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28 I SÉRIE — NÚMERO 83

mais insultuoso aquilo que o Sr. Deputado acabou de di-O Sr. Presidente: —Vou aceitar o seu pedido e, usan- zer. É que eu não lhe imputei a si rigorosamente nada, mas

do uma faculdade que o Regimento me dá, dado que, re- o Sr. Deputado, com essa afirmação, fez a toda a Câmara e quentada, no fim do debate, não tinha qualquer sentido, ao Governo uma imputação muito mais injuriosa. dar-lhe a palavra de imediato.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Com certeza! O Sr. Rui Gomes da Silva (PSD): — Sr. Presidente,

Sr. Ministro, tive por V. Ex.ª o maior respeito enquanto O Sr. Basílio Horta (CDS-PP): — Peço a palavra para advogado e enquanto meu bastonário. De qualquer manei- interpelar a Mesa, Sr. Presidente. ra, não é o tipo de linguagem que lhe conhecia, utilizando esse tipo de argumentos. Por uma razão, Sr. Ministro: não O Sr. Presidente: —Introduza a matéria, Sr. Deputa-tenho receio de nada que tenha a ver com lobbies e estou do. disposto, em relação a esta Casa, a falarmos de lobbies abertamente, Sr. Ministro, porque aí, se calhar, não era eu O Sr. Basílio Horta (CDS-PP): — Se V. Ex.ª me per-que teria de responder em relação a nada, porque não mite, é realmente na sequência do debate que acaba de ser represento, em lado algum, nem nunca representei, ao travado. contrário de outras pessoas aqui, nesta Câmara, qualquer tipo de empresa que venda ou queira vender material mili- O Sr. Presidente: —Faça favor, Sr. Deputado. tar a Portugal.

O Sr. Basílio Horta (CDS-PP): — Sr. Presidente, uma Protestos do PS. vez que houve aqui insinuações que reputamos de gravi- dade em termos de opinião pública, solicitava à Mesa que Defendo, pelo contrário, Sr. Ministro, que Portugal fosse divulgado o Registo de Interesses, em matéria de

deve reequipar-se, deve modernizar as suas Forças Arma- defesa nacional, de todos os Deputados, da oposição, do das. Governo e, mesmo, dos Membros do Governo que foram

Agora, Sr. Ministro, utilizar esse tipo de argumentos, eleitos Deputados. Penso que essa divulgação pública do insinuando, sabendo que é falso, e não utilizando, não Registo de Interesses era extremamente oportuna. defendendo e não atacando outros lobbies, esses sim, bem mais poderosos, que têm a ver com aquilo que se passa no Aplausos do CDS-PP e do Deputado do PSD Rui Go-seu Ministério, isso é que é grave e isso é que eu não admi- mes da Silva. to. E, mais, Sr. Ministro: não estou habituado a vê-lo utili- zar esse tipo de linguagem. O respeito que tenho por si O Sr. Presidente: —Diria, Sr. Deputado, que o Regis-enquanto foi meu bastonário não me obrigava a ouvir uma to de Interesses é público. Mas vou levar o problema à coisa dessas da sua boca em relação a essa matéria. conferência de líderes e se ela entender que é conveniente

clarificar essa publicidade,… Vozes do PSD: —Muito bem! O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Ah, pois é! Com O Sr. Presidente: —Sr. Deputado, antes de dar a pala- certeza!

vra ao Sr. Ministro para dar explicações, se assim o enten- der, tenho de lhe fazer o reparo de que o Sr. Deputado se O Sr. Presidente: —… divulgando-a por escrito, terei excedeu quando fez a afirmação de que não está ligado a todo o gosto nisso, como calcula. lobbies, ao contrário de outras pessoas que estão nesta Câmara. Isso é de uma gravidade extrema, superior à gra- O Sr. Basílio Horta (CDS-PP): — Com certeza. vidade que levou à sua defesa. Não me leve a mal que lhe faça esse reparo. O Sr. Manuel dos Santos (PS): — Peço a palavra, Sr.

Para dar explicações, tem a palavra o Sr. Ministro da Presidente. Defesa Nacional.

O Sr. Presidente: —Para que efeito? O Sr. Ministro da Defesa Nacional: —Sr. Presidente,

Sr. Deputado Rui Gomes da Silva, não tenho o extracto O Sr. Manuel dos Santos (PS): — Sr. Presidente, é das minhas declarações. O que eu disse, e julgo que o disse também na sequência das intervenções que foram feitas e com toda a coerência, foi que a intervenção do Sr. Deputa- até porque, podendo não usar da palavra, como V. Ex.ª do reflectia o paradigma de algumas publicações que vi- sabe bem, como distinto jurista que é, quem cala, quando nham a ser feitas no domínio dos lobbies existentes na pode e deve falar, consente e a bancada do Partido Socia-Força Aérea. Foi isso que eu disse. Se V. Ex.ª se sentiu lista não pode calar, porque pode e deve falar neste mo-atingido, tenho imensa pena. mento.

Se V. Ex.ª me der licença, gostaria de fazer uma curta O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamen- interpelação.

tares: —Está na acta. O Sr. Presidente: —Faça favor, Sr. Deputado. O Orador: —Em segundo lugar, considero muitíssimo