de dez estacões turísticas e uma capacidade de Albergue para 800 000 pessoas.
A Espanha, depois dos sucessos regionais das Balcares e das Canárias, do «milagre» da Costa do Sol, da regionalização do plano de desenvolvimento de 1964-1967 preocupa-se igualmente com a Costa Brava
Uma modalidade que merece especial referência e a do recurso às sociedades de economia mista para o desenvolvimento regional. Esta solução está a ser utilizada noutros países para o turismo. Poderá por exemplo, ser considerada no desejável desenvolvimento turístico dos Açores.
Desejaria, Sr Presidente, deixar aqui um apelo especial a favor do desenvolvimento do turismo nos Açores.
Trata-se de um arquipélago maravilhoso, onde as potencialidades turísticas gerais ou ainda as características especiais estão por aproveitar
Clima, paisagem, mar e praias hospitalidade do povo, folclore, artesanato, património cultural e artístico, de tudo oferece o arquipélago. Mais do que isso há as tradições meditas da natureza insular, do vulcanismo, da riqueza hidrológica dos contrastes naturais e, até do interesse cientifico.

O Sr Valadão dos Santos: - Muito bem!

O Orador: - A paisagem dos Açores!

Esta paisagem - Escreveu o Dr Carneiro da Costa - , que tem sugestões algarvias no interior de Santa Mana, que se comporta de mil foi mas ao longo de S Miguel e se mostra com tonalidades de oiro-velho por terias da terceira, essa paisagem que escurece e reverdece na pequena Graciosa, que se transfigura em poema bucólico nas fajãs e nas padarias de S Jorge e se transforma em altar com seus degraus e mistérios, nas vertentes da ilha do Pico, essa paisagem que se toma menina no Faial e jardim florido na ilha das Flores, essa paisagem, enfim, que toda procura resumir-se no coração do Corvo - ela aí está patente aos olhos e à sensibilidade de todos nós, a um tempo misteriosa e agressiva acolhedora e generosa. De qualquer modo, em potência, para atrair e prender quantos demandarem estas ilhas à procura de novas imagens em busca de emoções diferentes
E, qual é, mais concretamente a projecção do turismo no ultramar português?
Os seguintes números embora de sentido muito relativo, revelam, para cada província ultramarina, o movimento da balança de pagamentos (capítulo «turismo») em 1965.

(ver tabela na imagem)

Como se vê, só Moçambique acusa um saldo de algum interesse.
Quanto a Macau, segundo elementos divulgados pela imprensa, foi visitada por 1 113 141 turistas em 1965
A análise das perspectivas turísticas destes territórios permite contudo, esperar
a) Que se intensifique o turismo da metrópole em direcção ao ultramar

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Nos últimos anos o número de turistas portugueses que se deslocaram ao estrangeiro conheceu substancial aumento.

(ver tabela na imagem)

Ora seria bem de desejar que parte destas correntes turísticas fossem encaminhadas paia o ultramar

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - b) Que se estabeleçam os custos turísticos a partir do continente para visita às ilhas portuguesas do Atlântico ou até às província da África continental

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - c) Que Cabo Verde, Guiné e S Tomé acolham turistas provenientes dos
Territórios próximos nomeadamente europeus ou americanos mais ou menos radicados nos estados africanos.
d) Que Angola tal como já acontece em Moçambique, beneficie de afluxos provenientes dos territórios vizinhos
e) Que se mantenha o progresso registado em Macau
f) Que se intensifique uma corrente de australianos para Timor
Os reforços realizados nos últimos anos no ultramar em matéria de transportes e comunicações constituem base segura para uma melhor utilização das potencialidades turísticas
Afigura-se-me, contudo, que em (...) de uma dispersão de esforços e de matéria de centros turísticos, valeria a pena eleger nas províncias ultramarinas uns tantos pólos de atracção. A solução preconizada será neste aspecto diferente do caminho a percorrer na metrópole. A vastidão dos territórios, a natureza das correntes turísticas e as carências em matéria de infra-estruturas turísticas recomendam-na.
Quanto às infra-estruturas nomeadamente no que respeita aos hotéis, a sociedade de economia mista projectada para a Guiné poderá ser exemplo e seguir nas outras províncias de governo simples.
Nos casos de Angola e de Moçambique os auxílios financeiros e as isenções fiscais deverão constituir particulares incentivos à política de alojamento.
Há, de resto, nomeadamente em Angola notórias carências no equipamento hoteleiro-base relativamente à procura actual. Luanda é desde logo um exemplo.
Sr Presidente O que acentuei permite salientar que existe boas perspectivas de interligação turística no espaço português. Trata-se não só de um maior intercâmbio entre a metrópole e o ultramar, como ainda na possibilidade de alguns territórios ultramarinos constituírem, rela (...)

\Hguiii-sc-mu, contudo, que em \i/dt uma di«pei.sfio de estincos, i m matena de ctiitios iiufstirris, \aleua .1 ]x n.i i-li-gpi n.is pio\íncias ullrainniin.is im-, tantos pólus di- atiafL.ln A eolucào piocoDizadn SPI.Í m-«io aspecto ditetente do < .uninho a peicoiier u.i nurinpole A \astid.ºio dos tciiitóiiu» ii natuie/H das coircutes tuiísticas e n-i arénoi.is pm rnaWri.i de infia-estiutinas turísticas ic-. .imendam-nn

Quanto às iníia-estrutuns, iiomtjad.imuul.e no que ie*-puit.t aos Loteis, a sociedade de economia mista projectada paru i* Gume poderio, ser exemplo i sr-gim nas oiitins pio\mcias df Rnxeinn simples

No5- casns de Angola i- de Moçambique os auxílios nnnn-íi-uo', i- as isen^õos hsc.ns de\erão constituir paiticulaies incentivos íi política de alojamento Há, de resto nomeadamente em Angola, notónas carência1! no equipamento hofceleno-ba«e relativamente à piocuin irtnal Liiandn ó de«de logo um exemplo

Sr Piesidpnte l) que acentuei peimitp salientai qiu f.Mstem boas ppisppctnas de inteiligação turística no espaço poituguês Tr.ita-se não só de um maior mtPi câmbio entre a metiópolp e o ultramar, como ainda da possibili rlade de alpruns tprritónofs ultramarinos constituírem, rela-