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DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 201 3970 (8)

QUADRO VI Balança de pagamentos da zona do escudo

[Ver tabela na imagem]

(n) Valores revistos
(l) Valores provisórios.
(e) Incluí estimativa da balança de invisíveis correntes e movimentos de capitais de Macau.

Origem: Movimentos e saldos determinados pelos serviços do Banco do Portugal.

Como se vê no quadro VI, esse saldo positivo final - que se constituiu apesar do enorme déficit da balança de mercadorias (quase 22,5 milhões de contos) - proveio, fundamentalmente, dos superavits da balança de invisíveis correntes e da balança de capitais privados a médio e longo prazos, sobretudo da metrópole. Por efeito, sem dúvida, das circunstâncias criadas pela crise monetária internacional e, ainda, das providências adoptadas para limitação das disponibilidades cambiais líquidas dos bancos comerciais metropolitanos e ultramarinos, aquele excedente veio a repercutir-se, exclusivamente, nas reservas de ouro e divisas das instituições centrais.
Analisando a evolução da referida balança de pagamentos da zona do escudo entre 1970 e 1971 - expressa numa elevação do excedente global um pouco superior a 5720 milhões de escudos -, parece de salientar, particularmente, o seguinte:

a) A subida de 8106 milhões de escudos na balança de invisíveis correntes - de que 7532 milhões corresponderam à metrópole, em consequência, sobretudo, dos acréscimos nas receitas de «Turismo» (2251 milhões) e de «Transferências privadas» (4505 milhões) - ultrapassou o aumento do déficit comercial (quase 4890 milhões de escudos, atingindo cerca de 8400 milhões a parte da balança metropolitana). Deste modo, o saldo positivo da balança das chamadas «Transacções correntes» passava de 2358 milhões de escudos em 1970 para 6070 milhões no ano passado, mas por efeito, apenas, dos resultados obtidos pela metrópole, porquanto o superavit da balança do ultramar descia de 1228 para 805 milhões;
Quanto à balança de operações de capital, a melhoria do saldo global (de +24 para +1726 milhões de escudos) proveio, sobretudo, do acréscimo das importações de capitais privados a médio e longo prazos na metrópole.