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1778 I SÉRIE - NÚMERO 50

também, o comportamento brilhante da primeira destas selecções, no torneio internacional de Israel.
Não vai longe o eco de tais feitos, e eis que, pelo país inteiro, e certamente por todos os recantos do mundo onde vive um português, perpassou uma onda de verdadeira alegria e entusiasmo, quando Portugal acabava de conquistar o título Mundial de Juniores Sub-19.
Vencendo a Nigéria por duas bolas a zero, em Riade, na Arábia saudita, depois de ter já deixado pelo caminho equipas com um futebol tecnicamente mais avançado, entre as quais a do Brasil, o futebol português dava decididamente um passo em frente e situava-se numa posição de invejável prestígio perante o mundo inteiro.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Diríamos que quem assistiu às imagens televisivas da última sexta-feira, e várias vezes já repassadas, ou ouviu o relato desta empolgante vitória, não pôde deixar de vibrar quando a vitória sorriu à jovem equipa das quinas.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - O País desportivo assistiu a um espectáculo inesquecível e histórico, e terá suspendido por instantes a sua respiração, quando, após o apito final, aquele punhado de jovens atletas deu largas à sua incontida alegria.
Bem longe do seu país, eles se cobriam de glória e enriqueciam sobremaneira o já valioso património desportivo da pátria que os viu nascer. Foram momentos emocionantes, e que neste últimos dias atiraram para os meios de comunicação social de todos os continentes, o nome de Portugal. Uma vez mais ficou consagrado que o futebol é, na verdade, um desporto apaixonante, o desporto-rei.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: É da inteira justiça que esta Assembleia partilhe do orgulho desta vitória e reconheça o mérito deste jovens futebolistas, dos seus técnicos e dirigentes, que tanto têm projectado o nome de Portugal.

Aplausos do PSD e do CDS.

O nosso aplauso e a nossa gratidão aqui ficam expressas, cientes de que interpretamos o sentir e o pensar de todos VV. Ex.ªs
Melhor oportunidade não haverá para se reflectir, com profundidade, sobre o fenómeno desportivo português, e particularmente do seu futebol juvenil.
Com efeito, será neste escalão etário que os maiores investimentos têm de ser feitos, investimentos em termos de infra-estruturas, de subsídios a clubes cuja acção positiva seja reconhecida nesse campo, às próprias associações e federação com vista à planificação de tarefas, programação de competições, formação e enriquecimento de quadros técnicos, etc.
As próprias associações e federação têm que avançar com esquemas de provas que possam satisfazer os interesses dos clubes por um lado, mas que, por outro permitam aos jovens o seu melhor aproveitamento, o alargamento da sua actuação, o enriquecimento das suas qualidades a imposição do seu valor, etc.
Estamos firmemente convictos que esta vitória agora alcançada, fará repensar todo um sistema a abrirá novos horizontes ao futuro dos jovens futebolistas.
Não que o trabalho que vem sendo realizado se possa criticar. Tem sido um trabalho fecundo, feito com seriedade e serenidade, em que clubes, associações, federação, técnicos e jogadores, todos são co-responsáveis e se orgulham desta vitória, outro melhor epílogo não poderíamos desejar.
Mas há que desenvolver ainda mais as acções, há que lhes imprimir um sentido mais realista, há que olhar o futuro com toda a responsabilidade.
Não caberá a uma só pessoa, a uma só estrutura ou a uma só entidade, chamar a si exclusivamente a tarefa de tudo alterar ou realizar.
Será de um esforço conjunto que as grandes metas poderão ser alcançadas, e não deixará de reconhecer-se, certamente, a coragem ou a oportunidade de quem melhor souber lançar o desafio e conseguir congregar à sua volta a unanimidade de pontos de vista, tendo sempre como princípio base o mais vasto leque de interesses comuns.
Será bom lembrar que nesta Câmara, ainda não há muitos dias, foi presente e discutida na generalidade a proposta de lei de bases do sistema desportivo, a qual integra e desenvolve as grandes coordenadas da política desportiva nacional.
O País desportivo vai com certeza tirar o melhor proveito desta lei. São muitas as facetas que apontam nesse sentido, e afirmamos convictamente que as estruturas em que assenta a prática do futebol, hão-de corresponder ao desafio que mais uma vez aí está lançado.
De resto, lembramos, que já em assembleia geral da FPF, e em boa hora, foram tomadas decisões de largo alcance e que tiveram por objectivo clarificar situações que tanto preocupavam os jovens quanto ao futuro da sua carreira, e que de certa forma lhes reduzia a possibilidade de mais facilmente aparecerem na primeira linha das suas aspirações.
Mas ao próprio Governo o desafio está também lançado, e certamente que este êxito é mais uma responsabilidade acrescida para o futuro do desporto nacional.
Parabéns, pois, a estes jovens desportistas, que com muito brio e dedicação trouxeram para Portugal tão cobiçado trofeu.

Aplausos do PSD e de alguns deputados do PS.

O Sr. Presidente: - Inscreveram-se para formular pedidos de esclarecimento, os Srs. Deputados José Lello e António Filipe.
Tem a palavra o Sr. Deputado José Lello.

O Sr. José Lello (PS): - Sr. Deputado Adriano Pinto, sob a figura do pedido de esclarecimento, eu gostaria de, como homem de futebol - tal como o Sr. Deputado - e como português, ressaltar a questão que o Sr. Deputado levantou.
Gostaria de sublinhar o empenho, o pundonor, o grande feito dos nossos jovens futebolistas, em Riade, na defesa da «equipa das quinas», realçando a diferença de comportamento e de atitude desta presença de comportamento e de atitude desta presença nacional numa grande prova de futebol mundial em relação ao que se passou em Saltillo.