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GUINÉ
1. Não se deram modificações profundas na vida eco-nómico-financeira desta província durante o exercício de 1967. O que se escreveu no início do parecer de 1966 ajusta-se, com pequenas alterações, às circunstâncias que prevaleceram durante o ano agora sujeito a apreciação.
E preciso acentuar que as condições difíceis, dada a situação de intranquilidade, se mantiveram durante o ano. Apesar disso, as exportações ultrapassaram os valores e a tonelagem de 1966. As diferenças são pequenas e valem mais pela força de vontade que revelam do que pela ligeira melhoria que trouxeram ao comércio externo. Elas mostram o sentir da população e a tendência para não sofrer desânimos apesar dos ataques e emboscadas orientados para a destruição das culturas.
Não é possível calcular a produção durante o ano, mas, segundo elementos que se julgam válidos, ela melhorou e permitiu consumos que se não afastam, e antes se avantajam, dos de anos mais tranquilos. Se assim é, e dado o nível das exportações, que aumentaram ligeiramente em relação ao ano anterior, pode confiar-se na capacidade de resistência dos povos da Guiné Portuguesa.
A província não é rica e até em épocas normais não são fáceis as condições de trabalho. Especializou-se com o andar dos anos em duas ou três produções de largo consumo na metrópole. Mas, por força de certas condições, as produções unitárias não são altas.
Parece que devem continuar a fazer-se esforços no sentido de tirar melhor proveito das actuais culturas e diversificar as produções, como, por exemplo, em plantações de coqueiro e outras.
Comércio externo
2. A ligeira melhoria no saldo do comércio externo foi devida à diminuição das importações e a maiores exportações, com o auxílio de valores unitários mais favoráveis na importação.
Em 1967 o saldo negativo do comércio externo desceu para 379 886 contos. Elevara-se a 422 254 contos em 1966. A melhoria (42 368 contos) não é grande, nem afecta a actual situação económico-financeira, que é precária, mas sugere um sintoma de recuperação no bom sentido. Ê nesse sentido que deve ser conduzida a administração.
A seguir indicam-se as importações e exportações em 1967:
[Ver Diário Original]
Os saldos negativos passaram a ser superiores às exportações a partir de 1963 e a importação a aumentar ràpidamente a partir de 1962. As últimas diminuíram 36 288 contos e ver-se-á adiante onde se produziu o decréscimo. Mas a melhoria de 6080 contos nas exportações, embora pequeno, auxiliou o saldo da balança do comércio.
Importações
3. O aumento de importações em tonelagem elevou-as para quase o dobro das de 1961.
Felizmente que se não deu incremento idêntico no valor que subiu de 297 169 contos para 471 060 contos em 1967.
A seguir indica-se a evolução da tonelagem importada:
Toneladas
1956................... 24 960
1957................... 24 871
1958................... 29 381
1959................... 30 727
1960................... 35 230
1961................... 32 667
1962................... 33 194
1963................... 54 608
1964................... 62 249
1965................... 59 767
1966.................. 64 764
1967................... 63 200
Os consumos das forças expedicionárias influíram no sentido de aumento das importações. Basta mencionar que os produtos das indústrias alimentares atingiram em 1967 cerca de um quarto das importações e ainda aumentaram muito em relação a 1966.
As cifras na importação das principais mercadorias são as seguintes:
contos
Matérias têxteis......................... 11 762
Produtos das indústrias alimentares..... 115 376
Material de transporte................... 20 116
Produtos das indústrias químicas......... 11 301
Máquinas e aparelhos..................... 25 543
Metais e respectivas obra................. 9 692
Permanece alta a posição das mercadorias destinadas a transportes, naturalmente constituídas por veículos de diversas espécies.
4. A balança do comércio, com o deficit de 379 886 contos, não é satisfatória. Foi auxiliada pelo valor unitário nas importações, inferior ao de 1966 em 381$. Mas, como se viu acima, as importações diminuíram em peso e em valor.
Este problema dos valores unitários tem relevo na Guiné, dada a natureza dos consumos ùltimamente. Por isso se dá a seguir a sua evolução:
Escudos
1955................... 8 286
1962..................... 9 797