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29 DE NOVEMBRO DE 1972 3970-(9)

De acordo com os elementos constantes do último relatório anual do Banco de Portugal, aquelas importações de capitais privados da metrópole elevaram-se de 4275 para 5829 milhões de escudos entre 1970 e 1971. Certo é que nesses movimentos continuaram a sobressair os valores dos empréstimos e outros créditos de carácter financeiro (quase 2750 milhões de escudos no ano findo) e os dos créditos ligados a transacções de mercadorias (cerca de 1570 milhões). Contudo, progrediam bastante, entre os mencionados anos, as aplicações em constituição de novas empresas, aquisição total ou parcial de estabelecimentos, participação no capital social, etc. (de 475 para 716 milhões de escudos), e na aquisição de imóveis (de 252 para 531 milhões).

19. Por atrasos no envio de certos elementos basilares ao Banco Central, encontram-se por ora disponíveis apenas os quadros completos respeitantes à balança geral de pagamentos internacionais da zona do escudo no 1.° trimestre do corrente ano, o que é manifestamente insuficiente.
Todavia, a avaliar pela evolução da balança cambial do mesmo Banco e atendendo à correlação verificada entre os saldos dessa balança e os daquela balança geral de pagamentos, será de admitir a formação de novo e muito vultoso excedente em 1972. Na verdade, entre os períodos de Janeiro a Setembro de 1971 e 1972, o superavit da mencionada balança cambial do Banco passava de 5645 para 7374 milhões de escudos.
Reflectindo essa evolução da balança de pagamentos internacionais, as disponibilidades líquidas em ouro e divisas da zona do escudo continuaram a progredir no ano corrente, depois de se haverem elevado, pelo seu contravalor em escudos, de 50 564 para 59 774 milhões de escudos, entre 1970 e 1971.

20. Em consequência do acordo entre os principais países industrializados (o «Smithsonian Agreement» de 18 de Dezembro de 1971) sobre o ajustamento das pari-dades ou taxas de câmbios centrais das respectivas moedas e da decisão do Fundo Monetário Internacional definindo um regime flexível para aqueles valores e estabelecendo limites mais largos de flutuação dos câmbios de compra
e venda (2 1/4 por cento para cada lado da paridade ou taxa de câmbio central), as autoridades portuguesas comunicavam, em 21 de Dezembro, que a taxa de câmbio central entre o escudo e o dólar dos Estados Unidos passava a ser de E. U. A. $ 1=27$25, quando, antes, a paridade era de E. U. À. $ l=28$75. E para a determinação dos câmbios de compra e venda a praticar nos mercados nacionais, as mesmas autoridades declararam que se prevaleceriam, consoante as circunstâncias, daquelas margens de flutuação mais largas.
Deste modo, operou-se uma valorização de 5,5 por cento do escudo em relação ao dólar, inferior, porém, à de muitas outras moedas, como o iene (16,88 por cento), o marco da Alemanha Ocidental (13,58 por cento), o franco belga e o florim (11,57 por cento), a coroa sueca e a coroa norueguesa (7,49 por cento), a lira italiana (7,48 por cento), a coroa dinamarquesa (7,45 por cento) e o xelim austríaco (6,22 por cento). Em resultado destes factos, elevaram-se, mais ou menos sensivelmente, os câmbios de compra e venda da maior parte das moedas cotadas pelo Banco de Portugal, baixando apenas os câmbios do dólar dos Estados Unidos e da markka finlandesa e mantendo-se estáveis os do marco da Alemanha Oriental.
Ao longo de 1972, e embora com oscilações mais ou menos acentuadas, devidas, além do mais, ao facto de algumas moedas europeias se haverem colocado no regime de «câmbios flutuantes», manteve-se aquele sentido de variação dos câmbios de compra e venda de divisas no mercado metropolitano: descidas nas cotações da libra, do dólar dos Estados Unidos e da markka finlandesa; estabilidade nas do marco da Alemanha Oriental, e aumentos nos câmbios do todas as outras moedas cotadas (vide quadro VII). E tendo entretanto o preço da onça troy de ouro fino ter passado de 35 para 38 dólares dos Estados Unidos (o que, atendendo às relações entre o escudo e o dólar, correspondeu a uma subida do valor em escudos da onça troy de ouro, de 1006525 para 1035560), as cotações do ouro amoedado e do ouro em barra vieram naturalmente a aumentar, especialmente no mercado livre metropolitano.

QUADRO VII Câmbios médios da venda em Lisboa sobre as principais praças estrangeiras

[Ver tabela na imagem]

(a) Clearing.

Origem: Câmbios estabelecidos polo Banco de Portugal.

(6) AS cotações das moedas dos outros países com os quais, foram celebrados acordos de clearing bilateral (Hungria e Checoslováquia) vieram a ser ajustadas já no corrente ano.
(7) l onça troy=81,108 461 g de ouro fino.