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1558 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 84

ços em 1958, em 1965 e em 1966 no distrito de Leiria - preços recolhidos e publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (preços, estes que, na sua latitude geral, já merecem alguma aprovação das donas de casa leirienses )

Variação do preço do retalho de vários artigos alimentares em Leiria

[Ver Tabela na Imagem]

(a) Quilograma

Os preços constantes deste quadro - preços e suas variações - também indicariam que o aumento tomado pelo Sr Ministro das finanças para a outorga do suplemento de remuneração ao funcionalismo público activo ficou muito e muito aquém das necessidades E, se os preços médios de 1965 já impressionam quanto ao aumento relativamente aos preços médios de 1958, se considerarmos os preços de 15 de Novembro de 1966 (últimos números publicados pelo Instituto Nacional de Estatística), então as coisas pioram no conceito dos observadores. É o que diz o quadro que acabo de inscrever nesta minha exposição Diferenças estas últimas a criarem, sem duvida, novas preocupações ao Governo, em cima das que já tinha quando pretendeu dar aquele «algum acerto aos vencimentos do funcionalismo activo» - o que quer dizer que a assimetria que existe entre vencimentos e custo de vida se acentua cada vez mais.
Prezados Colegas Pois bem se se confia no Governo em materia da defesa das condições de vida - na dualidade antinómica preços-recursos nas utilidades indispensaveis, não digo a uma subida de nivel, mas pelo menos, a uma manutenção do nivel se o governo consente que os salários e outras remunerações nas empresas privadas subam em forma quase espectacular em muitos sectores - com isso querendo-se dizer que não se considera tal subida incompatível com as reais necessidades dos aumentos se consente que os preços subam também, mesmo nas indicações oficiais, que pouca gente tem em conta - e os que o Instituto Nacional de Estatística se propõe realizar um inquérito para se repor (ou pô-la) a verdade estatística (não se fala já na própria metodologia, coisa que, desde que seja adoptada como princípio, só deve ser afastada pela adopção de outra), se assim é, bem ficará ao Governo que promova desde já providencias no sentido de os seus dependentes activos e reformados e os pensionistas que de qualquer modo dependam, quanto à sua remuneração do Estado serem contemplados com os aumentos dos, seus proventos que os coloquem a coberto dos aumentos do custo de vida E não apenas, considerando o que terá subido a partir desta ou daquela data - mas, sim, tendo em conta, pura e simplesmente, a adequação dessas remunerações às necessidades postas pela elevação do custo de vida, e tendo-se também em conta que tudo deve ser feito no sentido de esse mesmo custo de vida parar na escalada que está a fazer, para desespero de todos nós
Façamo-nos, aqui e em todos os pontos onde alguma influência se possa construir no bom sentido, eco dos próprios clamores da digna imprensa do País que os tem lançado a este respeito - em especial quando se trata dos reformados e dos pensionistas, dessa gente toda que vive (ou não vive!) dos rendimentos que repito, são teimosamente fixos perante a subida constante, teimosamente constante do custo de vida
Prezados Colegas Vou terminar, dizendo que todos os remunerados, activos e não activos - que, pràticamente todos eles, não têm mais donde lhes venha rendimento a juntar ao fixo das suas remunerações de origem pública ou privada -, todos esses remunerados esperam. Esperam confiados ainda - mas sem que se possa dizer que não virão a perder essa confiança, com todas as consequências que disso poderão advir
Tenho dito

Vozes: -Muito bem, muito bem!
O orador foi muito cumprimentado