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6 DE ABRIL DE 1973 4931

interesse que esta obra para ele tem, vêm dar uma melhor forma, do mais profundo conteúdo, às minhas palavras.
Muito obrigado, pois, Sr. Deputado.
Vai, pois, recomeçar a construção da estrada nacional n.° 347, interrompida há quase um século em Relvas.
Esperamos que jamais sejam suspensos os trabalhos até que disponha das características técnicas exigidas pela posição que ocupará na rede rodoviária nacional. É para tal indispensável que, sem demora, se elaborem os projectos da construção do lanço Pé de Janeiro-Castanheira de Pêra e da rectificação do lanço Espinhal-Relvas, de modo que as respectivas obras continuem aquela que agora se vai iniciar.
Esperamos, confiadamente, que assim seja.
É neste estado de espírito, e sabendo interpretar fielmente os sentimentos das populações beneficiadas, que agradeço ao Governo, e em especial ao Sr. Ministro Rui Sanches, esta importante decisão sobre a estrada Espinhal-Castanheira de Pêra.

Vozes: - Muito bem!

O Sr. Oliveira Pimentel: - Sr. Presidente: Constitui motivo de íntima satisfação, de reconforto sentimental, calando fundo na alma dos povos -sempre que esta, por não haver sofrido ainda os efeitos de influências perniciosas, se encontra em estado de pureza -, o encontro, frente a frente, entre os governados e os seus dirigentes supremos. E esse encontro torna-se mais humano, reveste-se de maior significado, sempre que, para além dos actos solenes que se impõe realizar e que concretizam momentos culminantes, os governantes se misturam com o povo simples e perscrutam a sua alma, dele ouvem palavras cheias de sinceridade que traduzem sentimentos de simpatia ou de agradecimento, palavras de ansiedade ou de manifestação de aspirações legítimas. Tais encontros são sempre úteis e proveitosos, tanto para governantes como para governados, pois deles resulta um conhecimento mútuo mais completo, criando-se um vínculo de aproximação em que assentará um estado de comunhão de sentimentos. As acções que hajam de ser tomadas encontrarão, assim, por parte dos dirigidos, um mais amplo campo de receptividade, uma melhor adesão - resposta pronta e sem reservas.
Dentro desta linha me parece poder situar-se a recente visita que o Chefe do Estado, Sr. Almirante Américo Tomás, realizou no passado domingo, dia 1, a Bragança e iniciada no dia anterior, a fim de inaugurar o novo hospital distrital, integrado no plano de cobertura hospitalar do País, e que constitui, dentro do seu escalão, uma modelar unidade que vem substituir o velho, antiquado e deficiente hospital da cidade. Da entrada em funcionamento do novo estabelecimento hospitalar largos benefícios irão resultar para a cobertura médico-sanitária da população pertencente à região em que se acha integrado e que vai servir.
O Sr. Presidente da República, que durante o decurso dos seus sucessivos mandatos já visitara por outras vezes este distrito, foi agora acolhido primeiramente em Vinhais, onde recebeu as saudações das autoridades locais e das gentes desse concelho, na sua caminhada em direcção a Bragança, a cuja cidade, de modo especial, esta visita se destinou.
E a cidade de Bragança soube corresponder com a sua simpatia, acolhimento e pureza de sentimentos a mais esta distinção que lhe foi concedida pelo supremo magistrado da Nação, o qual não se poupou a esforços e canseiras para poder estar presente nesse dia grande que a cidade viveu.
Importa salientar a visita que de igual modo foi feita, acompanhando o Chefe do Estado, por alguns membros do Governo: o Sr. Ministro do Interior, Dr. Gonçalves Rapazote, braganção ilustre - firme nos princípios e seguro nas decisões -, o qual, como filho da terra, soube fazer as honras da casa; o Sr. Ministro das Obras Públicas e das Comunicações, Eng.° Rui Sanches, que no seu discurso de circunstância, proferido na sessão solene do acto inaugural do novo hospital, mostrou, para além do mais, não ser um Ministro do "Terreiro do Paço", revelando o propósito, aliás já sobejamente demonstrado, de ir ao encontro das necessidades, para as satisfazer, onde quer que elas se encontrem, mesmo nos locais mais recônditos - como acontece com o nordeste transmontano; e o Sr. Ministro das Corporações e Previdência Social e da Saúde e Assistência, Dr. Baltasar Rebelo de Sousa, que continua sem desfalecimento a luta em defesa da saúde através das estruturas em funcionamento e daquelas que vai criando e aperfeiçoando e, bem assim, a extensão da cobertura corporativa do País, como ainda o estreitamento das malhas com a criação de novos esquemas no campo da Previdência e o apuramento daqueles que já existem.
Acompanhou, ainda, o Chefe do Estado o Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, engenheiro Pinto Eliseu, nosso par nesta Casa e cuja actividade teve de interromper ao ser chamado ao desempenho de funções governativas, o qual se tem afirmado excelente colaborador do Ministro no departamento das Obras Públicas.
Achou por bem o Sr. Presidente da República não terminar a sua visita em Bragança e ir mais além, visitando oficialmente o concelho de Vimioso, onde foi recebido com entusiasmo e provas de muito carinho, tanto mais não haver memória de ali se haver deslocado um chefe de Estado. Não foi fazer inaugurações - antes procurou auscultar necessidades e carências existentes.
O concelho de Vimioso tem vivido e lutado contra factores que lhe são adversos. Situado no extremo nordeste do País, encostado à Espanha por um lado e delimitado por outros lados por dois cursos de água que o separam dos concelhos vizinhos e atravessado ainda por um terceiro que o compartimenta, o concelho de Vimioso tem vivido entaipado, como que metido dentro de uma camisa de forças, dadas as dificuldades que ali se têm verificado quanto à circulação de pessoas e de bens materiais. Outrora, sim, fora notável centro comercial, apreciado à escala da região. Mas desde que se difundiu a utilização da roda conjugada com o motor de explosão, aquela e este na base do desenvolvimento dos transportes rodoviários, Vimioso retrocedeu na sua importância, fechou-se no seu isolamento, por lhe faltarem as estradas nacionais - há largos anos planeadas - que lhe permitissem as indispensáveis deslocações para sul e para