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23 DE FEVEREIRO DE 1969 2513

Disse se deram conta as autoridades distritais, que procuraram no Governo a resolução de um problema que requeria solução pronta.

E ela foi-lhe dada, estando em vias de conclusão um pavilhão gimnodesportivo que custará 3000 contos e comportará recinto de jogos de basquetebol o voleibol, três ginásios transversais B. bancada para 400 pessoas.

Ora a gratidão é apanágio das gentes beiroas que aqui estão, por meu intermédio, e agradecer ao Governo na pessoa do Sr. Prof. Doutor Galvão Teles, ilustre Ministro da Educação Nacional, um benefício que é um enriquecimento da nossa juventude da juventude de Portugal.

Viseu é a primeira, cidade da província que vai ter uma estacão central de camionagem.
Foi adquirido o terreno e o projecto está a ser ultimado, devendo a obra, na qual serão gastos pelo Estado mais de 9000 contos, ser posta a concurso dentro de dois ou três meses.

Trata-se de um empreendimento que a cidade de Visou por seu crescimento urbanístico e intenso comércio, estava, a exigir para segurança, comodidade e saúde, dos seus habitantes e das pessoas em trânsito.

A construção da central de camionagem em local bem relacionado com os centros cívico e comercial de Viseu nas imediações da estação dos caminhos de ferro veio resolver o problema, de trânsito citadino, logicamente afectado pela entrada diária de mais de 80 autocarros do carreira na cidade. É que as fáceis ligações da avenida, onde se situa, às estradas de penetração na cidade permitem uma boa distribuição dos autocarros pelo tecido urbano, sem necessidade de haver inconvenientes acumulações daqueles, nem sobrecargas de percursos nos acessos à estação.

Tudo nesta obra- está previsto para comodidade e segurança de passageiros, para bom funcionamento dos serviços de exploração e de administração, centralizando-se o que estava disperso por toda a cidade.

Mais uma realização em puro benefício da colectividade.

Estas duas obras são mais um testemunho insofismável de que no distrito de Viseu se trabalha em coesão perfeita de governantes e de governados, com uma linha de rumo em completo entendimento, em espírito de colaboração total, sem atritos nem discordância quando está em jogo o engrandecimento e progresso regionais.

Com homens fiéis aos princípios a que devem obediência, que sabem o que querem e que levam ao Governo os seus alheios estruturados em bases sólidas, tudo se consegue.

Aqui fica também o agradecimento ao Sr. Eng. Carlos Ribeiro, ilustre Ministro das Comunicações, que deu a Viseu tão importante melhoramento que tornou a cidade mais rica.

Vozes:- Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados:- Seria hoje o último dia de funcionamento da Assembleia nesta sessão legislativa. Não estão, porém, ainda votadas as contas gerais do Estado, as quais nunca deixaram de ser votadas no ano próprio para o fazer. Suponho, assim, que poderão votar-se as resoluções sobre as contas, prorrogando o funcionamento da Assembleia. Por isso, usando da faculdade que me é conferida pelo & único do artigo 94 da Constituição, prorrogo esta sessão legislativa ato ao dia 9 de Março.

Pausa.

O Br. Presidente: - Vai passar-se à

Ordem do dia

O Sr. Presidente: - Continua o debate sobre as contas gerais do Estado (metrópole? e ultramar e da Junta de Crédito Público.

Tem a palavra o Sr. Deputado Salazar Leite.

O Sr. Salazar Leite: - Em 1967 numa pequena sério de apontamentos, fiz algumas observações sobre as contas gorais do Estado de 1965, no que se referiam à província de Cabo Verde.

Se me permitissem, Sr. Presidente e Srs. Deputados algo tentariam dizer este ano sobre idêntico tema, lastimando que não seja o meu colga de círculo a fazê-lo, de certeza mais judiciosamente. Mas coincide esta minha intervenção com a sua estada em Cabo Verde, onde teve a honra do acompanhar S. Ex.ª o Presidente da República na visita que em hora feliz, quis S. Ex.ª ao arquipélago.

Permita-me Sr. Presidente, que ao fazer esta referência, sublinhe o que representa para as gentes da minha terra uma visita que profundamente nos sensibilizou, como se tornou evidente pelas manifestações de júbilo e de se patriótico a que se entregaram: reconheceram que, para além do significado político da visita de S. Ex.ª, nela existia também um significado profundamente humano, ao querer, num mesmo abraço, juntar, sem distinção, portugueses de todas as províncias que pretendem trabalhar em paz e que procuram viver a vida que, em liberdade e amor, merece ser vivida.

Esta faceta, estou certo, foi talvez a mais profundamente sentida pelos elementos de uma população que, de coração aberto e amigo, procura encontrar-se nos motivos de beleza cantados pelos seus poetas e bem expressos no seu rico folclore.

Vozes: - Muito bem l

O Orador: - Referindo-se ao III Plano de Fomento, o nosso colega engenheiro Tito Lívio Feijóo transcreve, uma frase que é bem a síntese das dificuldades que há a vencer perante qualquer empreendimento em Cabo Verde, "apela confluência de um complexo de factores particularmente desfavoráveis ao seu desenvolvimento".

Não se queira, no entanto, encontrar ai a justificação, para uma inércia, antes, do facto deve nascer o estimulo para algo realizar, mesmo frente à falta de potencialidades naturais e do elemento, fortemente desfavorável, da sua condição pluri-insular. E é exactamente nesse, condicionalismo que ele deve ser possível encontrar, pelo menos, um dos factores que venha a levar ao tão desejado equilíbrio da balança comercial: o desenvolvimento c integral aproveitamento da pesca.

Uma questão prévia antes de algo se dizer sobre o problema: na leitura do parecer sobre as contas gerais do Estado, que não só prestigia quem o elaborou como nos dá a possibilidade do mais fácil análise, encontramos plena justificação para uma frase nele empregada: "Cabo Verde. através dos anos não tem sido feliz no seu desenvolvimento económico", e, reforçando esta afirmação, o saldo negativo para 1966 da sua balança económica foi superior em 10 000 contos ao do ano anterior.

A citação crua deste número seria errada se não procurássemos sobre ele fazer uma mais cuidada apreciação: o aumento de 15 000 contos que se verifica no capítulo das