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852 I SÉRIE - NÚMERO 23

que está bem feita. Provou-se, aliás, que essa opção não é só nossa, pois a mesma opção foi feita por outros países europeus. Á tão citada aqui OCDE recomenda exactamente a política que estamos a seguir, quer em matéria orçamental, em matéria de preços, em matéria de investimentos, em matéria de empresas públicas, quer ainda em matéria de política monetária.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - E isto é bom que fique aqui claro, Srs. Deputados, porque julgo que as próprias dificuldades sentidas, mais uma vez, pelo Partido Socialista assim o demonstram.
Se o discurso de fundo do PS foi, como tudo o leva a crer, o do Sr. Deputado Almeida Santos, que infelizmente não se encontra aqui, o mínimo que sobre ele se pode dizer, para quem se queira limitar à forma, é que manteve o habitual «fino recorte literário».

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Se se quiser ir um pouco mais longe e investigar a estratégia a que obedece o discurso do Sr. Deputado Almeida Santos, poderá ela resumir-se a mais uma tentativa de divisionismo dentro do Governo e dentro da AD, como de costume sem êxito e a despropósito.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Quanto ao conteúdo, o Sr. Deputado Almeida Santos, que não é economista - e onde estão, a propósito, com vénia para o Sr. Deputado Sousa Gomes, os economistas do PS? -, refugiou-se na pregação de regras de moral, que ele e o seu partido não aplicaram quando estiveram 2 anos no governo, e procurou esgrimir com conceitos, nomeadamente com os de pessimismo e optimismo.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Não vou entrar nesse tipo de debate. Direi apenas que aos alegados e subjectivos pessimismos e optimismos contrapomos as palavras objectivas de realismo e de bom senso que são assumidas pelo Governo como um todo.

Aplausos do PSD, do PPM e de alguns senhores deputados do CDS.

E, perdoem-me os Srs. Deputados do Partido Socialista a ironia, acrescentaria que o PS, depois de ter estado numa de PS francês, está agora numa de PSOE espanhol, porque não conseguiu ainda reencontrar-se como PS português.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Se num debate deste tipo tem de haver vencedores e vencidos, o vencido é de certo o partido interpelante. Logo no início da primeira intervenção do PCP o Sr. Deputado Octávio Teixeira cometeu, aparentemente, um lapso, que logo tentou corrigir. Disse a «interpelação do Governo» e prontamente rectificou para a «interpelação ao Governo». Afinal, Sr. Presidente e Srs. Deputados, não se tratou de um lapso. Apenas de um acto falhado.

Aplausos do PSD, do CDS e do PPM.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, deram entrada na Mesa e foram objecto de despacho, que ordena a sua publicação e distribuição, 2 votos de protesto. Um, subscrito por senhores deputados do PS, do PCP, da ASDI, da UEDS e do MDP/CDE, sobre a situação de Sérgio Godinho no Brasil, e o outro, subscrito pelos Srs. Deputados da UEDS, referente ao atentado que vitimou mortalmente o Sr. Pereira Monteiro.
Entrou ainda na Mesa, e será oportunamente votado, um parecer da Comissão de Regimento e Mandatos sobre um pedido para a Sr.» Deputada Natália Correia depor judicialmente.
Finalmente, foram recebidos pela Mesa os seguintes diplomas: projectos de lei n.ºs 397/II, subscrito pelo Sr. Deputado Jorge Lemos e outros, sobre a criação d? comarca da Amadora; 380/II, subscrito pelo Sr. Deputado Carlos Ribas e outros, sobre a elevação de S. João da Madeira a cidade; 381/II, subscrito pelo Sr. Deputado Carlos Alberto Espadinha e outros, sobre a idade da reforma dos pescadores e 382/II, subscrito pelo Sr. Deputado António de Sousa Gomes, sobre a gestão do sector empresarial do Estado, e pedido de sujeição a ratificação n.º 224/11, subscrito pela Sr.ª Deputada Zita Seabra e outros, aos Decretos n.ºs 464/82 e 463-A/82, de 2 e 7 de Dezembro.
Srs. Deputados, em conferência dos líderes dos grupos parlamentares ficou assente, como já é certamente do vosso conhecimento, que a próxima sessão se realizará no dia 14, às 15 horas, com período de antes da ordem do dia, no qual, na primeira parte, será discutido e votado o recurso da ASDI sobre a admissibilidade da lei do OGE, e, na segunda parte, as propostas de lei n.ºs 132/II, sobre empréstimo para o projecto de Trás-os-Montes, e 126/11, sobre definição de crimes de tráfego ilícito de diamantes em bruto, as ratificações n.ºs 2/II e 8/II ao Decreto-Lei n.º 454/80, que aprova o Código Cooperativo, e ainda as ratificações 100/11 e 101/II, que dão nova redacção a vários artigos do Código Cooperativo.
Está encerrada a sessão.
Eram 20 horas e 20 minutos.
Entraram durante a sessão os seguintes Srs. Deputados:

Partido Social-Democrata (PSD):

Afonso de Sousa Freire Moura Guedes.
Carlos Manuel Pereira Pinho.
Cecília Pita Catarino.
Fernando José da Costa.
Fernando Manuel Cardoso Ferreira.
Jaime Adalberto Simões Ramos.
João Vasco da Luz Botelho Paiva.
José Vargas Bulcão.
Júlio Lemos Castro Caldas.
Natália de Oliveira Correia.
Pedro Miguel Santana Lopes.

Partido Socialista (PS):

Alberto Marques de Oliveira e Silva.
Alfredo José Somera Simões Barroso.
António Carlos Ribeiro Campos.
Fernando Torres Marinho.
João Francisco Ludovico da Costa.
José Manuel Niza Antunes Mendes.
Leonel de Sousa Fadigas.