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2274 I SÉRIE - NÚMERO 65

com os resultados do seu trabalho. Permanentemente determinado a fazer mais e melhor por Portugal e pelos portugueses. Assim acontece comigo. Sempre.
Mas é hoje para mim particularmente gratificante poder dirigir-me à Assembleia da República com o estímulo que vem dos factos que dizem respeito ao bem-estar dos portugueses e ao futuro de Portugal.
Hoje, todas as grandes instituições independentes, nacionais e internacionais - o Banco de Portugal, o Fundo Monetário Internacional, a União Europeia -,  reconhecem que a economia portuguesa evoluiu de tal forma que os compromissos que o Governo assumiu em relação ao bem-estar dos portugueses e ao futuro de Portugal não só estão a ser cumpridos como foram claramente ultrapassados.
O que conta acima de tudo são as pessoas, as suas condições de vida, a forma como são respeitados os seus direitos de cidadania.
O primeiro e mais angustiante problema que os portugueses sentiam quando tomei posse era o desemprego, em crescimento contínuo desde 1992. O problema não está resolvido, mas todos reconhecem que travámos o crescimento do desemprego e que, pela primeira vez desde há vários anos, apesar dos graves problemas estruturais do país, estamos mesmo a conseguir diminuí-lo ligeiramente.

Aplausos do PS.

A segunda preocupação natural das famílias é o seu rendimento disponível, aquilo com que contam para viver. Ele cresceu mais de 3%, em termos reais, no ano passado, e somos, quer em 1996 quer em 1997, o segundo país da União Europeia com maior crescimento dos salários reais. É muito menos do que eu desejaria, mas é muito mais do que todos previram.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Se tudo correr como esperamos, de Abril de 1996 a Abril de 1997, os preços subirão apenas cerca de 2%, ou mesmo menos, o que acontece pela primeira vez desde há várias décadas.
Tudo isto só foi possível criando riqueza. Portugal está neste momento a criar mais riqueza é a aumentar significativamente o volume dos investimentos que nos hão-de permitir criar ainda mais riqueza no futuro próximo.

O Sr. José Junqueiro (PS): - Muito bem!

O Orador: - Entre 1992 a 1995 a economia portuguesa cresceu sempre menos do que a média europeia. Não nos resignámos: em 1996 crescemos o dobro dessa mesma média e todas as previsões apontam agora para que continuemos sempre acima dela até ao final da década.
Desta vez, ao contrário do passado, não foi a recuperação económica europeia que puxou pela economia portuguesa, fomos nós próprios, foi o nosso investimento.

Aplausos do PS.

Risos do PSD.

Foram os portugueses, confiando em si próprios e nas políticas adaptadas. É que em 1996 passámos a crescer mais enquanto a Europa passava a crescer menos.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Apesar da "herança"!

O Orador: - E tudo isto reduzindo o défice do Estado e a dívida pública, libertando mais fundos para as famílias e para as empresas, apoiando as gerações futuras e garantindo as pensões dos mais idosos.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - É com orgulho que hoje oiço falar de Portugal no estrangeiro, que vejo respeitado o país, o seu Governo e as suas políticas, que o vejo mesmo apontado, em certos casos, como exemplo a seguir.
Louvam lá fora a forma como governamos, enquanto alguns aqui persistem em repetir que não governamos,...

Aplausos do PS.

... com base no velho princípio de que uma mentira muitas vezes repetida acaba por ser aceite como verdade.
Falei-vos de factos, da realidade. Prometemos rigor e consciência social. Estamos a cumprir.
Chegou a altura de as oposições o reconhecerem. Chegou a altura de o PCP reconhecer que errou quando, meses e meses a fio, se limitou a dizer mal de tudo. Chegou a afirmar que este Governo ainda era pior do que o do PSD! Que as nossas políticas, ditas de direita, só iriam trazer o desemprego e a perda do poder de compra dos trabalhadores. Aí estão os factos a demonstrar que não tinham, nem têm razão.

Aplausos do PS.

Seguisse o país as políticas preconizadas pelo PCP que bem mal andaria o emprego em Portugal. Fizéssemos nós agora as desvalorizações competitivas defendidas pelo PCP e lá cairiam a pique os salários reais dos trabalhadores.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Também chegou a altura de o PSD admitir que se enganou quando aqui mesmo afirmou que os nossos orçamentos iriam quebrar o investimento, aumentar o desemprego, pôr em risco a nossa integração na moeda única ou a queda da inflação. Erraram, seria bom que o reconhecessem. Só têm uma desculpa: vinham mal habituados de trás e, no fundo, ainda não foram capazes de interiorizar que mudou o Governo e, com ele, mudaram as políticas.

Aplausos do PS.

Chegou a altura de o PP reconhecer que não tinha razão quando afirmava que o objectivo da moeda única era incompatível com o crescimento e com o emprego. Já o disse aqui, e repito hoje, que não são os défices que geram emprego, nem é a inflação que cria investimento. Para haver investimento e emprego tem de haver confiança e, porventura, o maior mérito que poderá reconhecer-se a este Governo é o de ele ter contribuído para restabelecer a confiança dos portugueses em Portugal.

Aplausos do PS.

Alguns, já resignados, lá têm de reconhecer que as coisas vão indo bem. Mas, logo repetem um segundo cha-