O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2 DE JULHO DE 1993 3023

oposição- o maior- deve dar para o progresso do País, mas, sim, no repisar dos problemas e dos atrasos que ainda subsistem, sem nunca conseguir apresentar alternativas.
Mais grave ainda: o PS, que hoje aqui esteve, reflecte para o exterior que não tem expectativa, não tem ambição credível, não tem a esperança sustentada de poder chegar ao poder. É pena que assim seja! O País precisa de uma oposição credível À Nação interessa ter uma oposição que saiba, no seu papel, contribuir para fazer avançar Portugal
Sr. Presidente, temos um Programa para quatro anos, que foi aprovado nesta Assembleia, e estamos a cumpri-lo. As vezes, até parece que nos criticam por avançarmos no seu cumprimento,...

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - ... talvez, por já saberem que no final da legislatura, tal como aconteceu na anterior, apresentaremos um Programa cumprido.

Aplausos do PSD.

Não temas o habito de colocar as coisas na gaveta muito menos as promessas feitas. Fomos mandatados para enfrentar os problemas e promover o desenvolvimento. não fomos mandatados para fugir às medidas difíceis e impopulares.
Não governamos apenas para nos mantermos no poder, governamos para fazer progredir Portugal! Governamos de acordo com a nossa concepção de interesse nacional, não governamos de acordo com as reivindicações, com os interesses deste ou daquele grupo, deste ou daquele sector. Penso que em política não é sério, principalmente nos dias de hoje, dizer «sim» a toda e qualquer reivindicação.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Connosco, podem estar certos, Portugal não é, nem será, um país adiado. Perante as dificuldades, o Governo não se refugia na demagogia ou num discurso inconsequente, enfrenta as dificuldades sabendo que a forma de as ultrapassar é pelo trabalho, pela coragem, pela competência Temos uma linha de rumo. um objectivo que começou em 1985, com o apoio dos portugueses, e penso que iremos conseguir realizá-lo.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Nunca escondi que o projecto que lemos é de grande audácia, e não é, com certeza, um mar de facilidades, mas é um esforço que vale a pena Portugal pode vencer num mundo global e cada vez mais competitivo.
Sei que essa fé não é partilhada por todos os responsáveis políticos, mas acredito firmemente que Portugal pode vencer, porque continuo a acreditar vivamente nos portugueses.

Aplausos do PSD.

Compreendo as embaraços da oposição ao constatar que a linha de fundo da nassa política económica está totalmente de acordo com as orientações preconizadas no último Conselho Europeu. A nossa oposição também não esconde o incomodo não só pelas últimas previsões da Comissão Europeia, que apontam Portugal como um dos quatro países que irá crescer em 1993, como também pelo facto de a República Portuguesa ter sido o primeiro Estado que, desde o princípio de 1989, viu o raining da sua dívida externa elevado à categoria de «Aû.
Alguns Deputados da oposição são miserabilistas por convicção e, a meu ver, revelam um certo desespero quando lêem no Financial Times que «o desenvolvimento económico de Portugal, nos últimos cinco anos, é uma história de sucesso», ou quando tem, por exemplo, no The Wall Street Journal que «Portugal é um exemplo para os países de Leste».

O Sr. Carlos Coelho (PSD): - Não sabem ler inglês!

O Orador: - O mesmo acontece quando conhecem que o Forum Económico Mundial coloca Portugal em 18.º lugar da lista dos países industrializados mais competitivos.
Srs. Deputados da oposição, é masoquismo sentirem-se incomodados quando o Secretáriado-Geral da Luta Anti-Fraude da Comunidade Europeia diz que, a seguir ao Luxemburgo, Portugal é o país com menores fraudes na utilização dos fundos estruturais, ou quando o presidente do Tribunal de Contas da Comunidade, que, obviamente, não tem um interesse partidário em Portugal, corrobora, afirmando que Portugal, no que diz respeito ao FEOGA, tem um sistema de controlo interno que se revela adequado e fiável.

Aplausos do PSD.

A este respeito quero dizê-lo e afirmá-lo: combater a corrupção é. para nós, tarefa sempre prioritária. A vontade de outros nesta matéria pode ser grande, mas nunca será superior ao empenho, à determinação e ao afinco que sempre colocaremos neste combate, sem tréguas, sem quartel.

O Sr. José Magalhães (PS): - Não se nota!

O Orador: - Também não esqueço a cara que os socialistas fizeram quando aqui, nesta Casa, Lech Walesa elogiou o processo de privatizações do nosso país.

Aplausos do PSD.

No fundo, os senhores não gostam que os portugueses se orgulhem daquilo que fizeram nos últimos anos. É pena que sejam m estrangeiros a reconhecer o mérito dos portugueses. Nos apostamos e continuaremos a apostar no seu trabalho, criatividade, imaginação e espírito de luta. Srs. Deputados, reconheço - e sou o primeiro dos insatisfeitos - que há ainda muito por fazer, com coragem, com determinação, com convicção, mas. acima de tudo, com trabalho, muito, muito trabalho.

O Sr. Carlos Coelho (PSD): - Muito bem!

O Orador: - É por isso, não tenham dúvidas, que estou aqui. A prioridade continua a ser para aqueles que, entre nós, levam ainda uma vida que não é digna: os vulneráveis, os marginalizados do desenvolvimento, os mais desfavorecidos da nossa sociedade. Para esses portugueses, quero ter neste momento uma palavra especial de grande compreensão.

Boa parte dos frutos do nosso desenvolvimento têm de ser encaminhados para a justiça social, para a resposta a esses portugueses, que são as mais desfavorecidos.

Aplausos do PSD.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: A nossa oposição parece ser saudosa dos tempos da instabilidade. É com pena que