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23 DE ABRIL DE 1998 2005

nativa democrática para Portugal, que envolva um novo governo, uma forma diferente de governar, mas, sobretudo, uma nova maneira de olhar Portugal e de agir perante os problemas dos portugueses.
Uma alternativa popular e reformista, fundada em valores, em ideias e em soluções concretas para Portugal, aberta à nossa esquerda e à direita, a forças políticas e sociais que coincidam na necessidade de mudar de Governo e de política, virada para vencer o impasse a que Portugal está a chegar.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Em terceiro lugar, deste Congresso saiu um líder ainda mais reforçado e prestigiado. O Professor Marcelo Rebelo de Sousa era já, por mérito próprio, o líder incontestado da oposição. A forma convicta, firme e determinada como conduziu o partido até aqui e, sobretudo, como propôs e defendeu a sua estratégia política - com ambição, com coragem e com sentido de futuro - fizeram com que os portugueses o vejam. cada vez mais, como a alternativa real à chefia do Governo de Portugal.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Um líder que não hesita nem vacila, venham as pressões de onde vierem, mesmo dos mais poderosos, porque o Governo de Portugal deve ser dirigido com autoridade, com coragem e, sobretudo, com sentido do interesse nacional.

Aplausos do PSD.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: Portugal precisa de mudar de Governo e de mudar de política!
Este Governo tem tido condições excepcionais para governar: tem estabilidade política no Parlamento, apoio sem reservas do Presidente da República, condições económicas altamente favoráveis e, porventura, irrepetíveis no futuro.
Um Governo assim podia e devia governar. Era sua obrigação e responsabilidade, mas não governa, não reforma e, sobretudo, não prepara o futuro; exibe e ocupa o poder, mas não o exerce; tem um mandato para cumprir e um programa para realizar, mas nem honra o mandato que recebeu nem cumpre o programa a que se obrigou.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Este Governo navega à vista, sem rumo, sem alma e sem ideal; não age, quanto muito reage, de forma pontual, casuística e quantas vezes contraditória; vive dos rendimentos, da herança que recebeu e do capital amealhado; cria ilusões no presente e compromete o futuro, hipotecando os próximos orçamentos e as próximas gerações.

Aplausos do PSD.

É um Governo que vive no deslumbramento e na ilusão, na ilusão de que o euro - a sua única e exclusiva preocupação - é o princípio e o fim da nossa vida colectiva; na ilusão de que entrar na Moeda única é, logo, atingir o reino da felicidade ou o nível de desenvolvimento dos países mais ricos da Europa; na ilusão de que tudo vai bem e que, por um passe de mágica, acabará melhor;
na ilusão de que basta sorrir, dialogar e criar comissões ou grupos de trabalho para que os problemas encontrem solução; na ilusão, enfim, de que não precisa de governar porque os problemas vão desaparecendo ou esquecendo.
Este é o Governo do deslumbramento e da ilusão! Os portugueses, esses, vivem cada vez mais no reino da desconfiança e da desilusão.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - É um Governo que cultiva a aparência, mas despreza a realidade: é o Governo do Dia da Droga, da semana dos hospitais, do mês da festa e do espectáculo, do ano do circo, do quadriénio do actor... Tudo ilusão e aparência, cada vez menos realidade!...

Aplausos do PSD.

Na aparência, as finanças do Estado estão folgadas, na realidade os bolsos das pessoas não se encheram e Portugal é hoje mais injusto do que era antes.
Na aparência, a carga fiscal não aumenta; na realidade, os portugueses sentem que pagam mais na contribuição autárquica, na colecta mínima e em aumentos de alguns bens e serviços essenciais.
Na aparência, o desemprego está contido; na realidade, a promessa de novos empregos não se cumpriu. O desemprego dos jovens começa a ser preocupante e em algumas zonas do País - no norte, no Alentejo ou no Vale do Ave - as bolsas de pobreza não diminuíram.
Na aparência investe-se mais na saúde; na realidade, a situação da saúde agrava-se.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Algum português discorda que as listas de espera nos hospitais aumentam? Que as urgências não melhoram? Que os prometidos médicos de família não surgem? Que o sofrimento das pessoas é maior? A Ministra da Saúde, essa, enche os écrans de sorrisos, os microfones de palavras doces e o País de novos diagnósticos, sempre diagnósticos e mais diagnósticos.

O Sr. Carlos Coelho (PSD): - Muito bem!

O Orador: - E quando a OCDE anuncia o descontrolo na saúde, a Senhora Ministra - pasme-se! - conclui que, até que enfim, tem dados para reflectir: sempre a reflectir, sempre a sorrir, mas nunca por nunca a decidir!

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Na aparência, a educação é a grande paixão; na realidade, a qualidade na educação não melhora, a autoridade dos professores diminui, as escolas profissionais não aumentam e algumas até são ameaçadas de encerramento. O ziguezague na questão das propinas desafia a autoridade do Governo e a tão prometida paz nas universidades é cada vez mais uma utopia e uma miragem.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Na aparência, a segurança social vai bem e a solidariedade é maior; na realidade, para além de algu-