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18 DE MARÇO DE 1967 1557

for tomado directamente como ano base da consideração desses salários), teremos:

Índice global de salários profissionais da industria e dos transportes (Porto)

Base (100) 1958 100
Setembro de 1963 153,5
Dezembro de 1963 137,4
Setembro de 1966 (último indicador publicado Pelo Instituto Nacional de Estatística) 172,2

Isto é de 1938 para Setembro de 1966, o aumento foi de 72.2 por cento.
A cidade de Lisboa apresenta nas estatísticas oficiais recentes um quadro em que o ano de base é o de 1961- e dá a seguinte subida dos mesmos salários.

Índice global de salários profissionais da indústria e dos transportes (Lisboa)

Base (100) 1961 100
Setembro de 1965 124,7
Dezembro de 1963 127,4
Setembro de 1966 (último indicador publicado
pelo Instituto Nacional de Estatística) 136,9

Isto é de 1961 para Setembro de 1966, o aumento desses salários em terras de Lisboa foi de 36,9 por cento. Se quisermos, porém, tomar números que nos levem, quanto à cidade de Lisboa a comparações entre Setembro de 1938 e Setembro de 1966, basta-nos fazer os cálculos de transição de um quadro mais antigo, em que o ano de base for o de 1948 para o quadro que tomou para base foi o de 1961. Contudo, como não foi, no quadro com base em 1948, calculado o índice global, mas apenas o índice de cada uma das profissões mais conhecidas, irei apresentar a seguir o quadro de variação dos salários referentes a algumas das mais conhecidas e significativas profissões. Teremos, então

Salários profissionais da indústria e dos transportes (Lisboa)- em valores e em índices

[ver tabela na imagem]

Os aumentos- de Setembro de 1958 para Setembro de 1966- são também notáveis, comparados com os tais 20 por cento que moveram o Sr. Ministro das Finanças.
Considerando, prezados colegas estes aumentos salariais (dos trabalhadores rurais e dos profissionais da indústria e dos transportes), daí chegamos à conclusão de que eles, aumentos, são mais indicativos de caminhos a seguir do que o aumento do custo de vida oficialmente dado pelas estatísticas oficiais (números, estes últimos- os do custo de vida -, que, repito, as donas de casa se recusam a aceitar). Porque, no jogo livre do mercado do trabalho, não se compreenderia, nem se aceitaria da parte patronal (nem o Ministério das Corporações e Previdência Social o admitiria), que houvesse grandes aumentos salariais sem a justificação do correspondente aumento real do custo de vida, mesmo para além da consideração dos aumentos que se justificam pela simples circunstância de o trabalhador rarear neste ou naquele ofício ou de, mesmo, desejar subir nos escalões das necessidades novas- que terão de ser satisfeitas progressivamente na senda da civilização.
Os índices dados pelas entidades oficiais (através das publicações do Instituto Nacional de Estatística- a fonte única de que tenho socorrido nesta minha intervenção), esses índices possibilitam-nos, por exemplo, o seguinte quadro para o capítulo da alimentação, o grande termo do custo de vida.

Índices de preços no consumidor em várias cidades (alimentação)

[ver tabela na imagem]

(a) Base 1 de Julho de 1918 a 30 de Junho de 1919
(b) Base 1 de Julho de 1930 a 30 de Junho de 19[...]1
(c) Base 1 de Julho de 19[...]3 a 30 de Junho de 19[...]1
(d) Base 1 de Julho de 19[...] a 30 de Junho de 1936
(e) Base 13 de Julho de 19[...] a [...] de Julho de 1936
(f) Base 1 de Julho de 1961 a 30 de Junho de 1962
(g) Para a cidade de Faro a coluna [...] muda se para «1961».

Trata-se de um quadro que não pode facilmente ser lido, dada a variedade dos períodos tomados pelo Instituto Nacional de Estatística para base- pelo que tenho a honra de chamar para ele a fineza da atenção dos prezados Colegas, quando vier publicado no Diário das Sessões. De resto, estou pronto a mostrá-lo a quem desejar vê-lo imediatamente. Verão então a variação do custo de vida no capítulo da alimentação- que, repito, é o grande termo (de resto, todos o sabem) o termo mais vultoso de quantos integram o quadro do custo da alimentação de 1958 para 1966 (Setembro ou Novembro) é pràtivamente superior a 30 por cento- mais portanto, do que os 20 por cento que serviram de fundamento às considerações que levaram à emissão do Decreto-Lei n.º 47 137. Sem embargo nenhuma dona de casa- lá continuo a teimar em trazer para aqui esta respeitável entidade dos nossos lares- acredita em tais índices, pois os considera baixos de mais para as realidades que sempre tiveram de enfrentar!
E em abono dessas grandes (embora suaves, quase sempre) ditadoras dos orçamentos domésticos irei apontar preços e diferenças enorme nos mesmos com referência a vários artigos alimentares- preços e diferenças no âmbito geográfico do distrito de Leiria e portanto dos preços praticados em 1938, em 1965 e em 1966. Torno para apreciação o distrito de Leiria apenas por seu o meu- sem portanto qualquer intuito reservado, até porque nos demais distritos as coisas apresentam pràticamente o mesmo tom. Vejamos, pois,pre-